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Foto do escritorMaik Bárbara

LINHAS DE NAZCA: NOVAS DESCOBERTAS NO PERU - 2022

A UNIVERSIDADE DE YAMAGATA, TRABALHANDO EM PARCERIA COM ARQUEÓLOGOS PERUANOS, IDENTIFICOU 168 NOVOS GEOGLIFOS DE NAZCA EM NAZCA PAMPA E ARREDORES


O que são os geoglifos?

Consiste em uma grande figura feita no chão, em morros ou regiões planas. Hipóteses propõem motivos e objetivos fantasiosos para tais imagens passíveis de visualização em sua forma completa apenas do alto, porém seus objetivos eram altamente prováveis de serem utilizados em ritos sociais, religiosos ou não. A construção de um geoglifo pode se dar pela disposição organizada de sedimentos, criando um desenho em relevo positivo, ou pela retirada de sedimentos superficiais de modo a expor uma rocha subjacente, criando um relevo negativo. Em Nazca o caso ainda se torna mais peculiar, pois devido ao tipo de clima árido da região, os geoglifos criados são altamente conserváveis, um prato cheio para historiadores e arqueólogos.


É exatamente aí que entram os pesquisadores que realizaram análises de campo utilizando fotografias aéreas de alta resolução e imagens de drones com infravermelho e novas aplicações com tecnologia de identificação arqueológica via imagens aéreas, levando à descoberta de 168 geoglifos que datam entre 100 aEC e 300 dEC.

Isso se soma aos 190 geoglifos descobertos anteriormente, entre 2004 e 2018, que levaram à criação de um parque arqueológico na área de Aja em 2017 pelo Ministério da Cultura peruano.


Os novos geoglifos retratam imagens de humanos, camelídeos, pássaros, orcas, felinos e cobras. E ao contrário do que muitos desejam, a técnica aplicada para criação dessas formas gigantes no chão consistia em remover pedras negras da superfície aparente para expor uma superfície de areia branca abaixo.

A pesquisa atual sugere que existem dois tipos de geoglifos: um linear e outro de relevo. Dos geoglifos descobertos no estudo, apenas cinco são lineares, enquanto 163 são do tipo relevo, medindo menos de 10 metros de diâmetro e distribuídos principalmente ao longo de trilhas antigas.


A identificação se torna conclicada com o passar do tempo sobre os geoglifos, mas a tecnologia e recentes tecnologias auxiliam na evolução das descobertas.


A Universidade de Yamagata em colaboração com o Centro de Pesquisa IBM TJ Watson, também está conduzindo um estudo baseado em IA - Inteligência Artificial - sobre a distribuição dos geoglifos de Nazca.

Ao usar os geoglifos recém-descobertos para análise de IA, a Universidade de Yamagata visa esclarecer os padrões de distribuição dos geoglifos. Os resultados desta pesquisa também serão usados ​​para atividades de conservação de geoglifos.


Além das Linhas de Nazca

A maioria das hipóteses e teorias envolvendo as linhas de Nazca, por vezes não citam, ou exploram pouco quem foram eles: os construtores.



A sociedade de Nazca se desenvolveu durante o Período Intermediário Inicial e é geralmente dividida em Proto Nazca, fase 1: 100 aEC até 1 dEC, Nazca Primitiva, fases 2 à 4, 1 até 450 dEC, Nazca Média, fase 5, 450 até 550 dEC, e as culturas de Nazca tardia, fases 6 à 7, 550 a 750 dEC.


Os Nazca emergiram como uma cultura arqueológica distinta da cultura anterior de Paraecas, tendo se estabelecido no vale da drenagem do Rio Grande de Nazca e no Vale do Ica. A cultura é caracterizada por sua cerâmica policromada pré-fogo, que demonstra uma mudança em relação ao método de resina pós-fogo de Paraecas.



A antiga civilização de Nazca era formada por chefias locais reunidas ao redor de Cahuaechi, uma região de peregrinação na área costeira dos Andes Centrais. Cahuaechi contém cerca de 40 montes encimados, elevados por estruturas construídas com terra, pedra e materiais orgânicos, usadas para rituais e festas relacionadas à agricultura, água e fertilidade.


O propósito dos geoglífos de Nazca continua a ser debatido por antropólogos, etnólogos, natropólogos, arqueoastronomia e arqueólogos. Algumas teorias sugerem que eles foram criados para serem vistos por divindades no céu, ou uma forma de irrigação/fluxo de água, enquanto outros sugerem que eles eram uma espécie de calendário com alinhamentos astronômicos.


E você, o que acha? Deixei suas ideias nos comentários.

FONTE

Centro de Pesquisas e Divulgação Científica da Universidade de Yamagata, Japão

https://www.yamagata-u.aEC.jp/jp/

Crédito de Imagens: Universidade de Yamagata

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