Baalbek é considerada uma façanha da engenharia humana, mas nem todos aceitam que foram os humanos que construíram tudo. Confira abaixo como não é impossível fazer o que os povos antigos conseguiram, e muitas pessoas da sociedade moderna sequer chegam a imaginar como eram movimentados os blocos megalíticos na antiguidade.
Baalbek, ou até Balbek, é localizada no leste do Líbano e famoso vale de Beqa’a. Região entre os rios Litani e Asi, que em textos antigos eram chamados de Orontes. Num cenário de leitura histórica situa-se no cruzamento de duas rotas comerciais de importância impar na antiguidade da região e povos entre o Mediterrâneo e a Síria Interior, e a outra entre o norte da Síria e o Norte da Palestina. Está aproximadamente a 86 km de Beirute, e 56 de Damasco. Todavia hoje é um importante centro administrativo e econômico do vale de Beqa’a. E visitantes podem chegar lá através de carros e por via férrea com Beirute, Damasco e Alepo.
Imagem demonstrando a proporção humana próximo as pedras da plataforma principal.
As origens de Baalbek remontam ao período fenício, por volta do século 3 a.E.C. Os romanos conquistaram a cidade no século 1 a.E.C., e a transformaram em um importante local religioso. Hoje, Baalbek é um Patrimônio Mundial da UNESCO e um destino turístico popular no Líbano. É também um admirável sítio arqueológico, e as escavações em andamento revelaram novos insights sobre a história e a cultura da cidade antiga dia após dia.
Indiscutivelmente, o Grande Terraço de Baalbek é seu maior mistério e uma daquelas estruturas que a arqueologia moderna não consegue explicar com todos os recursos à sua disposição. AO MENOS É O QUE MUITOS DIZEM POR AÍ.
Os registros começam com os romanos, mas as estruturas base já estavam ali. Um grupo de templos da época romana foi edificado entre os séculos I e III D.C. sobre colossais ruínas antigas. Nagy Terasz é a maior plataforma conhecida de freestone, blocos megalíticos, cortados com alta acurácia e colocados sobre uma fundação em 460.000 metros quadrados. Nesta famigerada plataforma, estão, os três imensos pedregulhos conhecidos como do grego Trilithon, cada um com quase 20 metros de comprimento, cerca de 4 metros de altura e 3 de largura. O peso de cada um desses monólitos monstruosos é calculado e estimado entre mil e duas mil toneladas; compostos de granito vermelho e tirados de uma pedreira de mais de um quilômetro vale abaixo de onde o prédio está hoje. Ainda mais extraordinário é o fato de que dentro da pedreira existe um bloco ainda maior, conhecido pelos árabes como Hajar el Gouble, ou pedra do Sul.
Atualmente não existe nenhum mecanismo ou tecnologia moderna capaz de mover seu peso pesado e colocá-lo ali com acurácia. OUTRA FRASE RECHEADA DE DESINFORMAÇÃO.
Não só há tecnologia hoje, como houve na época das grandes movimentações megalíticas do passado remoto dos sapiens em sua base de desenvolvimento da engenhosidade arquitetônica. Afinal, é altamente preconceituoso o pensamento de que os humanos do passado não eram inteligentes ou engenhosos o suficiente para criarem feitos como esse e nós, modernos, sociais e altamente sedentárias criaturas, não conseguimos nem imaginar como eles fizeram isso no passado? Pensamentos como: ah, foram os alienígenas ou uma população altamente desenvolvida de um passado desconhecido: não soa como coerente, apenas fantástico e descreditador das possibilidades, intelecto e criatividade humana.
Abaixo veja os 5 dos maiores mistérios levantados com o conhecimento raso sobre o assunto, e são relacionados às bases da plataforma descomunal que é o alicerce para o tempo romano sobre Baalbek:
1. Como os maciços blocos de pedra usados na construção das bases da plataforma foram transportados e colocados no lugar? Alguns dos blocos são estimados em mais de 1.000 toneladas, e não está claro como eles poderiam ter sido movidos e posicionados com a tecnologia disponível na época.
2. Qual era o propósito das bases das plataformas, que são muito maiores e mais complexas do que o necessário para sustentar os templos e outras estruturas construídas sobre elas? Alguns pesquisadores sugeriram que as bases originalmente faziam parte de um projeto de construção ainda maior e mais elaborado que nunca foi concluído.
3. Por que as plataformas foram construídas com pedras tão maciças, quando pedras menores poderiam ter sido usadas com a mesma eficácia? Alguns pesquisadores sugeriram que o uso de pedras tão grandes pode ter a intenção de transmitir uma sensação de poder e grandeza, ou servir como uma demonstração das habilidades e habilidades dos construtores.
4. Qual era a fonte original da pedra usada na construção das bases da plataforma e como ela foi extraída e transportada para o local? Algumas das pedras usadas na construção das bases da plataforma não são encontradas nas imediações de Baalbek e não está claro como foram obtidas e transportadas.
5. Qual era o papel das bases da plataforma na vida religiosa e cultural da cidade antiga? Alguns pesquisadores sugeriram que as bases da plataforma podem ter sido usadas para rituais e cerimônias, ou que deveriam servir como uma espécie de espaço sagrado para a comunidade. No entanto, há pouca evidência direta para apoiar essas teorias.
Falácias Lógicas como "respostas" através de um pré-montado viés cognitivo:
É importante notar que as hipóteses da suposta história alternativa e pseudo-história baseadas em alienígenas antigos e afins, não são apoiadas por evidências arqueológicas ou históricas convencionais, mas por vezes se apoiam em especulação e em lendas. No entanto, aqui estão algumas das maneiras pelas quais os proponentes dessas hipóteses alternativas tentam explicar os mistérios das bases de Baalbek:
1. Os defensores das teorias de alienígenas antigos sugerem que os enormes blocos de pedra usados na construção das bases da plataforma foram transportados e colocados no lugar usando tecnologia avançada que não estava disponível para os humanos na época. Eles intuem e afirmam que visitantes extraterrestres forneceram essa tecnologia aos humanos, ou que os humanos aprenderam a tecnologia observando visitantes de outros planetas.
2. De acordo com algumas propostas de pseudo-história, as bases da plataforma foram construídas como parte de um projeto de edificação maior e mais elaborado, destinado a servir como plataforma de pouso ou base para espaçonaves, extraterrestres ou até mesmo terrestres. Os defensores dessa teoria sugerem que as plataformas foram projetadas para suportar o imenso peso e força de uma espaçonave ou objeto voador de grandes proporções.
3. Alguns proponentes das teorias dos antigos alienígenas sugerem que o uso de pedras maciças na construção das bases da plataforma pretendia transmitir uma sensação de poder e grandeza aos visitantes vindos dos céus, extraterrestres. Eles também prescrevem que o uso de pedras tão grandes tinha a intensão de simbolizar a imensa força e proeza tecnológica das antigas civilizações humanas.
4. De acordo com algumas teorias da história alternativa, as pedras usadas na construção das bases da plataforma foram obtidas de fontes extraterrestres e transportadas para a Terra usando espaçonaves avançadas. Os defensores dessa teoria podem sugerir que as rochas foram escolhidas por suas propriedades únicas, o que as tornou ideais para uso na construção de estruturas sagradas e importantes.
5. Os proponentes das teorias dos antigos alienígenas também são adeptos da crença que as bases da plataforma foram planejadas para servir como um tipo de sistema de comunicação ou navegação para visitantes extraterrestres. Um marco que poderia ser visto do alto e de longe, direcionando para o local objetivo de localização. E também acreditam que o design intrincado e a colocação das bases da plataforma pretendiam transmitir informações aos visitantes extraterrestres, ou deuses como fruto de má interpretação dos populares da época, ou servir como um marcador para espaçonaves navegando pelo espaço aéreo da região.
Mas então, o que de fato explica isso tudo?
Embora grupos de pseudo-história divulguem exemplos sobre o exemplo da pedra A Mulher Grávida, fazem geralmente desconhecendo que há até maiores e mais pesados megálitos no mesmo sítio arqueológico. Esse desconhecimento é sinal de estudos rasos sobre a temática em si, e a divulgação equivocada de dados ou hipóteses que levantam por pura falta de compreensão sobre um todo e décadas de escavações, publicações, achados e desenvolvimento teórico de estudos anteriores.
Na verdade, não há nada de novo sob o Sol. É largamente conhecido como foi a movimentação megalítica para a época. Artigos científicos datados do início do século XX já dissertavam sobre isso. Registros romanos de técnicas herdadas dos minoicos também deixaram notas de como era a movimentação arquitetônica para grandes blocos, ou imensos blocos – como queiram chamar.
Uma coisa é sem dúvida, certeza: Baalbek é um sítio histórico no Líbano que fascina arqueólogos e historiadores há séculos, e isso não poderia ser diferente para o mundo interligado por fibra ótica e satélites de hoje. O local era originalmente um templo dedicado a Baal-Shamash, Anat e Aliyan, construído há 5.000 anos pelos fenícios. Após milênios de invasões e domínios entre povos, Baalbek tornou-se território romano durante o Império, e templos dedicados a Baco e Júpiter foram construídos sobre a remanescente estrutura que jazia no local. Técnica altamente praticada em dominações pela antiguidade toda: reaproveitamento arquitetônico. Foi durante este período que os blocos megalíticos foram colocados em suas posições atuais sobre as plataformas que já estavam lá.
Exemplo de como não apenas é possível, como serve de prova e evidência que povos fora da era recente de modernidade e tecnologia pós século XX são capazes de feitos aparentemente inalcançáveis para não entendedores.
É importante enfatizar que as explicações fornecidas por defensores de teorias de história alternativa e pseudo-história baseadas em alienígenas antigos não são apoiadas por evidências científicas ou contas históricas aceitas. Publicação oficiais das hipóteses que propõem também não existem, haja vista que para existirem devem seguir o método científico, e entre muitas coisas, isso demandaria terem provas e evidências do que especulam, e isso não acontece. Apesar disso, algumas pessoas continuam a perpetuar esses mitos e lendas como fatos.
Usar a frase: busca pela verdadeira história da humanidade – significa também estudar o passado de forma categórica e constante, de fontes confiáveis ou a menos, ler de tudo um pouco, haja vista que se prender em um viés de confirmação só deixa a pesquisa e aclamações ainda mais impalpáveis. Além disso, a ideia de que o local de Baalbek foi projetado para fins extraterrestres ou que os antigos fenícios tiveram contato com alienígenas não é suportada por quaisquer fontes ou evidências credíveis. Essas alegações são frequentemente baseadas em traduções incorretas, interpretações equivocadas ou fabricações.
A linguagem escrachada na imagem acima é apenas para tentar corroborar com a oralidade exposta em posts, vídeos, mídias sociais e demais meios de comunicação que ignoram muito da engenhosidade arquitetônica da antiguidade. Os romanos, inventores da argamassa que seca de baixo d'água também conseguiram conhecimento para repetir os feitos dos antigos habitantes da região então dominada. E as chances são grandes de não passar de apenas mais um caso de apropriação cultural e intelectual pós-conquista à força.
Na realidade, a construção do templo de Baalbek foi um feito notável de engenharia e inteligência humana, criatividade acima da média e, porque não, considerar intelectos impares por alguns momentos na história? Afinal de contas, gênios podem nascer em qualquer época, e não apenas na história recente.
Baalbek foi realizado através da habilidade e trabalho das civilizações antigas. O local oferece insights importantes sobre a história e crenças dessas culturas e continua a inspirar pesquisadores e visitantes.
Nas imagens dessa matéria a mera transferência de potencial de força por roldanas e suportes de alavancagem já resolveram o “problema” da movimentação megalítica que tanto incomoda os amantes da história antiga, mas que têm acesso a pouca informação direcionada e correta.
Simples, porém nada simplista.
Como o conhecimento desse tipo de movimentação megalítica chegou ao presente? Através de registros.
Em conclusão, embora ainda possam haver mistérios em torno da construção e significado do local de Baalbek, é importante confiar em fontes credíveis e evidências científicas para entender sua história e importância. A pseudo-história baseada em alienígenas antigos e teorias de história alternativa podem ser intrigantes, fabulosas e, claro, uma possibilidade em aberto, mesmo que remota, e não pode ser descartada, porém nesse caso, é altamente improvável, e não são suportadas por fatos, evidências, publicações científicas, ou suscetíveis da mesma conclusão por outros pesquisadores, sendo assim não aceitas pela comunidade científica por falta de evidências.
Enfim, a ideia é: nada de #faláciaLógica, vamos estudar para entender e ter autoridade para coordenar uma boa prosa dos tópicos.
por: Maik Bárbara
Bibliografia
Artigo: Live Science: "Mystery of Massive Megalithic Stones at Baalbek Continues Unresolved" de Mindy Weisberger
Artigo: National Geographic: "Baalbek: The Ancient Roman City Where Huge Stones Still Lie Untouched" de Jo Marchant
Artigo: New York Times: "Baalbek's Ruins Draw Visitors and Rebels" de Hwaida Saad e Anne Barnard
Conteúdo: @hipotesezero https://www.instagram.com/p/CUiVYyBFJaE/?igshid=MDM4ZDc5MmU=