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  • Foto do escritorFlávio Amatti Filho

A controversa história da poetisa Grega, Safo de Mitilene da ilha de Lesbos.

Atualizado: 1 de nov. de 2023


Safo de Mitilene (Pintura feita por Karl Agricola) e Safo e suas alunas ( por Amanda Brewster Sewell, 1891.)

Conhecendo Safo de Mitilene.



Safo (em grego antigo: Σαπφώ, transl. Safo), outros nomes: Psafo, Psafa, Sapho. Foi uma celebre poetisa grega.

Sua data de nascimento é incerta, entre 630 AEC. e 604 AEC. Morreu em 570 AEC.

Natural da cidade de Mitilene - Lesbos, Grécia.



Ilha de Lesbos - Grécia - imagem por satélite.

Ela foi contemporânea de Pítaco (foi um estadista e legislador da Grécia Antiga - liderou seu exército à vitória na batalha contra os atenienses), e Alceus ( foi um poeta lírico grego, - esteve constantemente envolvido nas frequentes disputas políticas da ilha e, por isso, foi exilado várias vezes). Era aliado do tirano Pítaco, mas depois tornou-se seu inimigo..


GETTYIMAGES - Poetas Alceu e Safo em uma cerâmica da Grécia Antiga: esse tipo de representação era reservado às "estrelas" da época.

Safo era conhecida por sua poesia escrita para ser cantada ao som da lira, no entanto, a maioria dos poemas de Safo se perdeu ao longo do tempo, (assim como ocorreu com praticamente todos os escritores da antiguidade), e o que sobreviveu se encontra na forma de fragmentos.


Fragmentos de Papiro - Poema de Safo.

O único poema completo a chegar aos dias atuais, é o poema intitulado Ode a Afrodite", preservado por Dionísio de Halicarnasso em sua obra sobre a composição dos nomes; mas há fragmentos considerados suficientemente inteiros, como os do poema Titônio, fragmento 16, fragmento 31 e o Poema dos Irmãos.


Filha de uma família rica, fundou uma escola para mulheres, onde estudavam filosofia e poesia em uma época que tais estudos eram mais voltados para os homens.


GETTY IMAGES -- Safo é considerada um ícone do amor homossexual feminino.

Safo era reconhecida e tratada como "a poeta", tal qual Homero era tratado como "o poeta". Seu prestigio era grande e foi uma das poucas poetisas a retratada em cerâmica, uma honra na época.


Safo ensinava também poesia, dança, arte e música para suas alunas, além de atividades físicas e concursos de beleza.


Essa escola tinha muito sucesso e vinham mulheres de várias locais para serem alunas de Sapho. As alunas eram chamadas de alunas de hetaera (companheiras).


Safo, ensinava as alunas a serem “mulheres completas”, ou seja: graciosas, femininas, elegantes, inteligentes e cultas segundo a ideia de feminilidade de Safo, no entanto, a sexualidade de Safo era bastante controversa, tanto, que ao longo da história, a ilha de Lesbos, onde Safo nasceu, e as mulheres que viviam nela, foram rotuladas de diversas maneiras, mas muito certamente era devido ao afeto que Sapho tinha por suas alunas ter sido, digamos, "mal interpretado".


Tanto que o termo lésbica, que nos dia atuais, é frequentemente utilizado para se referir a mulheres homossexuais, só passou a ser utilizada nesse sentido recentemente, mais precisamente a partir do final do século XIX (🤦🏻‍♂️ o século das inversões) e passou a ser aplicada início do século XX.


Na antiguidade a palavra lésbica possuía outro significado; durante muito tempo na Grécia antiga o termo lesbiazein, que deriva da palavra Lesbos, significava felação, mais especificamente ´o ato de uma mulher fazer sexo oral em um homem´, e a palavra lésbica era usada frequentemente, como um sinônimo de cortesã, ou prostituta.



Com essa confusão e inversão feita a partir do século XIX, houve uma maior discussão acerca da sexualidade de Safo.

Os que defendem a teoria de que Safo era homossexual, utilizam fragmentos poéticos de Safo, nos quais ela demonstra grande afetividade por suas amigas ou discípulas.


Para muitos, pesquisadores(as) modernos, os poemas escritos por Safo para suas discípulas, como o poema para Attis não representavam uma atração homossexual, mas sim o amor fraternal, afetividade e o carinho que Safo tinha por elas. 



Assim sendo, o significado da palavra Lésbica deriva dos poemas de Safo, que nasceu em Lesbos e que escreveu poemas de cunho emocional direcionado para outras mulheres.


Turismo LGBT:


E é devido a essa associação, que Lesbos e em especial a cidade de Eresos (também em Lesbos), é frequentemente visitada por turistas LGBT.


Em 2008, um grupo da população de Lesbos solicitou o banimento judicial do termo "lésbica" para designar mulheres homossexuais, com a justificativa de que seus direitos humanos estariam sendo "insultados" e envergonhados ao redor do mundo.


Longe do overturismo, Lesbos quer reconstruir sua imagem.

Um grupo de três residentes apelou à justiça, mas perdeu o processo judicial contra a comunidade LGBT da Grécia, tendo que arcar com as despesas judiciais de €230.



Registros históricos e bibliográficos:


Pouco se sabe sobre a vida de Safo. Uma das poucas fontes contemporâneas sobre a poetisa, que poderia fornecer alguma informação sobre sua vida, seriam seus poemas, entretanto, eles não podem ser considerados como relatos biográficos de sua vida, e muitos estudiosos relutam em fazê-lo, tendo em vista que os poemas de Safo eram feitos para serem declamados em público, em cerimônias religiosas, banquetes, e outros eventos.

Estátua da poetisa Safo em Mitilene - Lesbos - Grécia.

Outra fonte para a vida da poetisa seria o Testimonia (testemunhos), um conjunto de referências biográficas e literárias, coletadas por autores da antiguidade.


Os relatos do Testimonia, não datam da época de Safo, mas foram escritos por pessoas que tiveram muito mais acesso a poesia de Safo do que temos hoje em dia, no entanto, é difícil saber até que ponto estes relatos estão corretos ou não.


Fragmentos poéticos de Safo:

"Antigamente, era assim que dançavam a essa hora, as mulheres de Creta; ao som da música, ao redor do altar sagrado dançavam, calçando sob os pés delicados as flores tenras da relva. "A Lua já se pôs, e as Plêiades; é meia- noite; a hora passa e eu deitada estou sozinha Vieste, e fizeste bem. Eu esperava, queimando de amor; tu me trazes a paz. Queimo em desejo e anseio por…. Mãe querida, não posso mais te tecer a trama -queimo de amor por um lindo rapaz: a culpa é de Afrodite, a delicada - <Noiva>: Virgindade, virgindade, onde estás, após abandonar-me, tendo ido embora? <Virgindade>: Nunca mais voltarei para ti, nunca mais!"
Safo retratada por Jean Baptite Regnaut

Escola para mulheres:


Por sua posição social e política, Safo e sua família foram exilados para a Sicília quando ela ainda era jovem. Após alguns anos de exílio, a poetisa retornou à ilha de Lesbos e, em Mitilene, inaugurou uma escola para mulheres e nessa escola estudava-se filosofia e poesia, em uma época onde o estudo era direcionado somente ao público masculino, a proeminente escola de Safo, mais tarde, sofreu perseguições e distorções históricas.


Mais um fragmento poético:

"No topo do galho mais alto, perdida pelos coletores a maçã avermelha, não por ter sido esquecida, mas por não terem conseguido alcançá-la"


Safo escrevia sobre dores e prazeres, e é perceptível em seus poemas uma linguagem autônoma, feminina e fluida.

Não se sabe como Safo colocou seus poemas em circulação, mas é fato conhecido que as mulheres passavam os poemas para suas filhas via tradição oral.

Sua poesia foi muito reconhecida e admirada pelos grandes homens de sua época.


Safo gostava de adjetivar seus personagens relacionado-os a cores:

"A garota tem o cabelo mais dourado que uma tocha". "Muito mais branco que o ovo". "Dama de braços dourados".

Nos séculos III AEC e II AEC, dois estudiosos pertencentes à Escola de Alexandria, Aristófanes de Bizâncio e Aristarco de Samotrácia, coletaram e editaram seus poemas em nove livros de acordo com a métrica. Sua poesia de conteúdo considerado erótico foi censurada pelos copistas medievais ou se perdeu com o tempo, assim como ocorreu com outros poetas e pensadores da antiguidade, por isso, restaram apenas alguns fragmentos das obras de Safo.

Safo, por Klimt 1888.

Desmascarando a suposta homossexualidade de SAFO:


A pouca quantidade de fatos biográficos sobre a vida de Safo e a interpretação equivocada de seus poemas e mais frequentemente de seus fragmentos, torna a questão acerca da sexualidade de Safo bastante controversa.

Ao longo da história, a ilha de Lesbos, onde Safo nasceu, e as mulheres que viviam nela, foram rotuladas de diversas maneiras.


Na Grécia Antiga, a Ilha, segundo Luciano de Samósata, era um local de amores "depravados".


Hesíquio de Alexandria, em defesa das calúnias contra Safo, disse que "às mulheres de Lesbos foram dirigidas acusações infundadas".


Mas foi a partir do século XIX houve uma maior discussão acerca da sexualidade de Safo.


Os que defendem a teoria de uma Safo homossexual, utilizam fragmentos poéticos de Safo, nos quais ela demonstra grande afetividade por suas amigas ou discípulas.


Porém, a ausência de uma homossexualidade explícita nos seus poemas, levaram alguns escritores e escritoras modernos a criarem poemas homossexuais e atribuir estes à poetisa ou a suas seguidoras. A farsa mais famosa é um conjunto de poemas chamados "As canções de Bilitis", um conjunto de poemas homossexuais atribuídos erroneamente a uma poetisa chamada Bilitis que teria vivido no século VI AEC, mas, com o passar do tempo, descobriu-se que na verdade ela nunca existiu e seus poemas haviam sido escritos no século XIX, pelo poeta francês Pierre Louys e não por uma poetisa grega.


Safo admirando o poeta Alceu de Mitilene.

Para muitos, pesquisadores(as) modernos, os poemas escritos por Safo para suas discípulas, como o poema para Attis não representavam uma atração homossexual, mas sim o amor fraternal, a afetividade e o carinho que Safo tinha por elas. Estes poemas foram interpretados de maneira equivocada, maliciosa ou fora de contexto.

Para outros, o eu lírico dos poemas em que Safo utiliza a primeira pessoa ou o pronome pessoal "eu", devem ser interpretados como "nós", tendo em vista que era hábito entre poetas antigos usar a primeira pessoa mesmo quando o poema era direcionado à terceira pessoa, ou quando eram feitos para serem cantados por corais em cerimônias religiosas. Sendo assim o personagem narrador dos poemas de Safo na verdade seria um elemento literário, não uma declaração pessoal de amor.

O Suda registra que Safo foi acusada de maneira caluniosa de ter amizades vergonhosas, mas não especifica exatamente que tipo de amizades seriam estas, o que dá margem a muitas interpretações diferentes, e muitos autores acreditam que estas acusações

injuriosas, tenham sido forjadas por inimigas ou rivais da poetisa e de sua família.


Outro ponto que vai contra a teoria de uma Safo homossexual é o fato de que alguns dos poemas atribuídos como sendo declarações de amor da poetisa por outras mulheres, na verdade eram epitalâmios, ou seja cânticos nupciais, ou religiosos, feitos sob encomenda e que faziam parte da tradição do casamento na Grécia antiga. Eles consistiam num elogio público e solene, dirigido ao cônjuge de maior condição social, recitado por um coral e que exaltava as qualidades dos noivos para chamar a atenção dos deuses, principalmente Himeneu o deus das boas núpcias, para que esses deuses dessem suas bênçãos ao casal.


Conclusão:

Acredita-se hoje, devido a pesquisas arqueológicas, que existiram duas mulheres com o nome de Safo, uma nasceu em Eresos e foi uma (ἑταῖραι) cortesã, enquanto outra nasceu em Mitilene, e esta seria a brilhante poetisa, contemporânea de Alceus, casada com Cércolas e com o passar do tempo, as duas acabaram sendo confundidas.


Do ponto de vista histórico, apenas podemos dizer que Safo de Mitilene foi casada com Cércolas de Andros, e que teve com ele uma filha de nome Cleis, depois de ficar viúva, não existem mais registros de outros relacionamentos, embora alguns fragmentos poéticos aparentemente escritos na sua velhice, indiquem que ela desejaria se casar novamente se ainda fosse jovem, e se ainda pudesse ter filhos.


Sobre sua filha, Safo escreveu:


"Eu tenho uma filha linda, dourada como uma flor, minha amada Cleis".



ilar com uma escultura de “Safo”; inscrito, "Safo Eresia", Safo de Eresos. Cópia romana do grego clássico original, Museu do Capitólio.

Retrato de Safo, Palazzo Massimo alle Terme, Roma. Foto de Paolo Monti de 1969

Filme:


Safo, a Vênus de Lesbos 1960 -- Saffo - Venere di Lesbo -- Dirigido por: Pietro Francisci

Na antiga Mitilene, um jovem guerreiro, Faon, lidera uma revolta contra o domínio do déspota Melanchrus. Ferido em batalha, Faon refugia-se no templo de Afrodite, onde ele se apaixona pela bela Safo, mas quando uma das donzelas do templo o trai, ele é forçado a fugir de Mitilene de barco.


Elenco de Safo, a Vênus de Lesbos

  • Enrico Maria Salerno Melanchrus

  • Kerwin Mathews Phaon

  • Riccardo Garrone Hyperbius

  • Susy Andersen Actis (as Susy Golgi)

  • Tina Louise Sappho

Curiosidades:


Safo, mesmo com seu exílio, teve grande influência na Grécia antiga e foi em Atenas, uma referência da autoridade feminina moldada pela Comédia Nova.

Safo era sacerdotisa de um culto religioso (thíasos), também supostamente uma professora de um coro feminino ligado às festividades do casamento e dedicado às Musas, às Graças e à deusa Afrodite, com ensinamentos voltados às jovens solteiras que estavam prestes a se casar e que se dedicavam ao aprendizado da música e da poesia.


Os atenienses pensavam sobre Safo pelos relatos de Ateneu. O poeta falava dos rituais, dos banquetes privados relativos ao komós grego e de suas etapas, relatando uma Safo simposiasta e que interpretava canções de amor.


Safo era tema central de inúmeras peças na Atenas clássica. Chegaram até os dias de hoje somente fragmentos de seis comédias com o título Safo, utilizados nas obras escritas por Ameipsias, Amfis, Antífanes, Dïfilos, Efippos e Timocles.


Na comédia, Safo era muito representada com grande interesse por jovens e na obra de Antifanes, Safo seria representada como poetisa e uma adivinhadora de enigmas.


No início do século XIX foram descobertos fragmentos de poemas referentes a Safo em Oxirrinco no Egito, com críticas sobre como ela era vista no século V a.C. como uma mulher imoral.




Bonus:


O poema que trazemos abaixo é um dos poucos que sobreviveram em uma extensão considerável. Conhecido como “frag.2” (2003) ou como “frag.31” (2005) na catalogação de referência feita pela filóloga alemã Eva-Maria Voigt, esse poema de Safo integra os chamados Papiros de Oxirrinco, uma coleção arqueológica encontrada no Egito durante os séc. XIX e XX. A tradução é da tradutora, pesquisadora, professora titular de língua e literaturas gregas da Faculdade de Letras da UFMG e membro da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa.

Φαίνεταί μοι κῆνος ἴσος θέοισιν ἔμμεν᾿ ὤνηρ, ὄττις ἐνάντιός τοι ἰσδάνει καὶ πλάσιον ἆδυ φωνεί– σας ὐπακούει

καὶ γελαίσας ἰμέροεν τό μ᾿ἦ μὰν καρδίαν ἐν στήθεσιν ἐπτόαισεν· ὠς γὰρ <ἔς> σ᾿ἴδω βρόχε᾿ ὤς με φώνη– σ᾿οὐδὲν ἔτ᾿εἴκει,

ἀλλὰ †κᾱμ† μὲν γλῶσσα †ἔᾱγε† λέπτον δ᾿αὔτικα χρῶι πῦρ ὑπαδεδρόμηκεν, ὀππάτεσσι δ᾿ οὐδὲν ὄρημμ᾿, ᾿πιβρό– μεισι δ᾿ ἄκουαι,

†ἔκαδε† μ᾿ ἴδρως κακχέεται, τρόμος δὲ παῖσαν ἄγρει, χλωροτέρα δὲ ποία ἔμμι τεθνάκην δ᾿ ὀλίγω ἐπιδεύσην φαίνομ᾿ ἔμ᾿ αὔ ̣τ[αι

ἀλλὰ πὰν τόλματον, ἐπεὶ †καὶ πένητα†


Safo (31Voigt) apud Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa.


Abaixo, outro registro do mesmo poema:

φαίνεταί μοι κῆνος ἴσος θέοισιν ἔμμεν’ ὤνηρ, ὄττις ἐνάντιός τοι ἰσδάνει, καὶ πλάσιον ἆδυ φωνεί- σας ὐπακούει

καὶ γελαίσας ἰμέροεν, τό μ’ ἦ μὰν καρδίαν ἐν στήθεσιν ἐπτόαισεν· ὠς γὰρ ἐς σ’ ἴδω βρόχε’, ὤς με φώναι- σ’ οὐδ’ἒν ἔτ’ εἴκει·

λλ’ ἄκαν μὲν γλῶσσα †ἔαγε†, λέπτον δ’αὔτικα χρῶι πῦρ ὐπαδεδρόμηκεν, ὀππάτεσσι δ’ οὐδ’ ἒν ὄρημμ’, ἐπιρρόμ- βεισι δ’ ἄκουαι·

κὰδ δέ μ’ ἴδρως ψῦχρος ἔχει, τρόμος δὲ παῖσαν ἄγρει, χλωροτέρα δὲ ποίας ἔμμι, τεθνάκην δ’ ὀλίγω ᾿πιδεύης φαίνομαι †

λλὰ πὰν τόλματον, ἐπεὶ † καὶ πένητα


Safo (Voigt frag.2) apud Fabíola Menezes Araújo.

Fulgura como os deuses um que me surge, varão, que, diante de ti, se assenta, e, junto, dócil a que fala e ri ardente

escuta, e isso, de pronto, me desatina no peito o coração! Pois, no que te vejo, súbito eu nada mais sei falar,

assim, logo se me engrola a língua; sutil, num átimo, um fogo dispara sob a pele e, nas vistas, nada diviso; os ouvidos trovoam,

daí, suor me poreja de alto a baixo, então, tremuras me tomam toda, orvalhada fico, mais que a relva, com pouco lassa, morta figuro estar,

e, toda impudente, baldia já…


Tradução: Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa.


Hino a Afrodite, de Safo de Lesbos, musicado e cantado em grego:






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FLAVIO AMATTI FILHO - PESQUISADOR - EQUIPE ARQUEOHISTÓRIA

Obrigado pela leitura e até o próximo POST

Um abraço

FLAVIO AMATTI FILHO














Bibliografia, Fontes e Referencias:


Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa. Safo 31 Voigt – mil traduções e mais uma. Revista da Anpoll, Campinas, v. 1, n. 44, p. 231-245, 2018. Disponível em: https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1142. Fabíola Menezes Araújo. Fenomenologia de Eros e de Afrodite em Safo. Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 91-111, 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/Ekstasis/article/view/46756. Eva-Maria Voigt. Sappho and Alcaeus: fragmenta. Amsterdam: Athenaeum-Polal & Van Gennep, 1971. Giuliana Ragusa. Fragmentos de uma deusa: a representação de Afrodite na lírica de Safo. Campinas: Editora Unicamp, 2005.


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  • SILVA, Fabio Mario. VILELA, Ana Luísa. Homo(lesbo)erotismo e literatura, no Ocidente e em Portugal: Safo e Judith Teixeira. Porto Alegre, v. 4, n. 1, jan./jun. 2011. Disponível em:<https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/3526/1/Safo%20e%20Judith%20Teixeira.pdf[ligação inativa]>Acesso em: 26 abr. 2016.

  • ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Amor e sexo na Grécia Antiga. EDIPUCRS, 2005. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=WJ9jM-dtusoC&oi=fnd&pg=PA9&dq=sexualidade+grecia&ots=Wt24sszacq&sig=fvzYVuc3D25oyYNRSn4JltLiiEc#v=onepage&q=consenso&f=false>. Acesso em: 6 de jun. de 2016. ISBN 9788574305400

  • https://www.bbc.com/portuguese/geral-47955780

  • https://leblogdoperol.com/2022/09/12/em-mykonos-e-lesbos-o-turismo-numa-encruzilhada/


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