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  • A AGUIA BICEFALA DOS HITITAS

    Nesse artigo, vamos falar sobre um dos símbolos mais enigmáticos e cultuados na historia da humanidade. Trata-se da Águia Bicéfala (Duas cabeças) de autoria dos Hititas, dita erroneamente pela mídia desinformada como sendo a Águia Bicéfala de Lagash (cidade da antiga civilização Suméria). Portal da Esfinge situada na colina de assentamento Alaca Höyük na região da Anatólia Central da Turquia. O relevo no interior da Esfinge direita apresenta a águia de duas cabeças segurando duas lebres As esfinges são réplicas, e os originais estão no Museu das Civilizações da Anatólia em Ancara - Capital da Turquia HITITAS: QUEM SÃO ? Os hititas foram um povo indo-europeu que se estabeleceu na região da Anatólia - atual TURQUIA, também conhecida como Ásia Menor (veja imagem abaixo), provavelmente antes de 2000 aec., mas foi somente a partir de 1700 aec. que formaram um grande império na região, que chegou até mesmo a rivalizar com o Império Egípcio na época de Ramses II - vide batalha de Kadesh. A Civilização Hitita exerceu sua hegemonia na região até aproximadamente 1200 aec., quando foram finalmente conquistados pelos assírios. Anatólia (do grego antigo Ἀνατολή, Anatolḗ — "leste" ou "erguer/nascer do sol"), ou península anatoliana , também conhecida como Ásia Menor. Suas fronteiras leste e sudeste são amplamente consideradas como sendo as fronteiras turcas com os países vizinhos, que são Geórgia , Arménia , Azerbaijão , Irã , Iraque e Síria , em direção no sentido horário. Etimologia: A mai s antiga referência conhecida a Anatólia mencionada como Terra do Hitita" – foi encontrada em tabletes cuneiformes da Mesopotâmia a partir do período do Império Acádio (2 350−2 150 aec). O primeiro nome que os gregos usavam para a península da Anatólia foi Ἀσία (Ásia), presumivelmente após o nome da liga de Assua na Anatólia Ocidental. Liga de Assua foi uma liga ou confederação de 22 estados Hititas. Como o nome da Ásia passou a ser estendido a outras áreas do leste do Mediterrâneo, o nome para a Anatólia foi especificado como Μικρὰ Ἀσία ( Mikrá Asía ) ou Asia Minor, que significa "Ásia Menor", na Antiguidade Tardia (época GRECO - ROMANA). Ocupação humana na região da Anatólia ao longo do tempo: Pré-História A Anatólia tem sido ocupada por um longo período da existência humana, sendo que há cerca de dez mil anos, uma população humana de origem desconhecida se assentou em um sítio permanente, próximo da atual Çatal Hüyük . Heteus Apesar de assentamentos humanos permanentes, nenhuma tribo da Anatólia formou uma civilização no sentido estrito do termo. Isso só viria a acontecer em meados do segundo milênio antes de Cristo, com a chegada dos heteus vindos provavelmente da Ásia Central . Fundaram sua capital em Hatusa e controlaram um império que, na sua extensão máxima, englobava toda a Anatólia, além da Síria e oeste da Mesopotâmia . Os Heteus, no entanto, parecem não ter tido grande penetração em Assua , isto é, a costa egeia da Anatólia. A Guerra de Troia , entre povos não-heteus, foi travada na cidade costeira de Troia , possivelmente no século XIII aec., sem a interferência dos hititas. No século XII aec., os hititas foram suplantados por imigrantes, chamados pelos egípcios de " povos do mar " (entre os quais, provavelmente, os frígios , que fundaram seu próprio reino no centro da península). Frigios Tendo passado das costas balcânicas à Anatólia, este povo se estabeleceu no noroeste da península em fins do sécul o XIV aec. Ocupando o vácuo da decadência hitita, estabeleceram um reino, que mais tarde se expandiria do mar Egeu ao Urartu . A maior parte de seus soberanos geralmente se chamavam Górdio , Midas e Giges . A um destes reis chamados Górgias é que se atribui o nó górdio, que foi cortado por Alexandre, o Grande no século IV aec. Foram destruídos pelos cimerianos no final do século IX aec. O nó górdio é uma lenda que envolve o rei da Frígia ( Ásia Menor ) e Alexandre, o Grande . É comumente usada como metáfora de um problema insolúvel (desatando um nó impossível) resolvido facilmente por ardil astuto ou por uma quebra de paradigma. Assírios e lídios Boa parte da Anatólia passou a ser formalmente parte do Império Assírio . Entretanto, com seu enfraquecimento, as tribos da região se uniram em torno de um estado remanescente dos frígios, o Reino da Lídia . Ao mesmo tempo, os gregos estabeleceram colônias em toda a costa da Anatólia, fundando cidades como Trebizonda e Sinope na costa do mar Negro , Calcedônia à direita do Bósforo, Pérgamo , Éfeso , Mileto , Halicarnasso e Cnido na costa do mar Egeu e Antália e Tarso na Anatólia meridional. A Lídia manteve-se como o poder dominante da região, resistindo à expansão neobabilônica ) e ao Império Medo até o fim do século VII a.C., quando o Império Aquemênida invadiu e conquistou este reino. Persas Conquistado o Reino Lídio por Ciro II , os persas passaram então a controlar a Anatólia por dois séculos, até a invasão de Alexandre, o Grande , no século IV aec.. A partir da costa, e com a ajuda da marinha fenícia , os persas realizaram diversas incursões ao continente europeu , sobretudo nos tempos de Dario I , que conquistou a Trácia , e de Xerxes I , que foi vencido pelos gregos . Macedônios O s persas foram definitivamente vencidos por Alexandre, o Grande e seus aliados gregos, que lhes arrebataram todo o império, da Anatólia ao rio Indo . O breve império de Alexandre se fragmentou após a sua morte; e em consequência da Batalha de Ipso (301 aec.), foi finalmente dividido entre Ptolomeu , Cassandro , Seleuco e Lisímaco , generais veteranos de Alexandre. A Anatólia coube a Lisímaco, que, duas décadas depois, foi morto em batalha por Seleuco, o herdeiro da Síria, da Mesopotâmia e do Irã e fundador do Império Selêucida . Este, por sua vez perdeu o controle da Anatólia após a invasão dos celtas . Anatólia helenística S em bases políticas seguras, e sobretudo por causa das invasões dos gálatas , o domínio da dinastia Selêucida na Anatólia sucumbiu à anarquia, e a região foi desmembrada em vários reinos helenísticos, como por exemplo o dos gálatas , o de Pérgamo , o da Cária , o da Lícia , o da Pisídia , o da Bitínia e o do Ponto , embora os gregos se tornassem o componente étnico e cultural dominante em todos esses reinos e com dezenas de cidades prósperas na região central da península. A unidade política viria com o Império Romano . Romanos O domínio romano na Anatólia teve seu início quando o Reino de Pérgamo passou ao controle de Roma em 133 aec.. Desde então, os demais reinos da Anatólia foram sendo conquistados por Roma, que passou a usar a península como base para as contínuas (e frequentemente inconclusivas) campanhas contra o Império Parta, estado sucessor da Pérsia. A extensão do Império Romano e a decadência de suas províncias ocidentais, constantemente atacadas por bárbaros vindos da Alemanha fez com que a sua capital fosse movida, no início do século IV, para a cidade grega de Bizâncio, à esquerda do Bósforo, e posteriormente conhecida como Constantinopla. O Império Romano do Oriente O Império Romano também viria a se dividir em duas unidades políticas distintas após a morte do imperador Teodósio I em 395 ec., cabendo a Anatólia (juntamente com os Bálcãs, a Síria, a Palestina, o Egito e a Cirenaica) ao Império do Oriente. A renovada cidade de Constantinopla, mesmo localizando-se no lado europeu do estreito do Bósforo, valorizou a Anatólia pelo fato de se tornar a porta de entrada da Europa para os mercadores asiáticos. A Anatólia, então maciçamente de cultura grega, tornara-se uma das rotas terrestres favoritas, principalmente para comerciantes europeus cristãos, além de possuir vários portos importantes ao longo da costa do mar Negro. Durante a Idade Média, o Império Bizantino manteve a Anatólia segura contra invasões, primeiro combatendo os sassânidas, dinastia iraniana sucessora dos Partas, depois mantendo, com sucesso, os Árabes para além do Tauro. Mas por volta do ano 1000, os povos turcos, vindos da Ásia central, iniciaram contínuos ataques às fronteiras de Bizâncio, abalando seu controle sobre a Anatólia. Ainda assim, foi graças ao controle de Constantinopla sobre a península que a Primeira Cruzada pôde ser realizada por terra. Turcos Este ramo dos turcos oguzes que veio a ser conhecido como seljúcidas, de origem uralo-altaica e proveniente das estepes ao noroeste da China, estabeleceu-se inicialmente na região do mar de Aral, depois em terras iranianas, daí partindo em direção à Anatólia. Os seljúcidas ocuparam a Anatólia pela primeira vez em 1071, após derrotarem o imperador bizantino Romano IV Diógenes na Armênia, em Manziquerta. A partir daí, ocuparam e mantiveram o domínio da Anatólia, a despeito de temporárias reconquistas bizantinas e cruzadas e das invasões mongólicas aos países ao seu redor. Em 1299, o turco Osmã I, um veterano de guerra a quem o sultão dos seljúcidas legou um território ao redor de Sogut (noroeste da Anatólia), conquistou certa independência para seu senhorio, surgindo aí o embrião do Império Osmanli ou Otomano . Seu filho Bajazeto I capturou Bursa e derrotou o exército de Andrónico III Paleólogo em Pelecano, perto de Nicomédia, (atual İzmit), o que lhe possibilitou conquistar as últimas praças asiáticas do Império Bizantino. A partir da conquista da península de Galípoli por Salomão Paxá em 1354-56, os turcos Otomanos começaram a penetrar na Europa, conquistando Adrianópolis (atual Edirne) em 1363. No ano 1397, já haviam atingido o Baixo Danúbio e as fronteiras húngaras. O poderio otomano se expandiria também a leste, conquistando a aliança das tribos seljúcidas remanescentes na Anatólia e unificando os turcos sob o Sultanato Otomano. O revés sofrido pelo ataque de Tamerlão à Anatólia em 1402 ("interregno otomano") não sustaria o avanço do Império Otomano que, contudo, ainda coexistiria na península até 1462, com os cristãos do Império de Trebizonda, que ocupava o território do antigo Ponto. A presença turco-muçulmana na Anatólia e nos Bálcãs, e o agravamento da situação pela conquista de Constantinopla por Maomé II, o Conquistador, desencorajou o comércio das nações cristãs da Europa com a China e a Índia. Isto incentivou a tentativa de estabelecimento de uma rota alternativa ao redor da África, e até mesmo rotas desconhecidas, para o oeste, através do oceano Atlântico, para alcançar aquelas nações, fontes de especiarias. Estas experiências desencadeariam a Era dos Descobrimentos que culminou com a descoberta da América em 1492 e do Brasil em 1500. Em resumo, conforme visto acima, a região da Anatólia foi testemunha de vários povos, civilizações, reinados e impérios, ao longo da história da humanidade. Isso já ajuda a entender de maneira bastante óbvia que o processo de herança cultural se fez presente em toda a linha de tempo histórica e como o objeto de estudo desse artigo, a Águia Bicéfala dos Hititas foi um símbolo tão difundido de forma abrangente nas bandeiras, flamulas e insígnias de reinos, impérios, países e até sociedades secretas, tais como a Maçonaria. Continuando ... A história da civilização hitita é conhecida principalmente por textos cuneiformes  encontrados em seus antigos territórios e por correspondências diplomáticas e comerciais encontradas em vários arquivos da Assíria  , Babilônia  , Egito  e do Oriente Médio  em geral ; a decifração desses textos foi um evento-chave na história dos estudos indo-europeus . Por muitos séculos, pensou-se que os hititas eram assim, uma pequena nação de pessoas que foram engolidas pelos grandes impérios, como os hebreus quase fizeram, e que desapareceram da história. O historiador do início do século XIX Francis William Newman até mesmo proclamou que "...nenhum rei hitita poderia ter se comparado em poder ao rei de Judá". Rapaz, ele errou, na verdade, a redescoberta do reino hitita como uma das grandes potências do Mediterrâneo da Idade do Bronze está entre as maiores conquistas da ciência da arqueologia. As primeiras evidências da existência dos hititas foram localizadas ainda no século XIX, no entanto, a comprovação acerca desse povo aconteceu em dois grandes momentos. Primeiramente, em 1906, o arqueólogo alemão Hugo Winckler descobriu mais de 10 mil tábuas escritas pelos hititas. As tábuas encontradas por Winckler registravam informações importantes da história dos hititas e de suas transações comerciais, por exemplo. O conhecimento sobre o conteúdo dessas placas só foi possível pelo trabalho do linguista checo Bedrich Hrozny, que, em 1916, conseguiu decifrar o idioma hitita e identificou-o como uma linguagem indo-europeia. O trabalho de Hrozny pôde ser feito graças à tradução do trecho em hitita `Nu Ninda-An Ezzateni, Vatar-Ma Ekuteni’, que significa “você comerá pão, você beberá água”. A partir disso, ampliou-se a compreensão dos historiadores sobre a trajetória da civilização formada pelos hititas. A história dos hititas foi organizada pelos historiadores com a seguinte cronologia: Antigo Império Hitita (1700-1400 aec.) Médio Império (1400-1343 aec.) Novo Império ou Império Hitita (1343-1200 aec.)" Nesse artigo não iremos detalhar cada uma das cronologias acima, porém é importante destacar que de 1700 a 1200 aec, os Hititas formaram um império a partir de ataques contra outro povo que vivia nessa região, que eram os Hatitas, dominaram a sua capital chamada Hattusa, sob o reinado do Rei Hitita, "Hatusil I, que unificou o reino hitita passando a governar as grandes cidades da região com a ajuda de seus familiares, sendo que durante o Novo Império, os hititas alcançaram o seu auge, principalmente durante os anos de reinado do rei Supiluliuma I, considerado o mais importante e mais poderoso rei dos hititas e que teria assumido o poder em 1344 aec. Sob o governo dele, os hititas conseguiram derrotar o Reino dos Mitani (reino dos hurritas), transformando seus habitantes em vassalos. Além disso, durante o reinado de Supiluliuma I, os hititas conquistaram os territórios do Levante (que corresponde a parte do Líbano, Síria e Israel). Essa região era controlada pelos egípcios, que foram sucessivamente derrotados com o crescimento e fortalecimento do exército dos hititas. Supiluliuma I ampliou seu ataque contra os egípcios após um de seus filhos ter sido morto por um general do exército egípcio. O filho mais novo de Supiluliuma I, Mursili II foi rei hitita no período de 1321 aec. a 1295 aec e foi bastante próspero, com o rei garantindo o controle sobre as terras já conquistadas e dominando novos territórios. Na época do faraó Ramsés II, 1274 aec., os egípcios e os hititas, sob seu rei Hattusili III, lutaram o que pode ter sido a maior batalha da Idade do Bronze em Kadesh. A batalha foi praticamente um empate e cinco anos depois os dois impérios concluíram um tratado que durou mais de cem anos até o colapso do império hitita. Durante esse reinado, os historiadores acreditam que os hititas travaram guerras contra um povo chamado Ahhiyawa, que, muito provavelmente, trata-se dos micênicos. Existe, inclusive, uma teoria que afirma que a Guerra de Troia foi, na verdade, uma guerra travada entre micênicos e hititas na Ásia Menor. Após os reinados de Supiluliuma I e Mursili II, os hititas entraram em um processo de decadência, que coincidiu com o fortalecimento dos assírios na Mesopotâmia. A região foi gradualmente conquistada por esse povo, e a capital Hattusa foi destruída por volta de 1200 aec. O império hitita chegou ao fim por volta de 1200 aec., quando o mundo mediterrâneo oriental foi abalado por uma série de invasões de "povos do mar" que espalharam destruição da Grécia pela Mesopotâmia até o Egito. Enquanto a Assíria e o Egito suportaram os ataques bárbaros, foi o império hitita que mais sofreu, com a capital Hattusa sendo queimada até o chão por volta de 1180 aec. Por cerca de cem anos depois disso, houve várias nações menores e menos poderosas que se autodenominavam hititas. Esses reinos hititas posteriores não duraram muito, no entanto, pois foram todos engolidos pelo crescente império assírio ou pelo povo frígio que se estabeleceu na Anatólia ocidental e central, e que pode ter sido um dos "povos do mar". A LINGUA HITITA A língua hitita  é referida por seus falantes como nešili  , "a língua de Nesa  " uma língua membro do ramo anatólio  da família das línguas indo-europeias, junto com a língua luwiana  intimamente relacionada , é a mais antiga língua indo-europeia historicamente atestada. Quando a língua dos hititas foi decifrada das tábuas cuneiformes, descobriu-se que era indo-europeia por natureza, mais intimamente relacionada ao grego ou latim do que ao aramaico ou hebraico. Os historiadores são da opinião de que o povo que se tornou hitita entrou na Anatólia vindo dos Bálcãs ou da Ucrânia por volta de 2000 aec. e conquistou ou se misturou com um povo não indo-europeu conhecido como os hattianos, de quem o nome Hattusa parece ter vindo. Árvore genealógica indo-europeia em ordem de primeira atestação. O hitita pertence à família das línguas anatólias e é a mais antiga língua indo-europeia escrita. Para melhor visualização-- acesso o link abaixo (abre em outra pagina) https://en.wikipedia.org/wiki/Hittites#/media/File:IndoEuropeanTree.svg Os historiadores acreditam que a região de Hattusa permaneceu esvaziada até por volta de 800 aec. IMPORTANTE : O mapa acima apresenta o império Hitita em sua maior extensão e notem que a cidade de Lagash, sequer aparece, pois ela está situada mais a leste, próxima ao delta dos rios Tigre e Eufrates, fronteira com Elam, dos Elamitas, vide imagem abaixo: o ou seja, os Hititas não estiveram em seu período de maior expansão em Lagash, portanto .... NÃO EXISTE AGUIA BICEFALA DOS HITITAS EM LAGASH !!! ENTÃO DE ONDE VEM A AGUIA BICEFALA DOS HITITAS? É O QUE IREMOS VER A PARTIR DE AGORA !! A AGUIA BICEFALA: A religião hitita ficou conhecida como “a religião dos mil deuses”. Teve inúmeras divindades próprias e outras importadas de outras culturas (especialmente da cultura hurrita ), entre as quais se destacou Tesub , o deus do trovão e da chuva, cujo emblema era um machado de bronze de dois gumes (algo semelhante, embora possa estar sendo coincidência , é observada na civilização minóica , com seu labrix ), e Arinna , a deusa do sol. Outros deuses importantes foram Aserdus (deusa da fertilidade), Naranna, deusa do prazer e do nascimento e seu marido Elkunirsa (criador do universo) e Sausga (equivalente hitita de Ishtar ). O rei era tratado como um humano escolhido pelos deuses e era responsável pelos rituais religiosos mais importantes, além de salvaguardar as tradições. Se algo não estivesse indo bem no país, ele poderia ser culpado caso tivesse cometido o menor erro durante um desses rituais, e até os próprios reis participavam dessa crença; Assim, por exemplo, Mursili II atribuiu uma grande praga que devastou o reino hitita aos assassinatos que levaram seu pai ao trono, e realizou numerosos atos e mortificações para pedir perdão aos deuses. Na imagem acima temos a planta mostrando a localização das Câmaras A e B, bem como as três fases da construção do templo no Santuario de Yazilikaya. A portaria (Edifício III) está voltada para o pôr do sol durante o solstício de verão. A muralha noroeste de O Edifício IV está alinhado com o pôr do sol durante o solstício de inverno. Excelente documento contemplando em detalhes os Aspectos Celestiais da Religião Hitita: Uma investigação do santuário rochoso de Yazılıkaya - PARA DOWNLOAD !! Mais sobre o Santuário de Rocha Hitita - Yazılıkaya o verdadeiro lar da AGUIA BICEFALA Yazılıkaya é um santuário de rocha hitita localizado a cerca de 1,5 km a nordeste de Hattuša e consiste em duas câmaras ao ar livre cercadas por formações rochosas naturais. Não há indicação de que o topo das câmaras tenha sido coberto. As paredes de rocha da câmara principal maior (Câmara A) contêm as esculturas em relevo de uma multidão de divindades hititas. As divindades masculinas no lado esquerdo das paredes e as femininas no lado direito são lideradas pelo deus da tempestade Teššub e pela deusa do sol Hebat, que se encontram no centro da cena. O santuário pode ter servido como um lugar para a celebração da chegada do ano novo a cada primavera. A Câmara B é acessível por uma passagem estreita e provavelmente era uma capela memorial para Tudhaliya IV, dedicada por seu filho Šuppiluliuma II no final do século XIII aec. Vídeo Slide apresentando a Câmara B - Exclusividade ArqueoHistoria. Na verdade, a arte rupestre exibida em Yazilikaya representa tanto a visão hitita da estrutura do cosmos quanto ao mesmo tempo funciona como um calendário. Como muitas culturas, os hititas acreditavam que o universo era dividido em três partes, os céus, a Terra e o submundo. Bem, o santuário em Yazilikaya é dividido em duas câmaras, chamadas de A e B. Na parede norte da câmara A há uma escultura em pedra que retrata as constelações do norte que nunca se põem abaixo do horizonte, como a Ursa Maior e a Ursa Menor junto com Cassiopeia. Essas constelações são acompanhadas por esculturas dos principais deuses do panteão hitita, o deus da tempestade Teššub, sua esposa Ḫebat e seu filho Šarruma e juntos eles representam o céu. Nas duas paredes laterais da câmara A há esculturas de fertilidade e outros tipos mais terrestres de deuses marchando em procissão em direção aos deuses maiores ao norte. Eles representam a Terra. Como vimos, o Monumento Hitita em Yazilikaya é apenas um monumento que faz parte de um mesmo contexto de outros seres policéfalos, estilo e tendência mitológica ocorrido em todo o Oriente Médio já na idade do Bronze. 3300 a 1200 aec. Qualquer significado para essa Águia é apenas uma mera suposição ou até mesmo devaneio do homem atual, pois não existem nenhum indício arqueológico escrito que Relate o seu verdadeiro significado místico. Também vimos nesse artigo, que a região onde hoje é a Turquia, foi palco de muita historia, tribos, povos, civilizações e até impérios estiveram nessa região (não somente, mas principalmente) levando a sua cultura, crenças e religião, provocando o intercambio natural de contos e ideais meramente mitológicos sobre as divindades dentro do processo que chamamos de RECICLAGEM MITOLÓGICA ao longo de anos, décadas, séculos e milênios de historia. Os bizantinos tinham herdado a rica importância cultural da águia regular (ie, de uma cabeça) do império romano pré-cristão e de outras tradições do mundo greco-romano e do cristianismo (em trabalhos dos pais da Igreja, águias eram frequentemente representadas como anjos ou Cristo mesmo). Não diferente disso, o motivo de águia ser exibida na decoração do Grande Palácio de Constantinopla (antiga cidade de Bizâncio e atual cidade de Istambul - ex-capital da Turquia), em alguns casos de uma forma que nos lembra um episódio bem conhecido do Ilíada, onde uma águia é vista segurando uma cobra em suas garras, mas em uma inesperada reviravolta ela é mordida pela cobra antes que pudesse come-la (veja imagem abaixo). Os cônsules bizantinos também eram retratados carregando cetros com extremidade em forma de águia (veja imagem abaixo) até o reino de Philippicus Bardanes ( circa. 711 -713). Trabalhos de propaganda do século X narram como uma águia pairava persistentemente sobre o berço de uma criança, filho de um cidadão chamado Basil, prevendo o destino glorioso que se estendia adiante do garoto: ele tornou-se Basil I (circa 867–886), o fundador da dinastia macedônica. Isso significa que a águia era diretamente associada com autoridade, excelência, magnificência e com o ofício imperial em particular. Águias com anéis em seus bicos eram exibidas em têxteis de seda imperiais bizantinos no fim do séc. X e séc. XI (veja imagem abaixo), e nós sabemos que elas provavelmente influenciaram a arte ocidental. As razões pelas quais os bizantinos adotaram a águia de cabeça-dupla são obscuras e disputadas. O motivo simétrico pode ser achado em trabalhos de arte datados já no século X (veja imagem abaixo), mas não há nenhuma evidência que já tivesse se tornado um emblema imperial até lá — talvez eram feitas com interesse puramente decorativo ou simbólico em um nível mais amplo. Tem sido proposto que o emblema floresceu à proeminência em Bizâncio sob Isaac I Comnenus (circa 1057–1059), que veio de Paflagônia, uma região da Anatólia onde a águia de cabeça-dupla era popular, vide o que ja foi exposto nesse artigo. Se fosse o caso ou não, a águia de cabeça bifurcada era também usada pelo sultanato de Seljuk nos séculos XII e XIII (veja imagem abaixo). Se os turcos adotaram-na dos bizantinos, seria um outro elemento de continuidade na região— note que os estado de Seljuk na Ásia Menor foi chamado de sultanato de Rûm, i.e., das terras dos romanos (bizantinos). De qualquer forma, no império bizantino, estava apenas sob a dinastia palaióloga (paleogênica) que nós podemos estar certos de que era usada como parte das imagens imperiais per se (veja imagem abaixo). É assumido que ela significava que o império tinha seus olhos voltados para ambas as direções, Leste e Oeste. Saiba mais sobre a Dinastia dos Paleólogos - A ultima dinastia do Império Bizantino que sucateou a massa falida das suas terras conquistadas Os artigos estão ao final como sugestão de leitura ( partes 1 e 2) A águia de cabeça-dupla é exibida uma última vez na história bizantina na igreja de Mystra onde Constantino XI Palaiólogo (c. 1449–1453) foi coroado imperador (veja imagem abaixo). O emblema viveu mais que o império tanto no Oeste quanto no Leste. Por último, é associada com a Igreja Ortodoxa e é ainda exibida em relevos (veja primeira imagem abaixo — a imagem da Catedral do Patriarcado Ecumênico), selos, mitras de bispos (veja segunda imagem abaixo), bandeira (veja terceira imagem abaixo) e outras parafernálias religiosas. Para resumir, os bizantinos nunca pararam de usar a águia de cabeça bifurcada em motivos e emblemas. Em um dado momento, ou a devido aos imperadores vierem do Leste ou como resultado de um desenvolvimento gradual que começou em motivos decorativos, a águia de cabeça-dupla, um símbolo do Oriente Médio ancestral, era adotada também. No séc. XIII, ela tinha se tornado um dos emblemas mais reconhecidos das dinastias em vigor e ideologias imperiais. Depois da derrota na batalha de Manzikert (1071), o Império Bizantino perdeu a Anatólia (atual Turquia), que era o local de recrutamento de suas tropas. Deixou de poder mobilizar uma força capaz de deter o avanço turco. O desastre resultou na perda de Jerusalém e no início das cruzadas (a primeira cruzada foi em 1096). Em 1204, membros da quarta cruzada, católicos, chamados para ajudar os bizantinos, cristãos ortodoxos, saquearam Constantinopla, o que resultou na divisão do Império em uma série de pequenos estados, vários deles católicos. Apesar do Império ter sido parcialmente restaurado em 1261, ele já não tinha mais capacidade de resistir de forma eficaz aos turcos e, em 1453, Constantinopla foi tomada. É uma data que, por sua importância psicológica, é usada para dividir a História Medieval da História Moderna, O Império Bizantino continuou a existir até 1461, quando a região bizantina de Trebizonda (na parte oriental da Anatólia) foi conquistada pelos turcos. Se você quiser ir mais além, o sultão turco assumiu o título de Kayser-i Rum (César de Roma), pretendendo uma continuidade no Império. O sultanato só foi extinto em 1922. Outros países também reivindicaram uma posição de continuadores do Império Romano: os Czares da Sérvia, da Bulgária, a República de Veneza e, mais famoso, o Sacro Império Romano-Germânico. O título de "Czar", assim como o de "Kaiser" (usado pelo Imperador da Alemanha) são formas alteradas de "César", o nome adotado pelos imperadores romanos. Dessa forma, dizer que a memória do Império Romano do Oriente continuou a existir até o fim da 1a Guerra Mundial. Bônus 1 As águias eram usadas no estandarte romano, uma bandeira ou flâmula, que era presa a uma vara ou poste e identificava uma legião romana. O estandarte era importante como ponto de encontro e também foi construído para elevar o moral e o orgulho dos soldados. Assim, se um estandarte fosse perdido, as legiões se esforçariam ao máximo para recuperá-lo. Originalmente, os estandartes romanos eram apenas pedaços de feno em uma vara. Logo, animais como javalis e lobos substituíram o feno e foram usados para representar diferentes legiões. Porém, após as reformas militares realizadas por Gaius Marius, os outros animais se tornaram redundantes e apenas a águia (ou Aquila, em latim) permaneceu. Até hoje, a águia com as letras SPQR estampadas acima, que significam "o senado e o povo de Roma" (Senatus Populus Que Romanus em latim), representa o outrora grande império romano. BÔNUS 2 A bandeira bizantina era composta por uma cruz amarela em um campo vermelho com 4 letras B's, uma em cada quadrante. A cruz representa o Cristianismo. Os 4 B's, que são pronunciados na língua grega como V, representam a seguinte frase: Βασιλεύς Βασιλέων Βασιλεύει Εν Βασιλεύουσα “Vasilefs Vasileon Vasilevi en Vasilevousa” Traduzindo: "O Rei dos Reis reina na Cidade Real/Reinante". No caso, é uma referência a Jesus Cristo, o Rei dos Reis, sendo assim o Senhor da cidade de Constantinopla e do Império Romano do Oriente. No fim do Império, quando os Paleólogos eram imperadores, a bandeira abaixo também começou a ser usada como bandeira nacional a partir da expulsão dos cruzados de Constantinopla em 1261. Essa era uma águia bicéfala sobre um campo amarelo, segurando em uma pata um Globus Cruciger, representando a igreja e a fé, e uma espada na outra, representando o poder imperial. As duas cabeças da águia olham uma para o oeste e a outra para o leste, como que guardando os territórios do Império tanto na Europa quanto na Ásia. Sobre a águia bicéfala está a coroa imperial. BONUS FINAL SIMBOLISMO COSMICO DOS HITITAS (legendas em PT-BR) Por quase duzentos anos, os arqueólogos têm procurado uma explicação plausível para o antigo santuário rochoso de Yazılıkaya, na Turquia Central. Há mais de 3.200 anos, pedreiros esculpiram habilmente mais de 90 relevos de divindades, animais e quimeras na rocha calcária. Uma equipe internacional de investigadores apresenta agora uma interpretação que pela primeira vez sugere um contexto coerente para todas as figuras. Assim, os relevos esculpidos em pedra em duas câmaras rochosas simbolizam o cosmos: o submundo, a terra e o céu, bem como os ciclos recorrentes das estações, as fases da lua, e o dia e a noite. CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com o estudo, os conjuntos de entalhes, exceto o do norte, poderiam ser usados ​​como um calendário que registrasse tanto as fases da Lua quanto os dias do ano. Tais alinhamentos arqueoastronômicos e observatórios religiosos no mundo antigo estão sendo aceitos e estudados cada vez mais por arqueólogos desde que a ideia foi sugerida pela primeira vez para Stonehenge na década de 1960. Muitas ideias e conceitos religiosos realmente começaram como tentativas do homem antigo de entender a natureza e os movimentos do céu acima de nossas cabeças. Os hititas já foram um povo poderoso e rico cujo império desempenhou um papel de liderança nos primórdios da civilização durante a Idade do Bronze. Entender sua cultura e religião é necessário se quisermos entender como chegamos onde estamos. Obrigado pela leitura e até o próximo ARTIGO. Bibliografia, Fontes e Referencias: https://scienceandsf.com/index.php/tag/hittite-shrine-of-yazilikaya/ https://socientifica.com.br/lagash-a-cidade-perdida-da-mesopotamia/ https://brasilescola.uol.com.br/historiag/civilizacao-hitita.htm https://vici.org/vici/20514/ Bittel, Kurt (1976). Os hititas . tradução de José Gil de Ramales. Madri: Aguilar. Ceram, CW (1985). O mistério dos hititas . Edições Destino, SA ISBN 978-84-233-0760-9 . Kuhrt, Amélie (2001). O Oriente Próximo na Antiguidade, c. 3000-330 AC C. Editorial Crítica. ISBN 978-84-8432-163-7 . Loon, Maurits N. van (1985). Anatólia no segundo milênio a.C .. Leiden: EJ Brill. Macqueen, JG (1986). Os hititas: e seus contemporâneos na Ásia Menor . Londres: Tâmisa e Hudson. Sáez Fernández, Pedro (1988). Os hititas . Edições Akal, SA ISBN 978-84-7600-335-0 . Akurgal, Ekrem (2001).  9789751727565 . Anthony, David W. (2007), O Cavalo, a Roda e a Linguagem. 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  • Šutur e.li.im Šarrum - Superando Todos os Reis

    Este é um pequeno, resumo sobre o texto sumero-acadiano Šutur Elim Šarrum (Superando todos os Reis), mais conhecido como Epopeia de Gilgamesh. O épico de Gilgamesh é uma antiga obra literária que remonta à Mesopotâmia, sendo considerada uma das primeiras obras literárias conhecidas na história da humanidade. Ele narra as aventuras do lendário rei Gilgamesh da cidade de Uruk e suas buscas por poder, imortalidade e sabedoria. A história é gravada em uma série de tabuletas de argila escritas na antiga língua acádia. Citaremos tabuleta por tabuleta, apontando apenas os trechos mais importantes. Tábua 1-2: O épico começa apresentando Gilgamesh como um rei de Uruk, conhecido por sua força sobre-humana e natureza impetuosa. Ele não é muito querido por seu povo, pois abusa de seu poder e autoridade, tomando para si noites de núpcias com noivas antes de seus maridos. Os cidadãos clamam aos deuses por ajuda, e os deuses decidem criar um ser meio homem, meio animal selvagem, chamado Enkidu para confrontar Gilgamesh. Tábua 3-4: Enkidu é inicialmente selvagem, vivendo com os animais na natureza. Uma prostituta chamada Shamhat é enviada para seduzi-lo e civilizá-lo. Com a ajuda dela, Enkidu se torna mais humano e parte para a cidade de Uruk. Lá, ele encontra Gilgamesh e eles lutam em um confronto que eventualmente os leva a se tornarem amigos. Tábua 5-6: Gilgamesh e Enkidu decidem embarcar em uma jornada épica para derrotar Humbaba, o guardião da Floresta dos Cedros, e obter a fama e a glória. Com a ajuda dos deuses, eles vencem Humbaba, mas isso desperta a ira dos deuses e eles enviam o Touro dos Céus para puni-los. Gilgamesh e Enkidu derrotam o touro, mas Enkidu é mortalmente ferido no processo e morre. Tábua 7-10: A morte de Enkidu abala profundamente Gilgamesh, que agora teme a própria morte. Ele embarca em uma busca por imortalidade e sabedoria, viajando para o fim do mundo para encontrar Utnapishtim, o único ser humano que sobreviveu a um grande dilúvio enviado pelos deuses. Utnapishtim conta a Gilgamesh a história do dilúvio e como ele conseguiu sobreviver. Tábua 11: Utnapishtim desafia Gilgamesh a passar por um teste de resistência, mas Gilgamesh falha em todas as provas que testam sua capacidade de permanecer acordado. No entanto, Utnapishtim revela a Gilgamesh um segredo: uma planta que confere a juventude, e é encontrada no fundo do oceano. Tábua 12: Gilgamesh recupera a planta, mas ela é roubada por uma serpente enquanto ele está tomando banho. O épico conclui com Gilgamesh voltando para Uruk com uma nova perspectiva sobre a vida e a morte. Ele reconhece a mortalidade como parte da condição humana e percebe que a imortalidade é inalcançável. No final, ele encontra consolo na cidade que construiu e na memória duradoura que deixará para trás. Em resumo, o Épico de Gilgamesh abrange temas como mortalidade, amizade, poder, busca por significado e a relação entre os seres humanos e os deuses. É uma obra rica em simbolismo e reflexões sobre a condição humana, influenciando inúmeras outras histórias e tradições literárias ao longo dos séculos, que merece ser lida por inteiro, não apenas este simples resumo. Bibliografia: Andrew R. George - The Epic of Gilgamesh: The Babylonian Epic Poem and Other Texts in Akkadian and Sumeria Inscreva-se no meu Canal no Youtube, onde falarei muito mais sobre Suméria, Mesopotâmia e História Antiga em Geral.

  • O que é Hiper Difusionismo, e porque você deveria saber!

    Dentre teorias pulsantes na internet proclamando que houve uma humanidade predecessora aos dias atuais, que viveu há milênios e foi, por algum motivo altamente desenvolvida tecnologicamente, e depois quase toda extinta, mas seus sobreviventes foram suficientes para espalhar pelo globo terrestre vestígios de seus desenvolvimento mediante a difusão de sua tecnologia perdida, temos o que desconhecemos: essa ideia tem mais de 100 anos e você nem sabia. A ideia de uma civilização antiga, e sem rastros, altamente desenvolvida povoa o imaginário dos entusiastas em história antiga e paleoantropologia. Internautas sedentos por saber a "verdade" e que não lêem ou estudam, mas se baseiam em pílulas de conhecimento para criarem audiência virtual, e assim difundem a ideia de que um povo, após uma grande queda e quase extinção, se recompôs e espalhou pelo globo, um planeta povoado por primitivos carentes de inteligência para se desenvolverem e criarem sua própria cultura e tecnologias, dando então início ao que conhecemos hoje do passado humano nos últimos 5 mil anos. Ledo engano... O Hiper difusionismo é uma proposta teoria antropológica que tentou se estender ao ramo da paleoantropologia, e que busca explicar a diversidade cultural observada ao redor do mundo por meio da ideia de que todas as culturas têm uma origem comum e que as semelhanças culturais entre diferentes sociedades são resultado de difusão cultural a partir de uma cultura "superior". Essa abordagem atribui a transmissão de características culturais a um grupo específico, geralmente uma sociedade altamente desenvolvida ou avançada, que teria espalhado seus elementos culturais para outras civilizações menos desenvolvidas. Fosse essa distribuição de cultura, que envolve tecnologias, no âmbito continental ou até mundial, pré-histórica ou até antecessora ao evento do Young Dryas, ou seja, antes da micro era do gelo de cerca de 12.500 anos atrás. A teoria do hiper difusionismo ganhou força no final do século XIX e início do século XX, quando os antropólogos faziam tentativas e confabulavam em como explicar as conexões culturais e tecnológicas entre diferentes grupos humanos em todo o mundo e distribuídos pela timeline, linha do tempo, da história da humanidade. Nessa época, diversos estudiosos, como Grafton Elliot Smith e William James Perry, acreditavam que havia uma única origem para todas as culturas humanas e que o progresso cultural se dava em uma linha reta, com algumas sociedades mais avançadas transmitindo suas conquistas para outras mais atrasadas [1] [2]. Algo que ia de encontro com a teoria de Darwin da evolução humana. O ato de apontar aparências em artefatos espalhados pelo mundo, com séculos separando as construções culturais de certos povos é traço de uma análise superficial e fruto do hiperdifusionsimos. A maioria, se não todos, esses paralelos frutos de desinformação de cada povo, é apenas confusão do dito pesquisador que não tem bases suficientes sobre cada sítio arqueológico para traçar uma linha coerente de raciocínio. Os defensores do hiper difusionismo argumentavam que o desenvolvimento de certos elementos culturais, tal como a agricultura, a metalurgia, aplicações praticas de técnicas construtivas, ou até a escrita, só poderia ter ocorrido em um único lugar e, a partir daí, se espalhar para outras sociedades por meio de migrações ou contatos comerciais. Nesse ponto, não consideram diversos fatores que atualmente é sabido fazer parte do desenvolvimento da psique humana e dos desenvolvimentos intuitivos construídos através dos milênios de história de povos isolados, ou não. Uma das principais críticas ao hiper difusionismo é sua tendência a ser eurocêntrico e etnocêntrico. Algo que o descaracteriza posteriormente como uma racionalizada sobre o tema da evolução antropológica. Muitos dos primeiros defensores dessa teoria eram europeus que viam a cultura europeia como a mais avançada e, portanto, consideravam outras culturas como "inferiores" ou "primitivas". Exemplo disso foi a abordagem deles ao se chocarem com os povos viventes das Américas durante o descobrimento, e o grandioso choque de culturas: enquanto se diziam superiores, se comparavam com povos que tinham sistemas de esgoto altamente eficientes, enquanto os europeus ainda viviam jogando urina e fezes de um balde pela janela de casa, direto nas ruas. O entendimento de “desenvolvimento” e “tecnologia” sempre foi um impasse para os defensores dessa tese. Tudo isso levou a interpretações distorcidas e preconceituosas das culturas não europeias, diminuindo suas contribuições e realizações únicas. Além disso, a teoria do hiper difusionismo ignorava as evidências arqueológicas e antropológicas que apontavam para o desenvolvimento independente de certas tecnologias e práticas culturais em diferentes regiões do mundo. Por exemplo, a invenção da escrita, tão utilizada como exemplo pelos proponentes e defensores do hiper difusionismo, ocorreu de forma independente no Egito, na Mesopotâmia, em Göbekli Tepe (proto escrita), na China e em outras culturas espalhadas pelo mundo, sem que uma tivesse influenciado diretamente a outra. Pluralismo: expressão vinda da filosofia que traduz como "doutrina da multiplicidade". Um sistema plural, portanto, é aquele que aceita, reconhece e tolera a existência de diferentes posições, opiniões ou pensamentos. Com o avanço dos estudos e descobertas feitos pelos campos da antropologia e da arqueologia, as abordagens difusionistas mais extremas foram gradualmente abandonadas em favor de hipóteses comprovadas com fatos e provas, o que formaram novas teorias mais abrangentes, contextualizadas e evidenciadas. A partir do século XX, os antropólogos passaram a adotar uma visão mais pluralista, entendendo que as culturas se desenvolvem de forma complexa, em interação com o ambiente físico, a geografia, as necessidades específicas do grupo e as interações com outras sociedades. Contextualizar é a base da análise cultural de um povo, e isso é essencial para evitar o erro e criar paralelos como o exporto da imagem acima. Arquitetonicamente um marco no desenvolvimento humano, e não por isso, a forma piramidal seria fruto de um único povo que difundiu o método construtivo, mas sim um processo quase intuitivo para chegar nessa composição estável e altamente durável contra terremotos, intempéries naturais, ataques inimigos, destruição por domínio de povos vizinhos e quaisquer efeitos sobre o território onde as construções se encontrassem. Atualmente, os antropólogos reconhecem que as culturas são dinâmicas e estão em constante evolução, novos teóricos e mentes do século 20 contribuíram, cada qual em seus campos de atuação, na expansão do conhecimento e posterior agregado intelectual para que o hiper difusionismo caísse em desuso. Sendo, então, as culturas dinâmicas, elas também possuem as semelhanças culturais entre diferentes grupos que podem surgir de maneiras diversas, tal como convergência cultural, empréstimo cultural, reciclagem mitológica (o que carrega trações culturais) ou mesmo desenvolvimento independente. A diversidade cultural é valorizada como uma riqueza humana, e as abordagens antropológicas procuram entender as particularidades de cada sociedade sem julgamentos de valor ou hierarquias culturais. A imagem acima é da famigerada Fuenta Magna, uma grande bacia feita em barro e conservada até os dias de hoje, semelhante a uma tigela de libação. Encontrado em 1958 perto do Lago Titicaca, na Bolívia. Ele apresenta caracteres antropomórficos lindamente gravados, motivos zoológicos característicos da cultura local e, mais surpreendentemente, dois tipos de escrita - um antigo alfabeto proto-sumério e a língua local do antigo Pukara, precursor da civilização Tiahuanaco. Muitas vezes referido como “a Pedra de Roseta das Américas”, a bacia é um dos artefatos mais controversos da América do Sul, pois levanta questões sobre se pode ter havido uma conexão entre os sumérios e os antigos habitantes dos Andes, localizados milhares de quilômetros de distância. Ou seja, o contato transoceânico dos povos, algo palpável, mas ainda não comprovado. Talvez um marinheiro não letrado (coisa fácil de acontecer), ou semi analfabeto em técnicas cuneiforme chegou às Américas e passou a deixar suas marcas na cultura alheia. Talvez um artefato forjado para incitar a fama do descobridor, ou "n" outras alternativas. No entanto, ela abre um leque de possibilidades investigativas que incitam a pesquisa e o lançar mão do difusionismo. Em resumo, o Hiper difusionismo na antropologia representa uma abordagem ultrapassada que buscava explicar a diversidade cultural por meio de uma única fonte de difusão cultural, geralmente eurocêntrica. Essa teoria foi criticada por sua falta de embasamento em evidências e sua visão preconceituosa das culturas não europeias. Atualmente, os antropólogos buscam abordagens mais contextualizadas e respeitosas da diversidade cultural, valorizando as particularidades de cada sociedade e sua evolução histórica independente. Portanto, da próxima vez que uma pílula de desconhecimento virtual bater à porta de suas redes sociais, pense um pouco mais se essa tal “humanidade perdida da pré-catástrofe mundial”, é de fato algo mensurável, ou apenas alguém tendo ideias mirabolantes que outros menos instruídos tiveram a mais de 120 anos atrás. Por Maik Bárbara @HipoteseZero Referências Smith, Grafton Elliot. "The Diffusion of Culture." In "The Ancient Egyptians and Their Influence Upon the Civilization of Europe," 1911. Perry, William James. "The Children of the Sun: A Study in the Early History of Civilization." 1909.

  • Mythos e Logus: Mentes em conflito

    CENTÉSIMO SEXAGÉSIMO ARTIGO NO MAIOR SITE DE HISTÓRIA, ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA DO BRASIL !!! www.arqueohistoria.com.br Os termos “mythos” e “logos” são usados ​​para descrever a transição no pensamento grego antigo das histórias de deuses, deusas e heróis (mythos) para o desenvolvimento gradual da filosofia racional e lógica (logos). O primeiro é representado pelos primeiros pensadores gregos, como Hesíodo e Homero; o último é representado por pensadores posteriores chamados de “filósofos pré-socráticos” e depois por Sócrates, Platão e Aristóteles. Entenda os fundamentos através do vídeo abaixo: Com isso, o estágio inicial de desenvolvimento do “mythos”, os gregos viam os eventos do mundo como sendo causados ​​por uma multidão de personalidades conflitantes – os “deuses”. Haviam deuses para fenômenos naturais como o sol, o mar, trovões e relâmpagos, e deuses para atividades humanas como vinificação, guerra e amor. O modo primário de explicação da realidade consistia em histórias altamente imaginativas sobre essas personalidades, porém, com o passar do tempo, os pensadores gregos tornaram-se críticos dos antigos mitos e propuseram explicações alternativas para os fenômenos naturais com base na observação e na dedução lógica. Sob o “logos”, a visão de mundo altamente personalizada dos gregos foi transformada em uma em que os fenômenos naturais eram explicados não por pessoas sobre-humanas invisíveis, mas por causas naturais impessoais. No entanto, muitos estudiosos argumentam que historicamente, não havia uma distinção tão nítida entre mythos e logos, que logos surgiu do mythos e elementos do mythos permanecem conosco hoje. Será ??? Vamos entender melhor, por exemplo, os mitos antigos forneceram os primeiros conceitos básicos usados ​​posteriormente para desenvolver teorias sobre as origens do universo, ou seja, tomamos como certas as palavras que usamos todos os dias, mas a grande maioria dos seres humanos nunca inventa uma única palavra ou conceito original em suas vidas – eles aprendem essas coisas de sua cultura, que é o produto final de milhares de anos falando e escrevendo por milhões de pessoas mortas há muito tempo. Os primeiros conceitos de “cosmos”, “início”, nada” e diferenciação de uma única substância – eles não estavam presentes na cultura humana para sempre, mas se originaram em mitos antigos. Filósofos subseqüentes tomaram emprestados esses conceitos dos mitos, descartando as interpretações excessivamente personalistas das origens do universo, então,nesse sentido, o mythos forneceu o andaime para o crescimento da filosofia e da ciência moderna. Uma questão adicional é o fato de que nem todos os mitos são totalmente falsos !! Como assim? Vamos entender! Muitos mitos são histórias que comunicam verdades, mesmo que os personagens e eventos da história sejam fictícios. Tanto Sócrates, quanto Platão denunciaram muitos dos primeiros mitos dos gregos, mas também ilustraram pontos filosóficos com histórias que deveriam servir como analogias ou metáforas. A alegoria da caverna de Platão, por exemplo, destina-se a ilustrar a capacidade do ser humano educado de perceber a verdadeira realidade por trás das impressões superficiais. Então, Platão poderia ter feito o mesmo ponto filosófico em uma linguagem literal, sem usar nenhuma história ou analogia? Possivelmente, mas o impacto seria menor e é possível que o ponto não fosse efetivamente comunicado. Algumas das verdades que os mitos comunicam são sobre valores humanos, e esses valores podem ser verdadeiros, mesmo que as histórias nas quais os valores estão embutidos sejam falsas. A antiga religião grega continha muitas histórias absurdas, e a noção de seres divinos pessoais dirigindo os fenômenos naturais e intervindo nos assuntos humanos, era falsa. Mas, quando os gregos construíram templos e ofereceram sacrifícios, eles não estavam apenas adorando personalidades – eles estavam adorando os valores que os deuses representavam. Por exemplo: Apolo era o deus da luz, conhecimento e cura; Hera era a deusa do casamento e da família; Afrodite era a deusa do amor; Atena era a deusa da sabedoria; e Zeus, o rei dos deuses, manteve a ordem e a justiça. Não há nenhuma evidência de que essas personalidades existiram ou que sacrifícios a essas personalidades promoveriam os valores que elas representavam, mas um respeito básico e uma disposição de adoração para com os valores que os deuses representavam faziam parte da fundação da antiga civilização grega. Sinceramente, eu não acho que tenha sido uma coincidência que a cidade de Atenas, cuja deusa padroeira era Atena, tenha produzido alguns dos maiores filósofos que o mundo já viu – o amor à sabedoria é o pré-requisito para o conhecimento, e esse amor à sabedoria surgiu da cultura de Atenas. Vale ressaltar também que o culto aos deuses, com todos os seus aspectos supersticiosos, não era incompatível nem mesmo com o crescimento do conhecimento científico. A medicina ocidental moderna originou-se nos templos de cura dedicados ao deus Asclépio, filho de Apolo e deus da medicina. Ambos os grandes médicos antigos, Hipócrates e Galeno, começaram suas carreiras como médicos nos templos de Asclépio, os primeiros hospitais. Hipócrates é amplamente considerado o pai da medicina ocidental e Galeno é considerado o pesquisador médico mais talentoso do mundo antigo. Assim como o amor à sabedoria era o pré-requisito para a filosofia, a reverência pela cura era o pré-requisito para o desenvolvimento da medicina. Karen Armstrong (autora especialista em temas de religião, em particular sobre judaísmo, cristianismo e islamismo), escreveu que os mitos antigos nunca foram feitos para serem interpretados literalmente, mas eram “ tentativas metafóricas de descrever uma realidade que era muito complexa e evasiva para ser expressa de qualquer outra maneira”. Não tenho certeza se isso é totalmente preciso!! Acho mais provável que a massa da humanidade acreditasse na verdade literal dos mitos, enquanto os seres humanos educados entendiam os deuses como representações metafóricas do bem que existia na natureza e na humanidade. Alguns argumentariam que esse uso de metáforas para descrever a realidade é enganoso e desnecessário, porém, uma compreensão literal da realidade nem sempre é possível, e as metáforas são amplamente utilizadas até mesmo por cientistas. Theodore L. Brown, por exemplo, professor emérito de química da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, forneceu vários exemplos de metáforas científicas em seu livro Making Truth: Metaphor in Science. Segundo Brown, a história da compreensão humana do átomo, que não pode ser visto diretamente, começou com uma simples metáfora dos átomos como bolas de bilhar; mais tarde, os cientistas compararam os átomos a um pudim de passas; então eles compararam o átomo ao nosso sistema solar, com elétrons “orbitando” em torno de um núcleo. Houve uma melhoria gradual em nossos modelos do átomo ao longo do tempo, mas, em última análise, não há uma representação literal correta e única do átomo. Cada modelo ilustra um aspecto ou aspectos do comportamento atômico - nenhum modelo pode capturar todos os aspectos com precisão. Mesmo a noção de átomos como partículas não é totalmente precisa, porque os átomos podem se comportar como ondas, sem uma posição precisa no espaço, como normalmente pensamos nas partículas. Vários cientistas compararam a construção imaginativa de modelos científicos à criação de mapas - não existe uma maneira única e totalmente precisa de mapear a Terra (usando uma superfície plana para representar uma esfera), então somos forçados a usar uma variedade de mapas em diferentes escalas e projeções, dependendo de nossas necessidades. Às vezes, os modelos visuais que os cientistas criam são bastante irrealistas. O modelo da “ paisagem energética ” foi criado por biólogos para entender o processo de dobramento de proteínas — a ideia básica era imaginar uma bola rolando em uma superfície com buracos e vales de profundidade variável. Como a bola tenderia a buscar os pontos baixos da paisagem (devido à gravidade), as proteínas tenderiam a buscar o menor estado de energia livre possível. Todos os biólogos sabem que o modelo de paisagem energética é uma metáfora - na realidade, as proteínas não descem colinas abaixo! Mas o modelo é útil para entender um processo altamente complexo e que não pode ser visto diretamente. O que é particularmente interessante é que alguns dos modelos metafóricos da ciência são francamente antropomórficos – eles são baseados em qualidades ou fenômenos encontrados em pessoas ou instituições pessoais. Os cientistas imaginam as células como “fábricas” que aceitam insumos e produzem bens. A estrutura genética do DNA é descrita como tendo um “código” ou “linguagem”. O termo “proteínas acompanhantes” foi inventado para descrever proteínas que têm a função de auxiliar outras proteínas a se dobrarem corretamente; as proteínas que não se dobram corretamente são tratadas ou desmanteladas para que não causem danos ao organismo maior - um processo que recebeu uma metáfora médica: "triagem de proteínas". Mesmo referindo-se às “leis da física” é usar uma comparação metafórica com a lei humana. A transição de uma visão de mundo dominada por mythos para uma visão de mundo dominada por logos foi uma conquista estupenda dos antigos gregos, e a filosofia, ciência e civilização modernas não seriam possíveis sem ela. Mas a transição não envolveu a substituição completa de uma visão de mundo por outra, mas sim a construção de estruturas úteis adicionais sobre uma fundação simples. Conclusão: Logos surgiu de suas origens no mythos e mantém elementos do mythos até hoje. As compatibilidades e conflitos entre esses dois modos de pensar são a base temática deste artigo e que vão de encontro ao que penso a respeito !!!! Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Deixa seus comentários lá no Aletheia Ágora !! Obrigado pela leitura e até o próximo POST Me segue >>>>>> https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://mythoslogos.org/2014/12/21/what-is-mythos-and-logos/ ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna 2009. HILTON, Japiassú e MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1996. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. LEVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Tradução: Tania Pellegrini. Campinas: papiros, 1989. REZENDE, Antônio. Curso de Filosofia para professores e alunos dos cursos de ensino médio e de graduação. Rio de janeiro: Zahar, 2005.

  • Naufrágio Romano de 2000 Anos Encontrado em 2023

    Arqueólogos recuperaram milhares de peças de vidro – muitas delas “perfeitamente preservadas” – de um naufrágio de 2.000 anos nas águas entre a Itália e a França. Arqueólogos marinhos da Itália e da França se uniram para explorar os destroços durante a primeira semana de julho, de acordo com um comunicado da Superintendência Nacional da Itália para o Patrimônio Cultural Subaquático. Outros pesquisadores também participaram do estudo, incluindo especialistas especializados em vidro antigo, ecologia marinha e conservação subaquática. A embarcação romana, chamada de Capo Corso 2 , está localizada a 160 metros abaixo da superfície, entre a península francesa de Cap Corso e a ilha italiana de Capraia. A embarcação, estimada em mais de 20 metros de comprimento e datada do século 1 ou 2 a.e.c., carregava centenas de ânforas - um tipo de jarro romano antigo - que foram encontradas intactas. https://www.youtube.com/@contextologia "A descoberta excepcional é um exemplo importante do naufrágio de um navio romano que enfrentou os perigos do mar na tentativa de chegar à costa, e testemunha antigas rotas comerciais marítimas", disseram os arqueólogos. O naufrágio foi localizado e filmado usando um robô operado remotamente. Não ficou imediatamente claro se alguma tentativa seria feita para recuperá-lo ou sua carga do fundo do mar. Em 2012, o naufrágio foi descoberto pela primeira vez pelo engenheiro Guido Gay, de acordo com o comunicado. Os arqueólogos concluíram uma pesquisa inicial do local em 2013 e voltaram uma segunda vez para análises adicionais em 2015. Neste verão, pesquisadores internacionais revisitaram o naufrágio mais uma vez. Usando dois veículos operados remotamente (ROV) - chamados Arthur e Hilarion - eles realizaram varreduras do local para procurar alterações ao longo do tempo. Eles também orientaram Arthur a usar suavemente seu sistema de garras montadas para recuperar artefatos dos destroços. O robô puxou duas bacias de bronze, alguns jarros da Idade do Bronze chamados ânforas e uma grande coleção de objetos de mesa de vidro, incluindo tigelas, xícaras, garrafas e pratos. A equipe levou esses artefatos para um laboratório na Itália para estudo e restauração. No navio, os arqueólogos também descobriram potesblocos de vidro bruto em vários tamanhos nos destroços. Com base nos tipos de vidro encontrados, os pesquisadores acreditam que o navio estava vindo de um porto no Oriente Médio, provavelmente na Síria ou no Líbano, e que provavelmente estava indo em direção à costa provençal francesa. Além de recuperar artefatos, a equipe quer “avaliar o estado biológico do naufrágio”, relata Robyn White, da Newsweek . “Naufrágios muitas vezes se tornam recifes artificiais para a vida marinha durante um período de tempo. As estruturas geralmente criam ecossistemas prósperos, pois os organismos marinhos se ligam à sua superfície”. Em última análise, o naufrágio deve ajudar os pesquisadores a “reconstruir uma página na história do comércio no Mediterrâneo”, diz o comunicado da equipe. E continua: “Dada a natureza excepcional do naufrágio e os resultados desta primeira campanha de pesquisa, os pesquisadores de ambos os países esperam poder iniciar um projeto multidisciplinar mais amplo nos próximos anos”. Pequeno Vídeo sobre a Descoberta. Fonte: https://www.smithsonianmag.com/smart-news/glassware-2000-year-old-roman-shipwreck-180982615/ Agora também tenho um canal no Youtube, o último vídeo fala exatamente sobre um naufrágio de 2000 mil anos, porém, um pouco mais importante do que este, pois continha o Mecanimos de Antikythera, o mais antigo computado analógico já encontrado, datando de aproximadamente 60 a.e.c. Dá uma conferida e se inscreve lá.

  • Damnatio memoriae: Apagados da História

    A história foi e ainda é reescrita para se adequar à agenda daqueles que estão no poder. Os livros didáticos são revisados ​​para atender a certas ideias. Às vezes, fatos desagradáveis ​​são deliberadamente deixados de lado. Às vezes, passagens inteiras são excluídas. BEM VINDOS AO PROCESSO DE DAMNATIO MEMORIAE !!! A história é escrita por aqueles que sobrevivem ou vencem, disputas, batalhas ou guerras! Damnatio memoriae é uma expressão latina que significa condenação da memória . Os antigos romanos não usavam a expressão damnatio memoriae e a expressão apareceu pela primeira vez em uma dissertação alemã em 1689. Mas porque estamos falando de Império Romano se a expressão somente ficou conhecida no século 17? É que os antigos romanos se destacaram na revisão da história. Após a morte de uma pessoa indesejada, o Senado Romano emitia a damnatio memoriae e na maioria dos casos, o indivíduo havia morrido de morte violenta. Dessa forma, os antigos romanos destruíram estátuas, pergaminhos e pinturas relacionadas à aquela determinada pessoa indesejada. Acreditem! Os Romanos literalmente reescreveram a história e essa prática se perpetuou dali em diante, e é praticado até os dias de hoje ! Vajamos alguns exemplos notáveis ​​de damnatio memoriae Na Roma antiga, por exemplo, dezesseis imperadores romanos receberam damnatio memoriae após suas mortes. Esse digamos, infame grupo, incluía Nero , Calígula , Commodus, Elagabalus e Diocleciano, entre outros. Vamos dar uma olhada em alguns dos exemplos de damnatio memoriae ? Um exemplo bem conhecido de damnatio memoriae foi Sejanus (20 AEC-31 EC). Ele era um comandante da Guarda Pretoriana .e foi um conselheiro de confiança do segundo imperador romano Tibério. e quando Tibério deixou Roma para sua villa em Capri, Sejanus queria assumir o trono para si. Tibério ordenou a execução de Sejanus e toda a sua família em 31 EC. A execução foi seguida pelo Senado emitindo damnatio memoriae e com isso, os romanos mudaram até as moedas com a imagem de Sejanus. (Vejam imagem acima) Vamos a outro exemplo ? Imperatriz Valéria Messalina Quem foi ela ? A imperatriz ninfomaníaca Valéria Messalina conspirou para derrubar seu marido, o imperador Cláudio. Sim! Aquele que sucedeu Caligula na dinastia JULIO-CLAUDIANA! Consequentemente, Cláudio a executou em 48 EC, só que posteriormente, o Senado romano realizou a damnatio memoriae, pois seu nome foi removido de todos os locais públicos e suas estátuas foram todas destruídas. Imperador Caligula Entre os imperadores que sofreram damnatio memoriae estão algumas das figuras mais conhecidas da história romana, incluindo Caio (também conhecido como Calígula) e Nero. A notoriedade destes homens chega-nos não só a partir de textos escritos em vida e posteriormente, mas também de imagens que sobreviveram à violência imediata da damnatio memoriae e depois a séculos de abandono. Por exemplo, um retrato de mármore preserva não só a imagem de Calígula, mas também vestígios de pintura, informando-nos da existência deste imperador condenado, bem como da policromia da escultura antiga. Na antiguidade, esses tipos de imagens eram considerados muito poderosos e intimamente ligados à identidade da pessoa que representavam. Calígula foi o primeiro imperador a ter suas imagens destruídas propositalmente após sua morte. É impossível saber quantos retratos em bronze ou outros metais preciosos foram derretidos, mas vários retratos em mármore mostram vestígios de terem sido recortados ou simplesmente desmontados e descartados. Os procedimentos de oficina para retratos imperiais oficiais ditavam que muitas estátuas de corpo inteiro em pedra deveriam ser criadas em duas peças. Assim, as cabeças de Calígula, como as que estão agora na Getty Villa e na Galeria de Arte da Universidade de Yale (acima), poderiam ser facilmente destacadas dos corpos e jogadas de lado, e um retrato da cabeça do novo imperador substituiria rapidamente o ofensor. Uma estátua inteira de um pontifex maximus (principal sacerdote do estado, um título do imperador) de Velleia, no entanto, aparentemente passou por uma espécie de reciclagem escultórica. O rosto do sucessor de Calígula, Cláudio, parece bastante pequeno em comparação com a cabeça e o resto do corpo - sugerindo a alguns estudiosos que foi cortado de um retrato de Calígula. Saiba mais sobre Caligula, acessando meu outro artigo a respeito dele >> Clique Aqui. Cancelleria Reliefs: Nerva substitui Domiciano Um recorte semelhante é evidente em um conjunto de relevos encontrados em Roma e agora alojados nos Museus do Vaticano (abaixo). Os chamados Relevos da Cancelleria mostram figuras mitológicas e alegóricas que celebram os membros da Dinastia Flaviana por seus sucessos militares. Em uma delas, Domiciano parte de Roma para uma campanha militar, conduzido para fora da cidade por Vitória, Marte e Minerva, bem como personificações do Senado e do povo romano. No entanto, a cabeça sobre o imponente corpo vestido de túnica do imperador não é a de Domiciano. Em vez disso, é Nerva, que sucedeu Domiciano após seu assassinato e subsequente damnatio memoriae. Como na estátua de Claudius pontifex maximus de Velleia, o rosto de Nerva é muito pequeno para o relevo e até parece cômico quando comparado às divindades que o cercam. Aparentemente, a escultura foi reesculpida. Caracalla remove a imagem de Geta Talvez os exemplos mais marcantes e difundidos de damnatio memoriae venham do reinado de Caracalla , um membro da Dinastia Severa que governou de 211 a 217 EC. Essa morte foi rapidamente seguida por uma damnatio memoriae , na qual se tornou uma ofensa capital até mesmo falar o nome do co-imperador mais jovem. Em Roma, a imagem de Geta foi eliminada dos relevos do Arco dos Argentarii. Nenhuma tentativa de re-entalhe elegante foi feita como nos Relevos da Cancelleria; em um painel mostrando Septimius Severus e Julia Domna (os pais de Caracalla e Geta) sacrificando em um altar, um caduceu, flutua sobre um espaço vazio onde Geta deve ter estado. Até imagens da esposa e do sogro de Geta foram esculpidas nos painéis do Arco dos Argentarii, pois eles também sofreram um damnatio memoriae. Os nomes de todos os indivíduos condenados foram apagados do arco e substituídos por novas inscrições em homenagem a Caracala. Imperador Cômodo O imperador romano Cômodo (176 EC - 192 EC), ele era filho de Marco Aurélio e tido como sendo um completo paranoico e excêntrico, tanto que ele próprio lutava como gladiador no Coliseu (Teatro Flaviano), o que levou muitos romanos a acreditar inclusive que ele era pai de um gladiador, só que depois, Commodus foi estrangulado em 192 EC, e os romanos destruíram suas estátuas. Detalhes da sua morte : Dois de seus oficiais de alto escalão, com a ajuda de sua amante favorita, Márcia, primeiro o envenenaram (com vinho ou carne, dependendo do relato). Quando isso não funcionou, o gladiador Narciso o estrangulou. Assim, Cômodo morreu aos 31 anos em 31 de dezembro sem deixar herdeiros . Imperador Heliogábalo (Já ouviu falar dele ?) Outra vitima de Damnatio memoriae !! Pasmem !!! O imperador Heliogábalo queria ser mulher . Sim !!! Exatamente isso que voce leu !! Ele quebrou algumas das leis romanas mais sagradas, como casar com uma virgem vestal . Além disso, ele se vestia como uma mulher, o que era inaceitável na sociedade romana hipermasculina. A Guarda Pretoriana massacrou Heliogábalo em 222 EC e seu sucessor, Alexandre Severo,, advinhem !! emitiu damnatio memoriae . Os romanos até reesculpiram as estátuas de Heliogábalo para representar Severo. Assim sendo, o significado da expressão damnatio memoriae e da sanção era cancelar todos os vestígios dessa pessoa da vida de Roma, como se nunca tivesse existido, para preservar a honra da cidade. Numa cidade que dava grande importância à aparência social, respeito e ao orgulho de ser um verdadeiro Romano como requerimentos fundamentais do cidadão, era talvez o castigo mais severo. Outros imperadores romanos condenados Nero Domiciano Clódio Albino Geta Macrino Alexandre Severo Maximino Trácio Gordiano III Filipe, o Árabe Décio Emiliano Galiano Aureliano Probo Caro Carino Numeriano Diocleciano Maximiano Crispo Galério Valério Severo Maximino Daia Magêncio Licínio Constantino II Constante I Magnêncio Magno Máximo Outras pessoas condenadas Caio Fúlvio Plauciano Caio Júlio Vero Máximo Cneu Calpúrnio Pisão Cneu Sêncio Saturnino Fausta Júlia Soémia Lívila Lúcio Antônio Saturnino Lúcio Élio Sejano Práticas parecidas em outras civilizações Os antigos egípcios davam extrema importância à preservação do nome de uma pessoa. Aquele que destruísse o nome de uma pessoa era visto como tendo destruído essa pessoa e isto era válido no mundo dos mortos. As cartelas do faraó herético Aquenáton da 18ª dinastia foram mutiladas pelos seus sucessores. Ele (governou 1353-1336 AEC) e fundou uma religião monoteísta dedicada ao deus Aton, só que mudar a tradição não era um bom presságio para os antigos egípcios. Após sua morte, os egípcios reverteram suas reformas religiosas. Seus sucessores abandonaram sua nova capital, Amarna. A cidade foi redescoberta apenas no século XVIII.Antes, nessa dinastia, ao reinar sozinho, Tutemés III havia ordenado um ataque parecido contra a sua madrasta Hatexepsute. Contudo, apenas as gravuras e estátuas dela como um rei coroado do Egito foram atacadas. Tudo o que a representava como uma rainha foi deixado intacto (a campanha acabou depois do seu filho ter sido coroado co-regente), por isso isto não foi completamente damnatio memoriae. Também há debates sobre Tutemés III ser o culpado, visto que isto aconteceu 47 anos depois dele se tornar faraó. No judaísmo, a maldição "Que o nome e memória dele/a sejam obliterados," (Hebraico: ימח שמו וזכרו , yimach shmo ve-zichro) é a pior maldição que um judeu pode dizer a outro. Heróstrato incendiou o Templo de Artemisa em Éfeso para se tornar famoso. Os líderes de Éfeso decidiram que o nome dele nunca mais podia ser dito, sob pena de morte. Adanuzam, arroçu (rei) de Daomé no início do século XIX, prendeu o seu irmão Gapê (Guezô). Depois de ascender, Guezô se vingou ao apagar a memória de Adanuzam. Até hoje, Adanuzam não é oficialmente considerado como um dos doze reis de Daomé. Marino Faliero, quinquagésimo-quinto Doge de Veneza, recebeu damnatio memoriae depois de um golpe de Estado falhado. Exemplos mais modernos de damnatio memoriae são os actos de remover retratos, livros, remover pessoas de fotografias, e outros vestígios dos adversários de Josef Stalin durante o Grande Expurgo. Ironicamente, o próprio Stalin foi removido de uns filmes de propaganda quando Nikita Khruschev se tornou no líder da União Soviética, e a cidade de Tsarítsin que antes se tinha chamado Stalingrado/Estalinegrado foi chamada Volgogrado em 1961. A ex-União Soviética é um grande exemplo de história revisionista. Uma rápida olhada nas fotos oficiais de Stalin nos mostra que, a cada poucos anos, alguém era apagado das fotos. Após o colapso da União Soviética em 1991, a maioria das estátuas de Stalin e Lenin foram destruídas. Cidades, ruas e praças com nomes de líderes comunistas foram renomeados. Conclusão: Como vimos, as imagens dessas figuras condenadas foram destruídas, seus nomes apagados das inscrições e, se a pessoa condenada fosse um imperador ou outro funcionário do governo, até mesmo suas leis poderiam ser rescindidas. Moedas com a imagem de um imperador que teve sua memória condenada seriam recolhidas ou canceladas e em alguns casos, a residência do condenado pode ser arrasada ou destruída de outra forma. Isso foi mais do que uma forma de vandalismo casual e politicamente motivado, realizado por indivíduos descontentes, pois a condenação exigia a aprovação do Senado e os efeitos da denúncia oficial podiam ser vistos longe de Roma. Vimos também que existiram muitos exemplos de damnatio memoriae ao longo da história da República e do Império Romano. Até 26 imperadores durante o reinado de Constantino tiveram suas memórias condenadas; inversamente, cerca de 25 imperadores foram divinizado após suas mortes. Damnatio memoriae continuou no mundo romano até o século IV EC, como visto em retratos desfigurados do rival de Constantino, Maxêncio. Com o cristianismo oficializado no mundo romano, o vandalismo de retratos imperiais continuou, mas com uma inclinação mais religiosa do que política. O fato de que os retratos romanos foram removidos, danificados ou destruídos por causa de mudanças dramáticas na reputação dos retratados é uma evidência inconfundível de que tais imagens são mais do que apenas “fotos”. Um retrato pode carregar significado ao longo de décadas e séculos – seja de um imperador romano, de um líder comunista como Joseph Stalin, de um ditador como Saddam Hussein ou de generais confederados nos Estados Unidos. A revisão da história é tão antiga quanto a própria história, então, fica a questão ! Podemos acreditar que o que eles nos ensinam sobre nosso passado realmente aconteceu? Alguns fatos ​​foram deixados de fora de nossos livros de história? O que acham? Deixem um comentário lá na minha pagina no Instagram @aletheia_agora A revisão da história não se limita a nenhum período. Está acontecendo o tempo todo!!! Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Deixa seus comentários lá no Aletheia Ágora !! Obrigado pela leitura e até o próximo POST Me segue >>>>>> https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: Egyptian Religion, E.A Wallis Budge", Arkana, 1987, ISBN 0-14-019017-1 ↑ Peter F. Dorman, The Proscription of Hapshepsut, de Hapshepsut: From Queen To Pharaoh, ed. Catherine H. Roehrig, Metropolitan Museum of Art (NY), pp. 267–69 Ensaio sobre a escultura de retratos romanos da Heilbrunn Timeline of Art History do Metropolitan Museum of Art Sarah Bond, “Erasing the Face of History”, The New York Times , 14 de maio de 2011 S. Bundrick e E. Varner, From Caligula to Constantine: Tyranny & Transformation in Roman Portraiture (Michael C. Carlos Museum, 2001). Harriet I. Flower, The Art of Forgetting: Disgrace & Oblivion in Roman Political Culture (University of North Carolina Press, 2006). Eric Varner, Mutilação e Transformação: Damnatio Memoriae e Retratista Imperial Romano (EJ Brill, 2004).

  • LUPANAR: os Bordéis de Roma e o Reduto das Mulheres Loba

    INTRODUÇÃO : 37 EC, apenas 42 anos antes da erupção do Vesúvio, Calígula se torna imperador. VER MEU ARTIGO ANTERIOR>>>>>>>> CLICANDO AQUI. Ele estabelece um padrão de depravação que poucos alcançariam nos próximos dois mil anos depois de seu império. Ele é fascinado pela corrupção e pela transgressão sexual, estabelecendo um imposto sobre a prostituição e uma equipe de burocratas para fazer cumprir a lei. Calígula transforma o sexo pago em um negócio sancionado pelo estado para mostrar como se faz. Ele abre um bordel dentro do palácio imperial. O bordel é formado pelas esposas, filhas e filhos de cidadãos proeminentes e homens de alta classe. Alguns por vontade própria, e outros não. Calígula é sucedido por Nero e apesar de não ser páreo para seu predecessor na depravação, Nero não é um Santo. Ele espanca cidadãos por diversão humana, executa a mãe e chuta uma de suas esposas até a morte, e quando não está em bordéis ele organiza orgias elaboradas. O mau comportamento de Calígula e Nero, influenciam a sociedade em todo o império romano, de Roma até as cidades menores, tais como Pompéia. Vício e corrupção são a ordem do dia, mas em 69 EC, apenas dez anos antes do Vesúvio engolir Pompeia, um novo imperador sucede Nero, e as coisas começam a mudar. As termas no interior de Pompéia dão uma importante pista dessa mudança cultural. A datação por carbono revela que as ilustrações, incrivelmente explícitas no vestiário masculino, foram cobertas três anos antes de Pompéia ser destruída. O detalhe nos mostra algo muito mais importante. As ilustrações promiscuas nos bordéis receberam tinta por cima e isso significa que em algum estágio eles acharam que não era aceitável ter essas imagens. E isso nos mostra que faz sentido, pois depois da queda de Nero, quando o novo Imperador Vespasiano assume o império, esse traz uma moralidade. Essa mudança conservadora que acontece em Roma começava a afetar Pompéia quando Vesúvio congelou a cidade. É um momento crucial, logo depois ao período mais decadente da história romana, se inicia. A atmosfera de Pompéia de serviços e mercados sexuais era normal para aquela época. Se a cidade sobrevivesse mais 20 anos, encontraríamos - exemplos eróticos antigos, mas o mercado da prostituição ainda estariam intacto. Ele estava profundamente arraigado; não só em Pompeia, mas em toda a sociedade Romana. E a história mostra que continuaria assim por séculos. Pompéia nos da imagem inigualável de um período crucial em que o sexo pago tinha vários papéis no mundo pragmático romano. Era um negócio pouco honroso, mas bastante lucrativo. Para os ricos é uma grande fonte de arrecadação de impostos e para o estado, uma maneira dos homens terem sexo extra sem terem casos ilegais. É uma maneira bastante pública de reforçar o sistema de classes permitindo a prostituição como uma humilhação pública dos homens e mulheres forçados a pratica-la. O comércio de sexo em Pompéia, reflete todas as contradições da sociedade romana. Seu racionalismo, sua brutalidade, sua paixão, que revela o enorme impacto que líderes bons e ruins podem ter nos mais poderosos e diversos impérios. VAMOS AO ARTIGO !!! O bairro onde se encontravam as prostitutas que prestavam os serviços mais baratos era o de Subura, um verdadeiro ninho de depravações. A palavra "lupanar" vem de "lupa" que significa "lobo". Na Roma antiga, as prostitutas eram chamadas de “lupas” e o local onde trabalhavam de “lupanar”. Pompéia tem muitos lugares para visitar e descobrir, mas é impressionante que o lugar mais visitado pelos turistas seja o Lupanar, descoberto no século XIX e fechado ao público até 2006, local onde as prostitutas prestavam seus serviços em Pompéia, que foi enterrado pela violenta erupção do vulcão Vesúvio em 79 EC. VEJA VIDEO ABAIXO: O LOCAL MAIS VISITADO ATUALMENTE EM POMPEIA. Os guias e historiadores do século 19 frequentemente se recusavam a examinar ou discutir os bordéis devido a suas próprias agendas morais. Embora os historiadores inicialmente hesitassem em fornecer informações sobre bordéis antigos ao público, o Lupanar é agora uma atração turística amplamente visitada em Pompéia. O historiador do final do século 19, Wolfgang Helbig, afirmou que "uma análise de pinturas individuais [do bordel] é desnecessária e inadmissível". Não foi até o século 20 que os estudiosos começaram a levar a sério as escavações de antigos bordéis. A arte erótica antiga tornou-se um modo popular de estudo para oferecer uma visão da sexualidade, parceria e dinâmica de poder greco-romana. A recepção do bordel por clientes e visitantes exemplificou as disparidades de classe dentro do bordel. Os visitantes da classe alta eram conhecidos por distorcer a representação do bordel decorrente de seu próprio classismo. Embora muitas vezes descrevam o espaço como imundo ou desagradável, os estudiosos declararam que tais lembranças são tendenciosas e não confiáveis. Como veremos a seguir, é de particular interesse para as pinturas eróticas em suas paredes. Lupanar é latim para "bordel". O lupanar de Pompéia também é conhecido como Lupanare Grande ou o "Bordel de propósito específico". O edifício situa-se na zona mais antiga da cidade, muito próximo do local onde existiam banhos, tabernas e hospedarias. De tamanho pequeno, o que nos chamará a atenção ao entrar, serão as cenas eróticas pintadas na parte superior das portas dos quartos, nas quais casais são mostrados em diferentes posições sexuais, essas pinturas não tinham fins decorativos, mas sim uma espécie de de catálogo que o cliente utilizava para escolher a "especialidade" de quem estava dentro daquela sala. No quarto havia uma cama, presa à parede e construída em tijolo e sobre ela foi colocado um colchão que era a cama dos namorados. Nas paredes podem ser lidas inscrições deixadas por clientes e pelas mulheres que ali trabalhavam: frases, nomes das prostitutas ou de seus acompanhantes. O piso superior do bordel destinava-se aos clientes mais abastados e tinha uma entrada separada, acedida por uma escada. Esta abria para uma varanda com diferentes portas pelas quais se entrava nos quartos deste andar. Eram maiores e mais decorados do que os do térreo. As prostitutas do bordel eram escravas de terras exóticas com as quais o leno (o empresário) obtinha melhores rendimentos. Um serviço normal podia oscilar entre seis ou oito ases, ou seja, dois sestércios (uma taça de vinho custava um) e eram colocados à entrada da sala, com o nome da mulher; Eles usavam muita maquiagem e túnicas de seda de cores vivas. Registravam seu ofício em caderno, na presença de um magistrado, e se resignavam a viver entre as camadas mais baixas da sociedade, ao lado de gladiadores e atores. Os primeiros escavadores de Pompeia, guiados pelo decoro rigoroso de sua época, rapidamente classificaram qualquer edifício que contivesse pinturas eróticas como bordéis; usando este cálculo, Pompeia tinha 35 lupanares. Dada a população de dez mil na cidade durante o século I EC., haveria um bordel para cada 286 habitantes, ou 71 adultos do sexo masculino. Utilizando-se um critério mais preciso para a identificação dos bordéis, o número desceu para uma cifra mais realista, que apontou nove estabelecimentos de apenas um aposento, e o Lupanar. Durante este período casas de prostituição costumavam ser pequenas, com apenas alguns aposentos. O Lupanar foi o maior encontrado em Pompeia, com dez quartos. BONUS: SENSACIONAL DOCUMENTÁRIO PORTUGUES --- Pompeia: À Sombra do Vesúvio - (Dublado) Documentário Depois de se tornar uma colônia romana, Pompéia foi intimamente associada a Vênus, uma divindade do sexo e uma figura mitológica intimamente ligada à prostituição. Grafite - Inscrições no interior do Lupanar. Cerca de 134 grafites foram inscritos nas paredes Lupanar. A presença destas inscrições serviu como um dos critérios para a identificação do edifício como um bordel. Alguns dos exemplos de grafite que indicaram (VII, 12, 18-20) o local como casa de prostituição foram: hic ego puellas multas futui ("aqui eu fodi muitas garotas") Felix bene futuis ("feliz, fodeste bem") Outros exemplos de inscrições semelhantes foram encontrados em outros locais de Pompeia. Como geralmente pessoas ricas não frequentavam lupanares (pois tinham escravas que serviam como concubinas), os nomes encontrados em meio a estas inscrições não estão ligados a qualquer pessoa de importância. Os grafites contam histórias, no entanto, e diversos autores responderam às inscrições de outros, numa espécie de diálogo. Resumindo..... A prostituição na Roma antiga assumiu uma escala verdadeiramente colossal. Com rostos embranquecidos, bochechas pintadas com cinábrio e olhos cheios de fuligem, as prostitutas romanas conduziam seu antigo ofício. Eles estavam em todos os lugares - nas paredes do Coliseu, em teatros e templos. Visitar uma prostituta era considerado uma ocorrência muito comum entre os romanos. Sacerdotisas baratas do amor vendiam sexo rápido nos bairros da cidade velha. Prostitutas de alto escalão, apoiadas por atendentes de balneários, operavam nos banhos romanos. Segundo os cientistas, os afrescos retratam mulheres de virtude fácil!! A julgar pelas roupas ou pela falta delas!! O comércio de escravos que se tornaram prostitutas trouxe receitas iguais às da exportação e importação de trigo e vinho. Novas mulheres jovens e esbeltas eram constantemente solicitadas. A maior demanda era por meninas muito jovens, assim como meninos, o que correspondia às inclinações pedófilas dos antigos romanos. A extensa distribuição da prostituição é comprovada pela riqueza de sinônimos em latim para designar tipo diferente prostitutas, o que faz pensar que elas foram divididas em muitas castas, o que na realidade, porém, não era! "Alicariae", ou padeiros - prostitutas que se mantinham perto dos padeiros e vendiam bolos feitos de farinha granulada sem sal e fermento, designados para oferendas a Vênus, Ísis, Príapo e outros deuses e deusas sexuais. Esses bolos, chamados de "coliphia" e "siligines", tinham a forma usual de órgãos genitais masculinos e femininos. "Bustuariae" - chamavam aquelas prostitutas que vagavam pelos túmulos (busta) e fogueiras à noite e muitas vezes desempenhavam o papel de enlutadas durante os ritos fúnebres. "Copae" ou "Taverniae" - prostitutas que viviam e negociavam em tavernas e hotéis. "Forariae" - chamou as meninas que periodicamente vêm das aldeias para a cidade para se prostituir. "Famosae" são prostitutas patrícias que não se envergonham de se devassar em bordéis para satisfazer sua luxúria insaciável e depois doar o dinheiro que ganham para templos e altares de deuses reverenciados. "Nani" - eram chamadas de meninas que começaram a se prostituir aos seis anos de idade. "Junicae" ou "vitellae" são prostitutas bbw. "Noctuvigines" - prostitutas que perambulavam pelas ruas e se dedicavam ao seu comércio exclusivamente à noite. "Ambulatrices" - prostitutas que se vendiam nas ruas mais movimentadas. "Scorta desvia" - prostitutas que recebiam seus clientes em casa, mas para isso ficavam constantemente nas janelas de suas casas para atrair a atenção dos transeuntes. "Subrurranae" - a classe mais baixa de prostitutas - moradores do subúrbio romano de Suburra habitado exclusivamente por ladrões e prostitutas. "Schaeniculae" - prostitutas que se entregavam a soldados e escravos. Eles usavam cintos de cana ou palha como sinal de seu ofício vergonhoso. "Diobalares" ou "diobalae" é o nome de prostitutas velhas e desgastadas que exigiam apenas dois ases por amor. Plauto diz em seu Pennulus que os serviços desse tipo de prostitutas eram usados ​​exclusivamente por escravos inúteis e pelas pessoas mais baixas. Era igualmente ofensivo para todas as prostitutas serem chamadas de "scrantiae", "scraptae" ou "scratiae" - muito palavrões, significando aproximadamente um penico ou assento de vaso sanitário. CURIOSIDADE: Como o bordel não tinha abastecimento de água próprio, a água tinha que ser trazida de fontes comunitárias próximas. Uma fonte, ao sul do bordel, estava localizada perto da seção transversal entre Vicolo del Lupanare e Via dell'Abbondanza. Outra fonte pode ser encontrada no cruzamento da Via Stabiana com a Via della Fortuna. Uma terceira fonte estava localizada a oeste do Lupanar, na interseção de Vicolo della Maschera e Vicolo del Balcone Pensile. Esperava-se que as prostitutas buscassem água para levar ao bordel para limpeza, barbear e outras práticas de cuidado corporal. Embora sua função principal fosse satisfazer o apetite sexual do cliente, elas também eram responsáveis ​​por manter a limpeza e a ordem do bordel. [6] Após o uso, as prostitutas descartavam a água usada nas ruas ou becos. $$$$$$ O Lupanar de Pompéia não era apenas um local de prostituição, mas também um local de lazer para os homens locais. Embora indivíduos de classe alta recebessem tratamento elevado dentro dos bordéis, trabalhadores e escravos eram conhecidos por frequentar a instituição para relaxamento, socialização e gratificação sexual. O bordel era um modelo de negócio altamente lucrativo que envolvia um sistema de investimento especializado que passava por grupos de cafetões e aluguel de escravas. Os cafetões geralmente determinavam os preços, especialmente se a prostituta fosse uma escrava. Mesmo uma prostituta barata ganhava duas ou três vezes mais do que um trabalhador não qualificado, tornando os lupanars lucrativos para mestres, cafetões e proprietários. Grande parte dos lucros do bordel foram obtidos em atividades além dos atos sexuais. O Lupanar também funcionava como um bar, pois as prostitutas faziam e vendiam bebidas para visitantes e clientes. Também foi notado que as próprias prostitutas eram conhecidas por beber para resistir à violência que tantas vezes enfrentavam. Prostitutas também foram registradas por terem oferecido cuidados corporais e pessoais aos clientes. Vasos de bronze de abas largas restantes foram encontrados nas ruínas do bordel. Esses vasos eram mais comumente encontrados ao lado de itens de higiene pessoal ou produtos de higiene pessoal, o que levou os estudiosos a acreditar que esses vasos provavelmente eram usados ​​para banho e limpeza de clientes. Outra evidência de práticas de cuidado corporal foram os raschiatoio ou "raspadores" encontrados próximos às bacias hidrográficas. Isso também levou os estudiosos a acreditar que as prostitutas raspariam os pelos faciais e corporais dos clientes enquanto estivessem dentro do bordel. Tais descobertas permitiram que estudiosos e historiadores entendessem melhor o uso da água dentro do bordel e por que era lucrativo que as prostitutas fossem constantemente às fontes próximas para reabastecer e esvaziar os recipientes de água. A misoginia desenfreada da Roma Antiga era muito prejudicial para todas as mulheres de classe baixa, como exemplificado em seus apelidos de "lobas". Os homens romanos de classe alta identificariam intencionalmente qualquer mulher de classe baixa como prostituta, especialmente se ela trabalhasse fora de casa ou ao lado de homens que não fossem membros diretos da família. A prostituição e a religião O Triunfo de Flora (ca. 1743), uma interpretação Barroca italiana com base em Ovídio, por Giovanni Battista Tiepolo As prostitutas tinham um papel em vários antigas cerimonias religiosas, principalmente no mês de abril. No dia 1º de abril, as mulheres honravam Fortuna Virilis, no dia da Veneralia, um festival em honra a Vênus. A deusa Fortuna Virilis era cultuada exclusivamente pelas mulheres, pois estas achavam que a deusa fortuna virilis tinha o poder de esconder os defeitos das mulheres dos olhos dos homens que elas amavam. De acordo com Ovídio,prostitutas juntavam-se às mulheres casadas (matronae) no ritual de purificação e do culto a estátua da Fortuna Virilis. Normalmente, a linha que separava entre as respeitáveis mulheres e as infames era cuidadosamente desenhada: quando uma sacerdotisa andava pelas ruas, assistentes removiam prostitutas, juntamente com outras "impurezas" para fora do seu caminho. No dia 23 de abril, as prostitutas faziam oferendas ao Templo de Vênus Ericina que havia sido dedicado a ela nessa data em 181AEC., como o segundo templo em Roma, a dedicado a Vênus Ericina (Vênus de Érix), uma deusa associada com as prostitutas. A data coincidia com a Vinalia, um festival de vinho. No dia 27 de abril, a Florália,era realizada em honra da deusa Flora.Introduzido pela primeira vez cerca de 238 AEC., era caracterizado pela realização de dança erótica e striptease por mulheres caracterizadas como prostitutas. De acordo com o escritor Cristão Lactancios, "além da liberdade de expressão e inesgotavelmente obscenidade, as prostitutas, no da ralé, tiravam a sua roupa e agiam como mímicas, em plena vista do público, e assim elas continuavam até a completa sensação de saciedade dos espectadores, mantendo que mantinham a atenção em suas nádegas". Juvenal também se refere ao mulheres nuas dançando, e talvez a prostitutas. BONUS FINAL: Descubra o significado da expressão "Idade da loba" https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/descubra-o-significado-da-expressao-idade-da-loba,a028d8aec67ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html Me segue no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: «Seeing the Past: Sex, Sight, and Societas in the Lupanar, Pompeii». Consultado em 11 de maio de 2007. Arquivado do original em 20 de novembro de 2012 ↑ John R. Clarke (1998). Looking at lovemaking: constructions of sexuality in Roman art, 100 B. C.-A. D. 250. Berkeley: University of California Press. ISBN 0-520-20024-1 ↑ Koninklijke Brill NV, Leiden, 2002ff. BNP 2, 790-791 ↑ Ir para:a b CIL IV. 2175 ↑ Franklin, James L. (abril de 1986). «Games and a Lupanar: Prosopography of a Neighborhood in Ancient Pompeii». The Classical Journal. 81 (4): 319–328. 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  • Ruínas de Palácio Sumério Encontradas no Iraque

    O Palácio de um Rei da cidade suméria de Girsu – agora localizada em Tello, sul do Iraque – foi descoberto durante um trabalho de campo no ano passado, por arqueólogos britânicos e iraquianos. Ao lado da cidade antiga, foram descobertas mais de 200 tabuletas cuneiformes, contendo registros administrativos da cidade antiga. O Dr. Sebastien Rey, do Museu Britanico de Londres, liderou o projeto que descobriu o palácio de 4.500 anos no atual Iraque – considerado a chave para mais informações sobre uma das primeiras civilizações conhecidas. Rey disse que quando ele mencionou o projeto pela primeira vez em conferências internacionais, ninguém acreditou nele. “Todo mundo basicamente me disse: 'Ah, não, você está inventando, está perdendo seu tempo, está desperdiçando fundos do governo do Museu Britânico do Reino Unido' – era isso que eles estavam me dizendo”, disse ele. Girsu, uma das primeiras cidades conhecidas na história da humanidade, foi construída pelos antigos Sumérios, que entre 3.200 e 2.800 a.e.c. A descoberta é resultado do Projeto Girsu, uma colaboração arqueológica, estabelecida em 2015, liderada pelo Museu Britânico e financiada pelo Museu Getty, com sede em Los Angeles. Juntamente com a descoberta do palácio e das tábuletass, também foi identificado o templo principal dedicado ao deus sumério, Ninĝirsu. Antes desse trabalho de campo pioneiro, sua existência era conhecida apenas por inscrições antigas descobertas ao longo da primeira escavação bem-sucedida da cidade antiga. O projeto segue o esquema iraquiano financiado pela primeira vez pelo governo britânico em resposta à destruição de importantes patrimônios patrimoniais no Iraque e na Síria pelo Estado Islâmico. Desde a sua criação, mais de 70 iraquianos foram treinados para realizar oito temporadas de trabalho de campo em Girsu. As primeiras paredes de tijolos de barro do palácio, descobertas no ano passado, estão desde então no Museu do Iraque em Bagdá. Embora nosso conhecimento do mundo sumério permaneça limitado hoje, o trabalho em Girsu e a descoberta do palácio e templo perdidos têm um enorme potencial para nossa compreensão dessa importante civilização, lançando luz sobre o passado. A colaboração entre o Museu Britânico, conselho estadual de antiguidades e patrimônio do Iraque, e o Getty Museum, representa uma nova maneira vital de construir projetos cooperativos de patrimônio cultural internacionalmente. "Estamos muito satisfeitos que a visita de hoje possa celebrar as recentes descobertas resultantes dessa colaboração e continuar o compromisso de longo prazo do Museu Britânico com a proteção da herança cultural do Iraque, o apoio à pesquisa inovadora e o treinamento do próximo geração de arqueólogos iraquianos em Girsu.", disse Hartwig Fischer, diretor geral do Museu Britânico de Londres. Ele acrescentou: “Através de suas coleções, exposições, pesquisas e publicações, o Getty busca promover a compreensão e preservação do patrimônio artístico e cultural do mundo. O mundo antigo tem sido um foco particular dos programas do museu no Getty Villa e, portanto, estamos muito satisfeitos por ter feito parceria com o Museu Britânico no Projeto Girsu no Iraque. Este programa inovador fornece suporte crítico para o sítio arqueológico de importância única de Girsu, por meio do treinamento de especialistas iraquianos encarregados de seu desenvolvimento para arqueologia e turismo sustentáveis.” O ministro da cultura do Iraque, Ahmed Fakak Al-Badrani, disse: “As escavações arqueológicas britânicas no Iraque revelarão ainda mais eras antigas significativas da Mesopotâmia, pois é um verdadeiro testemunho dos fortes laços entre os dois países para aumentar a cooperação conjunta entre os dois países." Nós, da Equipe ArqueoHistória, estamos ansiosos por novas notícias e descobertas relacionadas! Aguardemos! Referências: https://www.theguardian.com/science/2023/feb/17/discovery-of-4500-year-old-palace-in-iraq-may-hold-key-to-ancient-civilisation https://www.archaeology.wiki/blog/2023/02/20/lost-royal-sumerian-palace-and-temple-discovered-in-ancient-city-of-girsu/ Para Assistir o Vídeo, clique abaixo! Agora também tenho um canal no Youtube, e o primeiro vídeo está quentinho! Já ouviu falar da famosa "Bolsa Anunnaki"? Dá uma conferida lá, garanto que não encontrarás essas informações em outros canais. Ah, e não se esqueça de deixar o like e se inscrever no canal, o canal tem apenas 2 dias e estamos chegando a 100 inscritos! Nos ajude a crescer e de quebra, aprenda de forma embasada e evidenciada.

  • CALIGULA: O IMPERADOR PLAYBOY

    Caio Júlio César Augusto Germânico - Calígula, 31 de agosto de 12 ec. — 24 de janeiro de 41 ec.), também conhecido como Caio César ou ou simplesmente, Calígula. A sua alcunha Calígula, significa "botinhas" em português, e foi nomeada assim pelos soldados das legiões comandadas pelo pai, que achavam graça em vê-lo mascarado de legionário, com pequenas cáligas (sandálias militares) nos pés. Foi o terceiro imperador romano e membro da dinastia júlio-claudiana, instituída por Augusto. Calígula, ficou conhecido pela sua natureza extravagante, cruel e pervertida. Filho de Agripina, a Maior, uma das mulheres mais poderosas do Império Romano, assim como seu pai, um importante general chamado de GERMANICO, Calígula também foi intimamente ligado a família Herodiana, visto que o seu amigo intimo era nada mais, nada menos do que Herodes Agripa I, Neto de Herodes o Grande e pai de Herodes Agripa II que manteve intima relações com a dinastia posterior a Júlio - Claudiana; a Dinastia dos Flavianos. INCITATUS - O CAVALO "SENADOR" DE CALIGULA. Assim como Alexandre o Grande, que tinha paixão pelo seu cavalo BUCEFALO, Caligula tinha o seu cavalo Incitātus . Segundo a lenda, Calígula planejava fazer do cavalo um cônsul , embora fontes antigas sejam claras de que isso não ocorreu. Supostamente, Incitatus tinha 18 servos para si, vivia em um estábulo de mármore, andava com um arreio decorado com pedras/jóias raras e especiais e vestido de púrpura (a cor da realeza) e comeu de uma manjedoura de marfim. Segundo determinados historiadores, nos seus últimos anos de vida, Calígula esteve envolvido numa série de escândalos, entre os quais se destacam manter relações incestuosas com as suas irmãs (Dentre elas, Agripa, a menor que era a mãe do imperador Nero); e até mesmo obrigá-las a prostituir-se. A 24 de janeiro de 41, foi assassinado pelos executores de uma conspiração integrada por pretorianos e senadores; e liderados pelo seu prefeito do pretório, Cássio Quereia. O desejo de alguns conspiradores de restaurar a república viu-se frustrado quando, no mesmo dia do assassinato de Calígula, o seu tio Cláudio foi declarado imperador pelos pretorianos. Uma das primeiras ações de Cláudio como imperador foi ordenar a execução dos assassinos do seu sobrinho. Áudio Book da BBC sobre a Calígula: assassino e depravado ou vítima da História? Essa e outras 3 perguntas sobre imperador romano - OUÇA !! FILME - CALIGULA Caligula - é um filme ítalo-estadunidense de 1979, do gênero drama histórico-biográfico, dirigido por Tinto Brass, com roteiro de Gore Vidal. Contendo cenas adicionais filmadas por Giancarlo Lui e por Bob Guccione, fundador da revista Penthouse, o filme conta a história da ascensão e queda do imperador romano Gaius Caesar Germanicus, mais conhecido como Calígula. Estrelado por Malcolm McDowell no papel-título, Calígula foi a primeira grande produção a mostrar atores famosos (John Gielgud, Peter O'Toole, Helen Mirren) envolvidos em cenas de sexo explícito. CENAS DO FILME RETRATANDO A PROMISCUIDADE QUE REINAVA COM MUITA INTENSIDADE NA ERA DE CALIGULA. OS SUNTUOSOS BARCOS DE CALIGULA Conhecidos como os barcos do lago Nemi, eram barcos grandes e luxuosos construídos a mando do imperador romano Calígula, no século I, no lago Nemi (Lago vulcânico na região italiana do Lácio, 30 km ao sul de Roma) - veja imagem abaixo. Acima do lago, havia um bosque consagrado à deusa Diana. Do santuário de Diana, uma torrente desce até o Nemi, assombrada pela ninfa das águas Egéria em associação com um Rei dos Bosques (Rex Nemorensis) citado nas lendas arturianas como o "Rei Pescador" da Busca do Graal, com Diana como Dama do Lago. Os imperadores Calígula e Tibério velejavam no lago Nemi não apenas para fugir do calor no verão, mas para assegurar-se de que eram Nemorenses (Nemorensi), governantes alinhados com as estrelas, entrelaçados na perpétua força vital da Terra. Os navios Nemi eram dois navios, de tamanhos diferentes, construídos sob o reinado do imperador romano Calígula no século I ec. no Lago Nemi. Embora o propósito dos navios seja especulado, o navio maior era um elaborado palácio flutuante, que continha quantidades de mármore, pisos de mosaico, aquecimento e encanamento e comodidades como banheiros. Ambos os navios apresentavam tecnologia que se pensava ter sido desenvolvida historicamente mais tarde. Foi afirmado que o imperador foi influenciado pelo estilo de vida luxuoso dos governantes helenísticos de Siracusa e do Egito ptolomaico. Recuperados do leito do lago em 1929, os navios foram destruídos por um incêndio em 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Entenda no vídeo abaixo o que aconteceu com os navios ...... FOTOS INTERASSANTISSIMAS DOS NAVIOS E SUAS PARTES RECUPERADAS. BONUS: As moedas de Calígula frequentemente homenageiam os membros da sua dinastia familiar! Veja acima uma peça representando o imperador e sua mãe, Agripina, A MAIOR: FACES OS IMPERADORES ROMANOS REVELADOS POR IA - inteligência artificial NO PROXIMO ARTIGO!!! LUPANAR, os bordéis da Roma Antiga ! INTRODUÇÃO ao próximo artigo. 37 EC, apenas 42 anos antes da erupção do Vesúvio, Calígula se torna imperador. Ele estabelece um padrão de depravação que poucos alcançariam nos próximos dois mil anos depois de seu império. Ele é fascinado pela corrupção e pela transgressão sexual, estabelecendo um imposto sobre a prostituição e uma equipe de burocratas para fazer cumprir a lei. Calígula transforma o sexo pago em um negócio sancionado pelo estado para mostrar como se faz. Ele abre um bordel dentro do palácio imperial. O bordel é formado pelas esposas, filhas e filhos de cidadãos proeminentes e homens de alta classe. Alguns por vontade própria, e outros não. Calígula é sucedido por Nero e apesar de não ser páreo para seu predecessor na depravação, Nero não é um Santo. Ele espanca cidadãos por diversão humana, executa a mãe e chuta uma de suas esposas até a morte, e quando não está em bordéis ele organiza orgias elaboradas. O mau comportamento de Calígula e Nero, influenciam a sociedade em todo o império romano, de Roma até as cidades menores, tais como Pompéia. Vício e corrupção são a ordem do dia, mas em 69 EC, apenas dez anos antes do Vesúvio engolir Pompeia, um novo imperador sucede Nero, e as coisas começam a mudar. As termas no interior de Pompéia dão uma importante pista dessa mudança cultural. A datação por carbono revela que as ilustrações, incrivelmente explícitas no vestiário masculino, foram cobertas três anos antes de Pompéia ser destruída. O detalhe nos mostra algo muito mais importante. As ilustrações promiscuas nos bordéis receberam tinta por cima e isso significa que em algum estágio eles acharam que não era aceitável ter essas imagens. E isso nos mostra que faz sentido, pois depois da queda de Nero, quando o novo Imperador Vespasiano assume o império, esse traz uma moralidade. Essa mudança conservadora que acontece em Roma começava a afetar Pompéia quando Vesúvio congelou a cidade. É um momento crucial, logo depois ao período mais decadente da história romana, se inicia. A atmosfera de Pompéia de serviços e mercados sexuais era normal para aquela época. Se a cidade sobrevivesse mais 20 anos, encontraríamos - exemplos eróticos antigos, mas o mercado da prostituição ainda estariam intacto. Ele estava profundamente arraigado; não só em Pompeia, mas em toda a sociedade Romana. E a história mostra que continuaria assim por séculos. Pompéia nos da imagem inigualável de um período crucial em que o sexo pago tinha vários papéis no mundo pragmático romano. Era um negócio pouco honroso, mas bastante lucrativo. Para os ricos é uma grande fonte de arrecadação de impostos e para o estado, uma maneira dos homens terem sexo extra sem terem casos ilegais. É uma maneira bastante pública de reforçar o sistema de classes permitindo a prostituição como uma humilhação pública dos homens e mulheres forçados a pratica-la. O comércio de sexo em Pompéia, reflete todas as contradições da sociedade romana. Seu racionalismo, sua brutalidade, sua paixão, que revela o enorme impacto que líderes bons e ruins podem ter nos mais poderosos e diversos impérios. ALGUMAS IMAGENS DO PROXIMO ARTIGO. NAO PERCA O PROXIMO ARTIGO --- I M P E R D I V E L !!! Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Deixa seus comentários lá no Aletheia Ágora !! Obrigado pela leitura e até o próximo POST Me segue >>>https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cal%C3%ADgula https://pt.wikipedia.org/wiki/Agripina https://en.wikipedia.org/wiki/Caligae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cal%C3%ADgula_(filme) https://en.wikipedia.org/wiki/Nemi_ships#External_links https://pixelhunt.wordpress.com/2017/04/20/caligula-caligula1979/ A. Barrett, Anthony (1989). Caligula : the corruption of power. Batsford: [s.n.] ISBN 0-7134-5487-3 Grant, Michael (1975). The Twelve Caesars. Nova York: Charles Scribner's Sons Hurley, Donna W. (1993). An Historical and Historiographical Commentary on Suetonius : Life of C. Caligula. Atlanta, Geórgia: Georgia : Scholars Press «De Imperatoribus Romanis» (em inglês) «Artigo de Straight Dope» (em inglês) «Calígula» (em inglês) «Cronologia do seu reinado» (em inglês) «Relato das suas actividades» (em inglês) «Árvore Genealógica» (em inglês) «Calígula» «BBC History»

  • Os MAIAS e suas DROGAS RITUAIS

    OS MAIAS E OS POVOS INDÍGENAS DO MÉXICO E DA AMÉRICA CENTRAL TINHAM ACESSO A SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS CHAMADAS ENTEÓGENOS, UMA FORMA DE PSICODÉLICOS QUE ERAM USADOS ​​PARA PROVOCAR UM ESTADO ALTERADO DE CONSCIÊNCIA DURANTE RITUAIS E CERIMÔNIAS ESPIRITUAIS. Os objetivos dessas substâncias era atingir um estado de desorientação temporal e espacial, trazendo ao usuário uma sensação de paz interior e de união com a natureza e, principalmente, com os deuses. O consumo de enteógenos nas Américas pode ser rastreado até a era olmeca, no entanto, nossa compreensão do uso de enteógenos maias é melhor informada graças a textos religiosos maias, como o Popol Vuh e relatos espanhóis do século XVI. O Uso de Enteógenos entre os Maias: Durante as cerimônias maias costumava ser feito no subsolo ou em cavernas. Estes eram considerados pontos de acesso sagrados ao conceito de submundo que valorizavam durante boa parte de sua organização cultural e social. Pontos pensados ​​para intensificar a visão interior, proporcionando um ambiente favorável para o contato com o mundo espiritual. Um dos enteógenos maias mais comuns é uma bebida narcótica chamada balché. Balché: A Bebida Inebriante dos Maias: Um elixir infundido com a casca da leguminosa embebida em mel, água e depois fermentada para dar à bebida um teor alcoólico suave. "A natureza é o melhor professor, e você precisa se tornar um estudante atento." Carlos Castaneda O balché era usado principalmente em cerimônias de comunhão com os elementos e espíritos para prever ou entender eventos naturais, porém que escapavam do conhecimento comum ou tecnológico da época, ou seja, na antiguidade, se não era explicado então uma deidade fazia o papel do motivo pela coisas, tal como colheitas ruins, doenças e o resultado de guerras. Devido ao baixo teor alcoólico, o balché era consumido em grandes quantidades para induzir o vômito, que por sua vez era recolhido em saquinhos e pendurado no pescoço do usuário. Chih: A Bebida Associada à Deusa Mayaheul: Chih era outra bebida alcoólica feita pela fermentação da seiva da planta maguey. Seiva essa que tinha a conotação cosmogônica associada ao sangue de Mayaheul, a deusa do maguey. Diferentes obras de cerâmica do Período Clássico Maia produziram vasos marcados com o glifo 'chi'. Referências ao uso da bebida também aparecem nos códices de Dresden, Borgia, Florentine e Borbonicus. O papel do Tabaco e do Fumo Silvestre: O fumo silvestre (Nicotiana rústica), que os maias chamavam de piziet, também era usado para dar visões e minimizar a dor causada pelo auto-sacrifício. Ou seja, a ideologia do sacrifício humano, cujo significado era baseado na noção de dívida é exposta e explicada pelo autor Michel Graulich, diretor de estudos religiosos na Escola de Altos Estudos de Paris. Ele expõe que na sociedade maia todos aqueles que tinham algum tipo de débito pagavam com o auto-sacrifício, ou com o próprio sangue. "A experiência do fumo do tabaco me lembrou a primeira experiência com o ácido lisérgico". Aldous Huxley De forma simplificada: O Jogo da Pelota era composto por dois times onde apenas com o uso do quadril poderia rebater uma bola maciça feita de borracha e tentar passá-la por um aro lateral de pedra no alto de uma parede. O time que perdia era sacrificado. Pagava sua dívida com a morte em oferenda para os deuses. O tabaco contém o alcaloide nicotina que afeta o sistema nervoso e pode ser mastigado, inalado ou misturado com as folhas de Datura para aumentar o efeito alucinógeno, e anestesiar, ótimos efeitos para alguém demandado a participar do Jogo mortal da Pelota, onde os perdedores pagavam a derrota com a própria vida. Injeção de Drogas e o Tabu: Líquidos e gases costumavam ser usados ​​para enemas, procedimento em que a substância era injetada no reto do usuário por meio de um tipo de seringas avantajadas feitas de cabaça e argila, o local de introdução foi escolhido para potencializar e intensificar o efeito da droga. O que em tempo atuais, chega a ser um tabu inserir quaisquer coisas pelos mais variados objetivos na saída anal como eles praticavam o uso da droga. Crédito pela Imagem: Alamy Representação em argila do momento da injeção dos alucinógenos por um tipo de seringa rustica dentro do reto. A evidência arqueológica nos fornece produtos cerâmicos que retratam imagens nas quais enemas psicodélicos foram utilizados em rituais; algumas figuras estão vomitando enquanto outras recebem enemas. As pinturas em vasos de cerâmica do Período Clássico Maia mostram potes transbordando de espuma de bebidas fermentadas, retratando indivíduos enquanto recebem enemas. Várias descrições do período colonial (como o Codex florentino) também descrevem como os enemas eram usados ​​para combater doenças e desconforto do trato digestivo. Cogumelos Alucinógenos e Outras Plantas: Cogumelos alucinógenos conhecidos pelos maias como k'aizalaj okox eram frequentemente consumidos em cerimônias rituais. Os cogumelos foram comidos na forma de cogumelos frescos, não cozidos, ou como cogumelos secos em pó que contêm compostos enteogênicos separados, psilocibina e psilocina, o que faz com que o usuário experimente alucinações visuais. Artefatos chamados de “pedras de cogumelo” também apontam para o consumo de cogumelos por um culto maia e acredita-se que estejam associados à decapitação humana, à guerra e ao jogo de bola mesoamericano. Outra flora, como a Nymphaea ampla, causa efeitos semelhantes aos opiáceos no usuário e é conhecida por ter sido usada como calmante e indutor de transe leve pelos maias, enquanto a planta Ololiuqui contém sementes com diferentes alcalóides da família LSD que dá visões alucinógenas quando moídas em pó e depois misturado em uma bebida de cacau. O Uso de Sapos e Outras Substâncias: Um dos enteógenos mais incomuns empregados pelos maias era derivado da pele e das glândulas parótidas de diferentes espécies de sapos, tal como as tribos amazonenses usaram por séculos também, mas por vezes com o intuito de caça e pouco para recreação ou cunho religioso. Os cronistas que perambularam pelas Américas durante o descobrimento e voltaram à Europa no século 16, documentam que os maias uniam o tabaco e as peles do sapo comum, Bufo marinus, à bebidas como o balché, e isso resultado em potência ampliada do alucinógeno. Vários deuses e deusas podem ter nascido dessas mentes embriagadas e alucinadas. Em suma, os Maias tinham um profundo conhecimento sobre o uso de enteógenos e sua relação com o mundo espiritual. Tudo usado durante seus rituais e cerimônias para alcançar estados alterados de consciência e estabelecer uma conexão com os deuses. Graham Hancock, por mais controverso que seja e não utilizando o método científico para comprovar suas hipóteses, ainda é um ótimo escritor e proferiu o seguinte pensamento: "A experiência psicodélica pode ser um caminho para a experiência mística". Sugerindo assim a velha encruzilhada: o ovo ou a galinha, quem veio primeiro? Ou seja, o alucinógeno é a causa dos deuses, ou os deuses para se comunicar inspiram os humanos a entrarem em estados mentais que apenas daquela forma poderão se comunicar, tamanha a diferenças entre as criaturas e seus criadores? Famigerada frase do pensador Friederick Nietzsche Bom, se o ovo veio primeiro, haja vista que na época dos dinossauros as aves nem existiam, mas os ovos fossilizados estão aí para antecipar milhões de anos de antecedência dos ovos, e até dos primeiros parentes das atuais galinhas, então logo, o alucinógeno não sendo algo exclusivo da cultura maia para fazer contato com os deuses, temos um resultado um tanto esperado: o estudo dos hábitos e drogas rituais dos Maias nos permite entender melhor sua cultura e espiritualidade, revelando uma faceta importante da sua sociedade ancestral, criando parâmetros para compreendermos a ordem primária das coisas em mais um povo antigo e extinto em suas crenças – o homem continuava a fazer deuses à sua imagem e semelhança, e não vice-versa. Por Maik Bárbara @HipoteseZero Fontes: Peter A.G.M. de Smet, Nicholas M. Hellmuth, A multidisciplinary approach to ritual enema scenes on ancient Maya pottery, Journal of Ethnopharmacology, Volume 16, tópicos 2 - 3, June 1986, páginas 213-262. Huxley, Aldous, As portas da percepção, livro de 1954.

  • Mitos que Inventamos Sobre a Idade da Pedra

    As visões comumente aceitas sobre a história antiga frequentemente são influenciadas pelo que sobrevive no registro arqueológico - e pelos preconceitos culturais, conclusão um tanto obvia, mas só depois que somos avisados sobre eles. Um exemplo ilustrativo que induz ao erro interpretativo. QUANDO A MAIORIA DO PÚBLICO em geral reflete sobre a Idade da Pedra, provavelmente imaginam um hominídeo adulto do sexo masculino manejando uma ferramenta de pedra, vivendo em cavernas e resmungando para se comunicar. Essa imagem é equivocada e incompleta, talvez fruto de uma Hollywood desinformada ou pouca interessada em estudos e retratação verossímil, haja vista que a maioria do público que se interessa superficialmente pelo tema História, não necessariamente estuda os tópicos de interesse, mas absorve do que o cerca vídeos rasos, pílulas de informação de segundos, e filmes. Deixando fragmentos errôneos de que a Idade da Pedra assume que apenas homens adultos fabricavam e usavam ferramentas de pedra, e que pedras eram os únicos materiais nos kits de ferramentas cotidianas dessas pessoas antigas. Ambas as suposições são, no mínimo, questionáveis; na pior das hipóteses, elas estão puramente erradas. Primeiro, vamos abordar o estereótipo sobre materiais brutos. Descobertas recentes no Quênia sugerem que as primeiras ferramentas de pedra podem ter até 3,3 milhões de anos. Outros achados, dessa vez na região que hoje temos a China, sugerem que ferramentas de osso - usadas, por exemplo, para afiar machados de pedra - podem ter até 115.000 anos, aproximadamente o período onde supõe-se ter iniciado a revolução cognitiva humana, segundo Yuval Noah Harari em seu livro Sapiens, Uma Breve História da Humanidade, de 2020. Uma dedução lógica desses achados que evoluíram para estudos profundos e frutíferos com novas hipóteses comprováveis poderia ser que: nossos ancestrais humanos fabricaram ferramentas de pedra por quase 3 milhões de anos antes de fazerem e usarem ferramentas feitas de materiais perecíveis, como osso. Por outro lado, pode ser verdade que nossos ancestrais primatas fabricaram exclusivamente ferramentas de pedra por mais de 3 milhões de anos, 30 vezes mais tempo do que o tempo em que produziram ferramentas com materiais deterioráveis, tal como ossos, madeira e fibras? É possível, porém ilógico pensar que tenha sido esse o caso. Uma explicação melhor reside no fato de que materiais perecíveis não se preservam bem ao longo do tempo, enquanto as ferramentas de pedra permanecem bem preservadas por éons. Essa diferença nas taxas de preservação há muito tempo afeta nossos entendimentos científicos do passado pré-histórico - e não para melhor perspectiva ou resultados. Stephen E. Nash, historiador que entre estuda a evolução humana e desenvolve estudos na área da paleoantropologia, também é arqueólogo pelo Museu Natural e Ciência de Denver, EUA, e atualmente se envolve em uma ampla gama de assuntos, incluindo dendrocronologia (datação por anéis de árvores), a história de museus, arqueologia do centro-oeste do Novo México e esculturas em gemas de Vasily Konovalenko, artista soviético. Nash publicou inúmeros livros, incluindo "Histórias em Pedra: As Esculturas Encantadas em Gema de Vasily Konovalenko" e "A Chegada de um Antropólogo: Uma Memória". Pare da proposta de estudo abaixo é levantada por ele. NA DÉCADA DE 1830, o arqueólogo e curador dinamarquês Christian Jürgensen Thomsen definiu o "sistema das três idades". Nesse quadro interpretativo, Thomsen dividiu a história humana, conforme ele a entendia, de acordo com os tipos de ferramentas encontradas em sítios arqueológicos no norte da Europa. Thomsen não possuía técnicas absolutas de datação disponíveis na época para guiar sua análise, tal como datação por radiocarbono ou dendrocronologia; em invés disso, ele usava a lei da superposição – uma maneira elegante de dizer que o material mais antigo encontrado em um sítio arqueológico está, exceto por qualquer perturbação, enterrado mais profundamente. Datação por estratificação. Pense na lixeira do seu escritório: no final da semana, os detritos de segunda-feira estarão no fundo, os de quarta-feira no meio e os de sexta-feira no topo. Apenas esse método para a datação dos achados. Idade da Pedra: termino em 3300 aEC • Idade do Bronze de 3300 a 1200 aEC • Idade do Ferro de 1200 aEC a 550 aEC - Lembrando que as datas são números impositivos, ou seja, são datas que representam um período e não um exato momento na história humana. Thomsen nomeou o período mais antigo em seu sistema de Idade da Pedra, o próximo de Idade do Bronze, e o período final a Idade do Ferro, com base nas ferramentas mais comuns encontradas em cada período. Quase 30 anos depois, o polímata inglês Sir John Lubbock refinou as categorias de Thomsen para incluir os termos Paleolítico, ou Idade da Pedra Antiga, e Neolítico, Idade da Pedra Nova. Por mais de 150 anos, o sistema das três idades de Thomsen e os refinamentos de Lubbock provaram ser úteis para organizar exposições de museus, pesquisas arqueológicas e interpretações acadêmicas, o que levou à consolidação dos termos e posterior refinamento dos períodos. Ao aplicar o nome Idade da Pedra a um período de tempo arqueológico, no entanto, a suposição não tão implícita é que as pessoas vivas durante esse tempo só faziam ferramentas de pedra. Eis aí o problema com a confusão dentro de visões rasas sobre o assunto. Isso restringe desnecessariamente nosso pensamento. Então, qual o melhor termo poderia ser usado para esse período inicial? A Primeira Idade das Ferramentas. Parece estranho, é estranho, mas por mais estranho que seja por três vezes seguidas: é necessário o revisionismo. Se um animal possui habilidades cognitivas e habilidades mecânicas necessárias para fabricar ferramentas de pedra, esse animal tem as habilidades necessárias para criar ferramentas rudimentares feitas de outros materiais brutos, incluindo fibras vegetais, peles e couro, ossos e madeira. As habilidades importantes são identificar uma tarefa que requer ajuda e moldar algum material para atender a essa necessidade. Muitos animais, incluindo macacos e corvos, fabricam e usam ferramentas de pedra e materiais perecíveis. A ideia de que nossos ancestrais hominídeos não fizeram o mesmo é inconcebível, e no meio acadêmico é largamente compreendido que esse é o fato, e não há tantos resquícios, pois diferentes de pedras, os materiais usados eram destrutíveis perante ao passar do tempo e intemperes, porém, mesmo assim há ainda vários exemplares encontrados que justificam essas afirmações. Não deve surpreender ninguém que o período mais antigo no sistema das três idades de Thomsen se concentre em ferramentas de pedra: elas se preservam por mais tempo. O que deve nos surpreender é a estranha suposição de que as pessoas que fabricaram essas ferramentas de pedra bem preservadas ignoraram as propriedades úteis de outros materiais. É uma falácia lógica. A ausência de evidências não é evidência de ausência - especialmente na arqueologia! Já dizia Carl Sagan. Carl Sagan, nascido em 09/03/1934 e falecido em 20/12/1996, foi um excepcional cientista planetário, astrônomo, astrobiólogo, astrofísico, escritor, divulgador científico e ativista norte-americano que inspirou gerações e ainda inspira. Em mais uma de suas frases célebres e uma das mais famosos, expõe mais uma vez sua aptidão inata para a filosofia universal. "Nós somos todos feitos de poeira estelar". E AGORA, há o segundo estereótipo: por que muitas pessoas assumem que apenas homens trabalhavam com ferramentas de pedra? Isso ocorre simplesmente porque a sociedade ocidental valoriza a ideia dominante, porém reducionista, de que os homens são caçadores, as mulheres são coletoras e estas últimas devem cuidar do lar. Some a isso o fato de que, até recentemente, a grande maioria dos arqueólogos eram homens, e acabamos em uma situação em que o trabalho das mulheres e, ainda mais, o trabalho e o brincar das crianças não receberam a devida atenção acadêmica. Mulheres e crianças frequentemente são tornadas invisíveis nas reconstruções das sociedades humanas passadas. As mulheres tendem a receber crédito por fazer cerâmica e cestaria, que aparecem no registro arqueológico cerca de 10.000 anos atrás. Por que as mulheres são reconhecidas por isso, mas não por ferramentas de pedra? A hipótese levantada é porque grande parte do trabalho intensivo de fabricação de cerâmica e cestaria é tipicamente sedentário, vinculando conceitualmente as mulheres aos afazeres domésticos. Estátua exposta hoje no Museu de Västernorrlands na Suécia que se baseou na estrutura de um esqueleto encontrado em 1923 de uma mulher da época aproximada de 6.000 aEC. A representação 3D se baseaia não apenas na estrutura física, mas também na região e tipos de alimentos potenciais da época. Contudo, estudos de estruturas ósseas de esqueletos de mulheres desse período indicam que as mulheres tinham formações musculares diferentes dos homens e ressaltam costas largas e musculosas, descompensação em um dos braços, sendo mais forte que o outro, e homens esguios e ágeis. O que corrobora com algumas hipóteses machistas, porém corretas e outras nem tanto. Pois homens esguios são melhores caçadores e coletores, porém não ficavam o tempo todo em caçadas, sendo assim tendo tempo de sobra para possíveis trabalhos de curtumes (curtimento do couro dos animais caçados) e afazeres “sedentários” como citados em teses anteriores. Já as mulheres, mais robustas e fortes, arrastavam as carcaças das presas dos homens caçadores, separavam carne do couro e ossos, reservavam chifres e demais utilizáveis dos corpos dos animais abatidos, o que demandava tempo e força, tudo menos sedentarismo. Novas teses propõem que os homens tinham mais tempo livre que as mulheres e possivelmente era nesses momentos que se dedicavam a tarefas que demandavam menos esforço que cuidar dos processos pós-caçadas. Há um campo da ciência que estudo esse tipo de comportamento homem x mulher, hoje nomeado como arqueologia de sexo (masculino e feminino, assim como as possíveis variações impostas por cada antro social de cada época). Nesse seguimento de estudos a arqueóloga Margaret "Meg" Conkey expos que: "Sabemos que mulheres e crianças existiam na pré-história, mas de forma muito diferente do que compreendemos hoje". A participação de ambos os sexos na fabricação de utensílios de pedra passa a ser uma verdade óbvia, e ainda hoje muitas pessoas, incluindo arqueólogos, ainda assumem que ferramentas de pedra são estritamente do domínio masculino, mas assumem isso por mera desinformação. Mulheres e crianças frequentemente são tornadas invisíveis nas reconstruções das sociedades humanas passadas. Um erro frequente e lamentável. Como Conkey e a arqueóloga Joan Gero demonstraram de forma brilhante, quase três décadas atrás em seu volume editado "Engendering Archaeology: Women and Prehistory", ou “Engendrando Arqueologia: Mulheres e Pré-história” em tradução literal, todos faziam ferramentas de pedra. De fato, mulheres e crianças hoje fabricam e usam ferramentas de pedra em todo o mundo, e não há motivo para acreditar que isso seja um fenômeno recente. Muitas ferramentas de pedra são chamadas de "raspadores", pois arqueólogos levantam a hipótese que elas eram usadas para raspar peles, tirando o excesso de carne e restos da parte em contato com a área interna do couro do animal caçado - o que pode ser visto como um trabalho feminino, embora tenha sido realizado por homens ou mulheres conforme a necessidade surgisse. 1a Edição em Março/1991 Ao se referir a uma era passada como a "Idade da Pedra" e deixar de desafiar continuamente o estereótipo do "homem caçador", o mundo moderno faz um desserviço à arqueologia e à sociedade. Inúmeras sociedades humanas ao redor do mundo não apresentam papéis binários de sexo - em algumas sociedades nativas americanas, até cinco sexos diferentes são reconhecidos, e com fronteiras às vezes fluidas entre eles, ou seja, cotidianamente não há preconceito ou distinção entre os indivíduos, apenas respeitos de todos os lados e comportamento coerente de todos. Sim, o passado pode ser antigo, mas não primitivo. Estudar história é conhecer o passado para também não cometermos os mesmos erros no presente e, principalmente, no futuro. Por Maik Bárbara @HipoteseZero Bibliografia Nash, Stephen E. Stories in Stone: The Enchanted Gem-Carving Sculptures of Vasily Konovalenko. Denver: Denver Museum of Nature & Science, 2020. Nash, Stephen E. An Anthropologist's Arrival: A Memoir. Denver: Denver Museum of Nature & Science, 2019. Conkey, Margaret W., and Gero, Joan M. "Engendering Archaeology: Women and Prehistory." In Engendering Archaeology: Women and Prehistory, edited by Margaret W. Conkey and Joan M. Gero, 1-16. Oxford: Blackwell Publishers, 1997. Harari, Yuval Noah. Sapiens: Uma Breve História da Humanidade. Companhia das Letras, 2020.

  • O SAGRADO 40 - do judaísmo aos esportes

    Em detrimento ao meu quadragésimo artigo no site Arqueohistória, neste post gostaria de repassar algumas ocorrências do número 40 em religiões, literatura, tradições, história e superstições. Meu foco será nas tradições do Oriente Médio e do mundo ocidental (europeu). Também tentarei fazer algumas especulações sobre as origens do número 40, ou as origens por trás de seu valor simbólico. Para iniciarmos, alguma curiosidades: 1. Quarenta é o único número em inglês cujas letras aparecem em ordem alfabética. 2. Menos 40 graus, ou “40 abaixo”, é a única temperatura que é a mesma em Fahrenheit e Celsius. 3. Quando a peste bubônica atingiu a Europa durante a Idade Média, os navios ficavam isolados no porto por 40 dias antes que os passageiros pudessem desembarcar. A palavra italiana para 40 é quaranta — daí quarentena . 4. Existem 40 espaços em um tabuleiro de Banco Imobiliário padrão. Provando que a vida é uma aposta, o jogo dá aos jogadores chances iguais (uma em 40) de irem direto para a cadeia ou ganharem na loteria do Estacionamento Gratuito. 5. Quarenta é o número máximo de jogadores que um time da Liga Principal de Beisebol pode contratar ao mesmo tempo. 6. Esqueça os “nove meses”; uma gravidez típica dura, na verdade, 40 semanas. 7. Os químicos levaram 40 tentativas para desenvolver o spray mágico que conhecemos como... esperem por isso ... WD-40 (nome completo: Deslocamento de Água, 40ª fórmula). 8. Na literatura, 40 é o número de ladrões com os quais Ali Baba se confronta em Arabian Nights . 9. Além disso, 40 é o número de piscadelas que o Dr. William Kitchiner sugere tirar para uma soneca perfeita. 10. Na religião, 40 parece ser uma abreviação de “muito tempo”. Jesus passou 40 dias jejuando no deserto sendo tentado pelo diabo; o grande dilúvio durou 40 dias e 40 noites; o povo judeu vagou pelo deserto por 40 anos. 11. E se você precisar de mais evidências de que 40 parece muito, veja a semana de trabalho americana padrão: 40 horas. Dotado de uma organização e foco invejável, o número 40 simboliza toda a disciplina e o controle um número só. Com grande tendência ao metodismo, pode irritar as pessoas que estão ao seu redor e fazer com seja incompreendido pelos demais. Para conhecer mais sobre o número 40, continuemos! NUMEROLOGIA Quando um número é seguido pelo 0, a sua personalidade e demais características podem se intensificar. Assim sendo, o número 40 tem grandes características do número 4, só que potencializadas. Vejamos ! 4 é um dos números sagrados dos pitagóricos e também é reconhecido por eles como a linha reta. Logo, a teoria da linha reta dos pitagóricos também se aplica à personalidade do número, então, o número 40, ou sua redução 4, tem a energia equilibrada e realista. O número zero que sucede o 4 lhe dá mais potência e força para manifestar essa sua vibração, tanto que pessoas que possuem a regência desse número são pessoas dignas de confiança, extrema atenção e senso de justiça. São conservadoras e organizadas, possuem uma certa aversão ao poder em geral, ou seja, costumam contrariar o poder e defender os oprimidos e fracos. Este número representa a Terra, e toda a realização do plano material. Ele é simbolizado pela pedra cúbica, representa os 4 elementos e as 4 estações do ano, as 4 letras do nome de Deus (IHVH) e os 4 elementos do homem (corpo, mente, alma, espírito). Assim sendo, falando em plano material, o quatro representa toda a nossa realidade material, com 4 quatros (4444) usados nas diferentes operações matemáticas, podemos resultar qualquer número existente de zero a mil. Exemplo: 44-44=0, 44:44=1, (4:4)+(4:4)=2, (4+4+4):4=3; e assim sucessivamente. Basta usar a criatividade e comprovar que tudo e todos os números podem ser gerados através do 4 !! NO CABALISMO. O número 40 denota também grande significado cabalístico, isso se deve ao fato de o número 40 aparecer repetidas vezes durante as Escrituras Sagradas (Bíblia). Apenas como exemplo, podemos ver o caso dos 40 anos de Êxodo do povo hebreu no deserto, 40 dias e noites de duração do dilúvio, 40 dias que Moisés ficou sobre o Monte, 40 dias do jejum de Jesus Cristo, 40 chibatadas que Cristo levou, entre outras coisas. Então o 40 sempre foi a medida da marca de um grande acontecimento e situação, que precedeu também outro grande acontecimento e transformação. Dessa forma, o que pode ser claramente observado é que isso pode ser muito bem marcado porque 40 dias após a crucificação, Jesus Cristo subiu aos céus, que neste caso demonstram “40 dias de morte” e depois a “glória e vida eterna”. Temos também a tão conhecida quaresma, que é um período de, em média, 40 dias. Assim, a quaresma vai do período marcado pela quarta-feira de cinzas até o domingo de ramos, pela tradição cristã. E outro período de 40 dias também conhecido por nós é a quarentena, que se aplica para conter doenças e epidemias. O número 40 é mesmo repleto de significados, tando em questões espirituais, como em relaçao as energias que os algarismos emanam. E Moisés esteve na montanha quarenta dias e quarenta noites simboliza instrução completa e influência total. Isso pode ser visto no simbolismo de quarenta como plenitude. Quarenta simboliza plenitude porque quatro significa o que é cheio ou completo. ( Segredos do Céu §9437) Se você observar as referências bíblicas aos números quatro e particularmente quarenta , elas geralmente contêm um elemento de luta - por exemplo, o dilúvio do qual Noé escapou construindo uma arca durou quarenta dias e quarenta noites. ORIGEM E HISTÓRIA DOS NUMEROS. Sabemos que os gregos usavam letras do seu alfabeto, derivado do alfabeto fenício [o sistema romano é mais recente, baseado no alfabeto latino e hoje, usamos os números indo-arábico], para representar números. Mas os gregos não foram os únicos a utilizar letras para representar sons e também números – os números-letras. Na verdade, entre os estudiosos que pesquisam a origem dos números ainda paira uma grande dúvida, já que um outro povo, os hebreus, também utilizava letras para simbolizar valores na mesma época que os gregos. A questão é: quem usou primeiro a numeração alfabética, gregos ou hebreus? Mas, isto realmente importa? Tanto a forma de escrever grega, quanto a hebraica, foram influenciadas pela escrita fenícia. E isso explica a semelhança que existe entre as duas formas de escrita e, portanto, entre as duas formas de nomear os números. Os hebreus povoaram a região do Oriente Médio no segundo milênio antes da era comum e de descendência dos povos de língua semitas. Eles usavam a escrita e a numeração para feitos importantes naquela cultura, como por exemplo indicar datas do calendário israelita / judaita e principalmente em censos demográficos ou números de homens de seus exércitos e batalhas. Na numeração hebraica, são utilizadas vinte e duas letras do alfabeto hebraico, colocadas na ordem de acordo com o alfabeto fenício do qual elas derivam. Assim sendo, as nove primeiras letras (de Aleph a Tet) referem-se aos nove primeiros números; as nove letras seguintes (de Yod a Tsadé) são associadas às nove dezenas e as quatro últimas letras (de Qof a Tav) representam as quatro primeiras centenas, como mostra o quadro abaixo: Os hebreus escreviam e liam da direita para esquerda. Para indicar que o símbolo escrito referia-se a um número e não a uma letra propriamente, eles colocavam um pequeno acento [apóstrofe] à esquerda do número. Veja como seriam escritos em hebraico os números 1, 30 e 80: Quando para representar um número eles precisavam escrever mais de uma letra, dobravam o apóstrofe, que passava a ser colocado entre as duas últimas letras à esquerda. Veja alguns exemplos: Tudo bem até a quarta centena… Mas e depois, como representar números maiores que isso? Para resolver este problema os hebreus criaram uma regra: eles combinam (somam) a letra Tav, que representa 400, a outras letras de outras centenas, somando o valor desejado. Observe alguns exemplos: Além desta, existe uma outra regra que diz respeito à representação dos milhares: se você olhar para um número hebraico e observar dois pontos em cima dele, em sua leitura deve multiplicá-lo por mil. É assim que os hebreus – mais recentes – faziam para indicar os milhares em um número. No entanto, esta ‘regra’ foi inexistente por muitos séculos e sendo assim, os números bíblicos representando “milhares”’ tornaram-se absurdos… Imagine uma batalha onde um exército – no campo de batalha, cf. Js 20:2, 17; II Cr 13:3 – teria 400 mil soldados!. Impossível!!! Sem falar na impossibilidade da ação da intendência (trajes, armamentos, treinamento, alimentação, água, acomodação, etc) de um exército extremamente numeroso como este. Portanto, estes números irreais, eram apenas uma forma do ‘escritor’ dizer [ou por não ter ‘recursos’ linguístico] que o exército ou o número de mortos, era extremamente grande! E, além disto, temos uma outra possibilidade de chegarmos à estes números astronômicos: o desgaste natural ou mesmo ‘acidentes’ que possam ter ocorrido na formatação de tais números (muitas vezes, como distinguir uma apóstrofe ou pontos sobre letras, em textos tão antigos?) NUMEROS SIMBÓLICOS NA BIBLIA A linguagem da Bíblia utiliza muitos recursos simbólicos (símbolos de uma realidade). São frases que não devem ser tomadas ao pé da letra, mas nem por isso deixam de expressar a verdade, revestida de uma roupagem especial. Aliás, a linguagem simbólica traz verdades até mais profundas. Se contamos algo exatamente como aconteceu, nosso relato se limita ao momento em que o fato ocorreu. Se usamos linguagem simbólica, o significado se amplia porque aí pode ser aplicado a situações de outros tempos e lugares, é uma reflexão sobre o significado da vida em todos os tempos. Isso vale para a maneira de contar a história do povo, muitas vezes exagerando na descrição dos fatos para comunicar que o que está sendo narrado foi muito mais importante na formação da identidade do povo do que poderia parecer. Nós também usamos exageros para comunicar sentimentos. Cantamos no hino nacional: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante…. E margem de rio não tem ouvido nem havia um povo em volta de D. Kafos quando ele proclamou a independência (mas hoje queremos que o povo se sinta motivado a defender a liberdade e seus direitos). Se estamos irritados porque alguém não segue orientações nossas que julgamos importantes podemos dizer: _Já te disse mil vezes para não fazer isso! E é claro que o número 1000 aí não diz exatamente quantas vezes falamos sobre esse assunto… Na Bíblia começamos a estranhar os números quando vemos as idades dos patriarcas e figuras emblemáticas, com gente vivendo mais de novecentos anos nos primeiros capítulos de Gênesis. Não precisamos brigar com antropólogos que dizem que seria impossível um ser humano viver tanto… As idades avançadas vão diminuindo à medida que a história avança, porque esses números são um jeito de dizer que o pecado foi crescendo e se espalhando na humanidade e prejudicando a qualidade da vida. Mas este fato é perfeitamente explicado: No Éden, o casal tinha à sua disposição a Árvore da Vida, da qual foram expulso da sua presença, após o pecado. Gn 3:24. Por isto, devido ao efeito residual decrescente, do fruto da Árvore, a vida do ser humano (inicialmente com a imortalidade condicionada ao não pecar), foi diminuído drasticamente ao pondo do poeta dizer que viver mais que 70 anos, é enfado. Sl 90:10. No judaísmo, pós exílio, existe dentro da Cabala (o livro de misticismo dos judaicos), uma sessão que estuda os números e seu sentidos simbólicos, a Gematria. OS NUMEROS E SEUS SIGNIFICADOS 1 (um) – Denota a unicidade absoluta: Tudo começa Nele. Ninguém O precede; desse modo, o numero um representa o UL’HIM (Criador Eterno, o PAI/ABI) absoluto. Para Ele, tudo é um: há um só UL’HIM (I Tm 2:5; I Co 8:4up). A Bíblia declara a Posqayao como o início dos meses (Ex 12:2). Primeiro, porque foi o tempo em que Ele veio para libertar o Seu povo do Egito. Todo primogênito era santo a YAOHUH (Ex 22:29). Também era Sua, toda primeira colheita e todo o primeiro fruto… YAOHUH é Um (Dt 6:4; Zc 14:9). 2 (dois) – Simboliza testemunha e apoio: O dois tem um significado semelhante ao oito. A Palavra do Criador diz, na Primeira Epístola aos Coríntios, que Ele é o segundo homem (I Co 15:47). Na Epístola aos Romanos, Ele é o segundo Adan. Sua obra [salvítica] possui dois estágios: encarnação e glorificação. O sacrifico pelo pecado, em Lv 5:7, tinha duas pombas, mostrando os dois aspectos da salvação. Em Lv 16 (Yom Kipur) temos dois bodes, representando a cruz: Julgado dentro da cidade (o primeiro bode) e morto fora dela (o segundo, azazel). O número dois também fala de comunhão, adição e ajuda (Ec 4:9-12). Yaohu’shua veio para ter comunhão com o homem, trouxe YAOHUH para dentro do homem e levou o homem para dentro d’Eles; ou melhor, preparou o ser humano para ser habitado por Eles – Jo 14:21,23. Dois também é o número do testemunho: n a Bíblia, todo testemunho precisa de, no mínimo, duas pessoas. Os discípulos foram enviados aos pares (Mt 10), porque o testemunho duplo é fiel e verdadeiro (Dt 17:6; 19:15; Mt 18:16; II Co 13:1; I Tm 5:19). Dois é o testemunho de Cristo. A bíblia fala que os pães que ficavam no Lugar Santo eram dois, o que aponta para o testemunho. Durante a Grande Tribulação haverá duas testemunhas – o Velho e o Novo Testamento (Jo 11:8); pois, se não aceitarem ao ‘Novo’, (Yaohu’shua), não serão salvos – que irão pregar em Yashua’oleym (Ap 11:3). Apocalipse nos mostra que um dos nomes de Yaohu’shua é a Testemunha Fiel e Verdadeira (Ap1:5 e 19:13). No entanto, dependendo do contexto, o número dois também pode significar divisão e contraste. Assim… Havia duas grandes luzes, na criação (Gn 1:16). Dois querubins guardavam a Arca da Aliança (Ex 25:22). Duas testemunhas estabelecem a verdade (Mt 26:60). Os discípulos foram enviados dois a dois (Lc 10: 1). É o par perfeito. Dos animais puros Nok levou para a arca sempre pares (Gn 7:2); totalizando sete pares. É o dobro e pode significar de sobra, como em Is 40:2; 61:7; Ap 18:6. Ec 4: 9 – O trabalho realizado por dois é sempre mais proveitoso. 3 (três) – É usado para reforçar ou dar ênfase a uma expressão. Assim, quando se quer dizer que YAOHUH é Santo, repete-se três vezes: YAOHUH é Santo, Santo, Santo (Is 6:3; Ap 4:8). UL (o Verbo) abençoa três vezes (Nm 6:24-26). Três são os mensageiros que anunciam o nascimento de Yatzkh’aq (Gn 18:1). É o número da plenitude (Ap 21:13) e da santidade (Ap 4:8). Satan se aproveitou disto e disseminou a doutrina pagã da trindade, apontando este número para a unidade (3 em 1) desta ‘trindade’ e usando fartamente este número para ‘mostrar’ esta triunidade; inclusive adulterando as Escrituras para isto (Mt 28:19; I Jo 5:7-8) Portanto, dizer que algo aconteceu 3 vezes é confirmar o efeito do fato. Kafos negou Yaohu’shua 3 vezes, isto é, negou de verdade, pra valer! E depois da ressurreição afirma 3 vezes que ama Yaohu’shua, ou seja: retomou de verdade a posição de seguidor do Mestre amado. Yaohu’shua ressuscita no terceiro dia, um jeito de dizer que sua morte foi um fato indiscutível (Mt 12:39-40). 4 (quatro) – O quatro é o número da criação. São quatro os elementos: terra, ar, água e fogo. Ap 7:1 mostra que são quatro os ventos da terra. Isso não significa que na Terra existam ‘quatro ventos’, mas que eles sopram sobre toda a criação. São quatro as estações do ano e também os pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste [quatro cantos da Terra; não significando com isto que a Terra seja plana ou quadrada]; a Cidade é quadrangular (Ap 21:16). Quatro Seres vivos (Ap 4:6; 7:1; 20:8). São quatro os impérios mundiais mencionados no Livro de Dayan’ul, cap. dois (na tentativa de se estabelecer o 5º império – o do anticristo, o Messias vem e destrói este intento e Se estabelece sobre toda a Terra; vs. 34, 35, 40, 44). Os quatro evangelhos narram a história de Yaohu’shua [UL/Criador, o Verbo que Se fez carne – Jo 1:1-3, 14; Hb 1:1-2; Cl 1:15-20] vivendo nesse mundo, lidando/restaurando a Sua criação pecaminosa. Na parábola do semeador, são quatro os tipos de solo do coração, mostrando que abrange toda a criação divina. O julgamento do mundo tem quatro aspectos em Apocalipse: a guerra, a fome, a doença e o terremoto. Por isso o número quatro na Bíblia, aponta para a criação (no quarto dia, o Criador termina o preparo da Terra para a Vida). Portanto, é o número da totalidade: um sinal de plenitude… 40 (quarenta) – Número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar: 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7:4, 12); 40 dias e 40 noites Mehu’shua passa no Monte (Ex 24:18; 34:26; Dt 9:9-11; 10:10); 40 anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Nm 14:33; 32:13; Dt 8:2; 29:4, etc); Yaohu’shua jejuou 40 dias antes de começar seu ministério (Mt 4:2; Mc 1:12; Lc 4:2); a ascensão de Yaohu’shua acontece 40 dias depois da Ressurreição (At 1:3). Quando alguém errava era corrigido com 40 chicotadas (Dt 25:3) e Sha’ul também recebeu cinco vezes as 40 chicotadas, menos uma (II Co 11:24). 400 (quatrocentos) – Os Yaoshorul’itas estiveram no Egito por 400 anos, sendo que destes, 240 anos (3 x 4 x 10 = intensificação), como escravos pelos faraós egípcios. 5 (cinco) – O número cinco significa responsabilidade diante do Criador. Na parábola das virgens, tem-se dois grupos: cincos néscias e cinco prudentes (Mt 25:2). Isso porque cinco significa comprometimento. É o número de dedos da nossa mão indicando que temos compromisso com os nossos atos. Nossas mãos simbolizam nossas obras. O primeiro bloco da Bíblia (a Lei) têm 5 livros, o Pentateuco. A consagração de Aharon e a purificação do leproso tinham cinco unções que eram aplicadas em cinco partes do corpo, mostrando que somos responsáveis pela unção recebida. O Criador multiplicou cinco pães para alimentar cinco mil pessoas e Dao’ud usou cinco pedras para vencer Golias (I Sm 17:40). Sabemos que o quinto reino mencionado em Dayan’ul, será o reino de Cristo que vem sobre a Terra, destruído o intento do anti’cristo e para entrar nele, temos que ter compromisso. Em Levítico temos cinco ofertas que falam das obrigações de o homem se apresentar diante de YAOHUH. Dessa forma, o número cinco simboliza responsabilidade diante do Pai e no Apocalipse pode ser negativo. Ap 9:5, 10. 6 (seis) – Número imperfeito, não chegou à perfeição, que é o número 7. No Apocalipse (13:18) é repetido três vezes, por isso o número da besta é 666. Imperfeição total! Golias tinha irmãos com seis dedos nas mãos e pés (II Sm 21:20). Golias tinha seis dedos nas mãos, seis dedos nos pés e seis côvados de altura. Tudo em Golias era seis, porque fala do homem como inimigo do (I Sm 17.4-7). Também é o número de ha’satan (Dn 3:1, Ap 13:18). Portanto, é também o número do homem caído; em rebelião contra YAOHUH e unido com o diabo, vivendo sem o Criador, no mundo. O homem foi criado no sexto dia e pode trabalhar seis dias por semana (Ex 23:12). É o ápice do humanismo e da sua independência de UL’HIM. No Velho Testamento, um escravo só podia ser escravo por seis anos; no sétimo, ele tinha que sair livre. Segundo a cronologia bíblica, a história do homem na Terra tem seis mil anos de Adan até hoje. Entendemos que o sétimo será o milênio, terreal. O sexto selo fala da ira do Cordeiro sobre a humanidade. 666 (seiscentos e sessenta e seis) – O número do anticristo é 666, isto é, três vezes seis. Lembra-se que o três significa completude, portanto 666 simboliza o homem em teimosia total tentando ser como UL (egoísmo) – Ez 28:12-19 (Is 14:12-15) mostra a queda de satan, neste mesmo intento. O salário de Salomão (o idólatra que recebeu a Sabedoria, mas se perdeu – só reconheceu o seu erro, no fim de sua vida) era de 666 talentos de ouro, anual… I Rs 10:14. E, a estátua de ouro de Nebuchadnezar era de 6 côvados por 66; isto é, 666. Dn 3:1-2. Assim, 666 aponta para o anticristo por ser ele o ‘avesso’ da perfeição (YAOHUH). O anticristo se levantará contra tudo que se chama divino. Ele é a consumação de Bavel. No dias do Apocalipse, era Nero, o anticristo [veja abaixo]; desde então, sempre houve anticristos e sendo assim, sempre pudemos identifica-los ’calculado o seu nome – Ap13:18. Portanto, é o homem vivendo independente do ETERNO (Nova Era), dizendo: não precisamos de ti, não queremos nos sujeitar a ninguém, nem adorar a ninguém, não queremos nos dobrar diante de ninguém. O anticristo é o ápice do humanismo. Cada vez mais ouvimos a mensagem de que o homem é o centro de tudo, de que o homem é capaz de tudo, de que ele, homem, é o seu próprio ‘deus’; afirmando sempre: ‘deus’ está em todo lugar e em todas as ‘igrejas’ – ponto para satan! OBS: Em Ap 13:18, o famoso número da “besta do Apocalipse” é 666, que provém da soma das consoantes hebraicas (n + w + r + n + r + s + q) de KAISAR NERON: Imperador Nero, o grande perseguidor dos cristãos (100 + 60 + 200 + 50 + 200 + 6 + 50 = 666). Hoje poderíamos fazer o mesmo com o nome de Bush (o inimigo nº 1 para os pentecostais paranoicos). Pois, o nome completo dele é: George (6 letras) + Walker (6 letras) + Bush Jr (6 letras), ou seja: 666! Mas há outras formas de se calcular este 666, usando os números romanos representados por cada letra, a exemplo do nome da falsa profetiza dos adventistas: ELLEN GOULD WHITE = 666 A menos que alguém prove ao contrário, não há nenhuma lógica forçada ou cálculo errado. *Note que o “U” no latim representa ao “V”. O “W” nas línguas anglo-saxônias é conhecido por “doblevê” devido à sua fonética.E, é por isto que o Messias lhes dá a Operação do Erro (II Ts 2:11). Também, na frase paganizada ou usando o falso Nome do Messias: JESUS CRISTO FILHO DE DEUS em Latim (o mesmo que fazem com o título papal), que é a língua de origem do Império Romano, criador da besta através da doutrina pagã da trindade. Ao tomarmos os valores em algarismos romanos das letras correspondentes, encontramos o número 666, que é o número da besta. Ex: I E S V S C R I S T V S F I L I I D E I 1 + 5 + 100 + 1 + 5 + 1+50+2 + 500 + 1 = 666 7 (sete) – É a soma de 4 + 3. Por isso é o número perfeito, indica o máximo da perfeição (Nm 23:4; Mt 15:36); grande quantidade (Is 30:26; Pr 24:16; Mt 18:21); totalidade (Ap 1:4); indica séries completas como no Apocalipse: 7 Cartas (Ap 2-3); 7 Selos (Ap 6:1-17); 7 cabeças (Ap 12:3). O Cordeiro imolado recebe 7 dons (Ap 5:12). Sete Reis papais (Ap 17:9, 10); etc. Daí, a partir do número sete, todos os números são uma composição dos seis anteriores. Tudo que fala da ação divina no tempo e no meio da sua criação é sete. Por isso o sétimo dia, o shabbos, foi santificado (Gn 2.1-3), após a Criação. Kanosh, o sétimo depois de Adan, foi selado, ainda em vida (Gn 5:24 cf. Hb 11:5, 13). Depois que Nok entrou na arca, houve ainda sete dias de tolerância, de graça (Gn 7:4). Ya’kof serviu a Laban por sete anos. No Egito, houve sete anos de abundância e sete anos de fome. O candelabro tem sete lâmpadas, uma para cada dia da Criação. O sangue tinha que ser aspergido sete vezes significando a redenção perfeita. O shabbos é o sétimo dia da Criação, simbolizando o perfeito descanso que Criador nos oferece, nEle (Hb 4:11). Durante a festa dos Pães asmos, havia uma oferta de holocausto feita por sete dias, simbolizando a perfeita consagração. A festa dos tabernáculos durava sete dias, simbolizando a perfeita glória. A luta contra Yarich’o foi feita com sete sacerdotes, usando sete trombetas, marchando por sete dias, simbolizando perfeita vitória. Naaman mergulhou sete vezes no rio Yardayan, entendido como perfeita purificação, Yah’ov teve sete filhas depois da sua tribulação, simbolizando a perfeita benção. Yaohu’shua falou sete palavras na cruz. Havia sete diáconos na Igreja primitiva. São sete as parábolas do reino em Matt’yaohuh 13. São sete as festas perpetuas (Lv 23) e também sete as oholyais em Apocalipse. Nele, existem muitos grupos de sete: são sete espíritos (estados) do ETERNO, sete candelabros, sete lâmpadas, sete chifres, sete olhos, sete trombetas, sete pragas e sete taças. Ao todo, em Apocalipse, o sete é mencionado cinquenta e seis vezes, portanto compreender o significado desse número é muito importante para o entendimento deste livro. Por isto tudo, o sábado é o sétimo dia; Yaohu’shua fez a Criação em 7 dias [Você não acredita que tenha sido Ele, o Verbo que se fez carne, que nos criou? Você não vê o nosso Criador e Redentor, desde as primeiras páginas do VT? E não estamos falando da “trindade” – um paganismo – mas sim de pessoas distintas. Jo 1:18 (I Co 10:1-4; I Co 8:5-6)]; a festa de Pentecostes acontece 7 vezes 7 dias (penta – 50) depois da Posqayao. Cada sétimo ano é sabático (descanso para a terra e libertação dos oprimidos – Lv 25) e depois de 7 vezes 7 anos (no 50º ano) vem o Jubileu. Não se deve perdoar 7 vezes, mas 70 vezes 7 (Mt 18:22). É importante ver que no Apocalipse aparece a metade de 7, isto é 3,5 (Ap 11:9). Às vezes se diz: um tempo, dois tempos, meio tempo (Ap 12:14; Dn 7:25), isto é três anos e meio. Também pode ser 42 meses (Ap 11:2), é igual a 1.260 dias (Ap 12:6), isto é, sempre a metade de 7. É a duração limitada das perseguições. É o tempo controlado por YAOHUH e foi na metade da última semana de Dn 9:25-27 (o ministério carnal do Messias) que ocorreu a cruz… Veja a observação, abaixo: Obs: A marech, ou seja, as 2.300 tardes… Dn 8:14. Estas 2.300 tardes cumpre-se dentro da última semana: Uma semana é igual a 2.520 dias; nos primeiros 6 meses [180 dias], o Imersor, preparou o Caminho. O Messias, após a sua imersão, foi ao deserto por 40 dias. 180 +40 = 220 dias em que o Messias não pregou… 2.520-220 = 2.300 tardes e manhãs… OBS: 70 (setenta) – Mt 18:22; Lc 10:1; Apontando para as Setenta Semanas de Dayan’ul. Os pentecostais, sem nenhuma base bíblica, destaca a última semana das demais e a coloca para o futuro (para isto, deturpam a passagem dizendo que o PRINCIPE alí não é o Messias, mas sim o imperador romano) para impor a sua doutrina de um governo do anticristo (a Pedra de Dn 2 vem e destrói este intento; portanto, o anticristo não governará nem por um único segundo) e do seu antibíblico arrebatamento cujo objetivo é não permitir que a “igreja” esteja presente durante este pretenso governo [a Grande Tribulação], ignorando, por exemplo, Mt 24:29-31. OBS: 70 x 7 (setenta vezes sete) – Foi dado um período de 490 anos para que os judaicos mudassem o seu proceder para com o ETERNO… Este tempo inicia-se pela reconstrução de Yah’shua-oleym (49 anos com dificuldades – Ed & Ne). Depois segue pelo período intertestamentário (+ 434 anos). Isto nos leva à última semana que se inicia com a imersão de Yaohu’shua hol’Mehushkyah. No meio desta semana, o Messias é morto e assim os sacrifícios perdem a razão de ser (Mt 27:51; Hb 7:27). Segue o resto da semana, onde os judaicos selaram a vida da nação, com o sacrifício de Esteban (At 6/7)… E, a profecia acaba por apontar o fim destas coisas com a Volta de Yaohu’shua! Jogo de números 10 x 7: Moisés comunica o espírito profético aos 70 anciãos (Nm 11,16-17.24-25). O exílio na Babilônia é interpretado como a duração de 70 anos (Jr 25,11; 29,10; 27,7; 2Cr 36,21; Dn 9). A tradução da Bíblia hebraica para o grego foi feita por 70 escribas e por isso recebeu o nome de LXX ou Septuaginta. OBS: 777 (setecentos e setenta e setenta) – Gn5:28-31 Lameque tinha 182 anos quando lhe nasceu um filho, a que chamou Nokh porque, disse ele: Este há de trazer-nos descanso para o duro trabalho da terra que o Criador amaldiçoou. Lameque viveu mais 595 anos e teve mais filhos e filhas. Ao todo foram 777 os anos de vida que teve, e morreu [morreu durante a construção da Arca, pouco anos antes do dilúvio]. Este número indica a perfeição máxima do Criador, contrapondo-se ao 666. 8 (oito) – É sete mais um, é como que o transbordamento. O número oito significa ressurreição ou novo começo. Na verdade, a ressurreição é um novo começo. É alguém que morreu, ressuscitou e está tendo um novo começo.. A Bíblia fala que oito pessoas saíram da arca, simbolizando ressurreição, porque passaram pela morte no dilúvio e saíram para uma nova vida. A circuncisão ocorria no oitavo dia, porque circuncidar significa cortar a carne, daí ter que ser ao oitavo dia para simbolizar o recomeço. Dao’ud era o oitavo filho. O leproso era purificado no oitavo dia. As primícias eram trazidas no oitavo dia. O sacerdote trabalhava no oitavo dia da consagração. As bem-aventuranças em Matt’yaohuh são sete mais uma. A transfiguração se deu no oitavo dia para mostrar que depois da ressurreição [ou na volta do Messias] nós seremos glorificados (Lc 9:28-36; Cf. I Co 15:50-53). Muitos “crentes paganizados” CRIARAM uma semana de 8 dias, capenga, ao afirmar que o domingo não é o primeiro dia; mas sim o oitavo, o dia do recomeço, da nova criação. Por isso, para estes pagãos adoradores do sol (Ez 8:13, 16) o domingo é o dia de descanso, afrontando o Criador e a Sua Lei [Ex 20:8-11 cf. Mt 5:17-19] ao afirmar – como todo o mundo cristão que não lê com atenção, as Escrituras e assim, aceitam as “interpretações dos teólogos” mal intencionados – que é o dia da ressurreição. Estude com profundidade e fique sabendo que o Messias não morreu em uma sexta-feira e ressuscitou no domingo… Mas sim, morreu em uma quarta-feira e ressuscitou em um sábado; cumprindo literalmente Mt 12:39-40 (sem esta de ‘dias inclusivos, criado pelos teólogos pagãos ). No fim deste estudo, tem um link para você ficar conhecendo – biblicamente – o Verdadeiro dia da Ressurreição. 9 (nove) – O número nove não aparece em Apocalipse. Ele tem dois significados: pode significar ingratidão, pois foram nove os leprosos que não voltaram para agradecer (Lc 17.11-19). Ou pode significar uma obra humana incompleta: pois o nove é a combinação de quatro mais cinco, ou seja, a criação mais a responsabilidade. Também pode estar ligado à produção de frutos. Yaohu’shua disse que “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto” (Jo 12:24). Os fruto do Espírito (Yaohushua) apresentado em Gl 5:22-23, está assim dividido: três são interiores, três são exteriores e três são teocêntricos. Há nove dons do Espírito em I Co12, referindo-se a poder e ao caráter conforme, Gl 5:22-23. Em Gn 9:9 temos um pacto: “E eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência, depois de vós”. Este pacto foi feito com Nok e os seus três filhos. Mais tarde, UL fez outro pacto com Abrul’han, quando este contava noventa e nove anos (Gn17:1à1+7+1=9). Ora, é dito que Abrul’han já era “amortecido” por causa da idade, mas mesmo assim ele produziu fruto. Lemos sobre as novecentas carruagens de ferro em Jz-4:3. O leito de Ogue, rei de Basan tinha nove côvados de comprimento (Dt 3:11). Na era dos patriarcas esse número era muito importante. Em Gn 5, encontramos o número novecentos, sete vezes, em um só capítulo. Lembramo-nos aqui das noventa e nove ovelhas obedientes e de uma que se extraviou. Yashua’oleym foi destruída no nono mês (Jr 52:4-6) O Rolo da Lei foi destruído em Jr 36:23, no nono mês. Nove é o período de gestação para que as mulheres produzam fruto. A visão de Kafos aconteceu na hora nona (At 10:9-17). Já, os pagãos trinitarianos enxergam este número como sendo o triplo de três… 10 (dez) – Mesmo não sendo ímpar, o número 10 (dez) entrou na lista dos números perfeitos. Ele expressa o completo, a inteireza, o todo. É considerado o número da perfeição humana. Com o 10 (a soma de dois números perfeitos: 3 + 7 = 10), expressamos a admiração e reconhecimento que temos por alguém: Ele é 10! Na maioria das escolas a avaliação é por conceito numérico. Quem obtém nota 10, consegue o máximo. Indica grande quantidade (Gn 31:7) ou é simplesmente um número redondo (Mt 25:1). Indica também listas completas. Pelos dez dedos das mãos é fácil lembrar a lista. Indica um tempo limitado; curta duração (Dn 1:12.14; Ap 2:10). Dez são os mandamentos. Dez eram as virgens e dez foram as pragas no Egito. Os discípulos oraram dez dias. Eram dez os servos em Lc 19:13. Pode indicar também imperfeição: a besta só tem 10 chifres (Ap 12,3). Na França iluminista, foi criada a semana de 10 dias para renegar qualquer vinculo espiritual com a semana da Criação… Esta semana (1793) durou apenas 3,5 anos (metade de sete)! 12 (doze) – É o resultado de 4 x 3, isto é, um número bem completo. É o número que representa o povo, que começou com 12 tribos. Yaohu’shua, ao escolher 12 apóstolos quer dizer que está formando um novo povo. Quando no Apocalipse se diz que são 144.000 os marcados como servos de YAOHUH não precisamos ficar achando que agora não há mais vaga para nós, entre os eleitos. Veja, 144 000 = 12 (representa o povo de yaoshorul’ita, isto é, os judaicos) x 12 (representando todos os povos, nós) x 1000 ( uma grande multidão). Nesse simbolismo há espaço para todos, em todos os tempos. Quando Yaohu’shua multiplica os pães, sobram 12 cestas (se multiplicarmos nossas ofertas* aos que têm fome haverá comida para todo o povo). Isto confirma que é o número da escolha [12 tribos no AT; 12 Apóstolos no NT]; 12 legiões de anjos (Mt 26:53). Os anciãos são 24, isto é: 2 x 12 (Ap 4:4). Por isto, os que serão salvos (Ap 7:4) serão 144.000, isto é 12 x 12 x 1000! É o número da totalidade (Ap 21:12-14). O número doze possui basicamente o mesmo significado do sete, todavia se diferencia dele porque o sete é a perfeição da ação do Criador na história do homem, no tempo; enquanto o doze é a perfeição de Sua ação para a eternidade. Por isso, tudo o que é eterno, em Apocalipse, é doze; mas tudo o que tem fim é sete (sete últimas Pragas sobre os ímpios, em Ap 16). Sete é três mais quatro, mas o doze é três vezes quatro. Os sete selos e as sete trombetas são uma ação completa do Criador (Yaohu’shua); no entanto, só por um tempo, enquanto aquilo que é doze é eterno. A Bíblia fala que são doze meses, doze discípulos, doze portas de Yashua’oleym, doze pedras preciosas no peito e nos ombros do sumo sacerdote, doze pães e doze espias. Yaohu’shua foi a Yashua’oleym aos doze anos. São doze as legiões de anjos. Apocalipse 21 se refere ao número doze: a Nova Yashua’oleym possui doze portas, doze fundamentos, doze tronos, doze pérolas e doze pedras preciosas. Portanto, tudo que é eterno é doze. Nota de oCaminho: A Lei Moral vigora até o Fim do Pecado (Ap 20:11-15), após o Milênio! OBS: 120 (cento e vinte) – (3 x 40) – O numero cento e vinte possui qualidades simbólicas singulares. Esse numero figura no Livro do Gênesis como medida de tempo, no momento em que um limite de cento e vinte anos foi decretado para os anti-diluvianos retornarem ao Criador (Gn 6:3). Este foi tempo em que Nok construiu a arca para sobreviver ao diluvio (Gn 6), Esse numero também corresponde aos anos de vida do profeta Mehu’shua (Dt 34:7). Aos cento e vinte dias em que Mehu’shua esteve sobre o Monte S’neah em três períodos de quarenta dias cada, como também ao período de três gerações convencionais de quarenta anos cada, exemplificado pelo pacto do Cridor com o povo de Yaoshor’ul: “…guardes todos os Seus estatutos e os Seus preceitos que eu te ordeno – tu, teu filho e o filho de teu filho…” (Dt 6:2). A Bíblia pode, então, ser compreendida como um contrato entre o Criador (representado o ETERNO) e o povo de Yaoshor’ul. 1000 (mil) – Uma quantidade tão grande que não se pode contar. Prazo de tempo completo e comprido. Reino de mil anos (Ap 20:2). OBS: O Apocalipse é um livro de símbolos (não literais); no entanto, símbolos de uma realidade (cada símbolo representa uma coisa literal)! Ver as combinações: 7 x 1000 (Ap 11:13; 12 X 1000 (Ap 7:5-8); 12 x 12 x 1000 (Ap 7:4). É interessante ver que é o sábado que dá valor [fecho de ouro da semana temporal; assim como a criação do ser humano realizada por Yaohushua, foi o ‘fecho de ouro’ da criação] aos demais dias da semana; assim transforma os 6 dias (imperfeitos) em 7 dias (perfeito). O único dia da semana que tem um nome é shabbos e foi do paganismo que surgiu o nome domingo para o primeiro dia da semana – um dia de trabalho como qualquer um dos demais, pois, 6 dias trabalharás (realiza a sua obra – Ex 20:8-11)… Sunday/dia do sol, no inglês. Outro exemplo: seis povos habitavam a Terra Prometida (Ex 3,8). Mas eram imperfeitos. Yaoshor’ul (não a nação atual, pois estes não aceitam a Yaohushua; mas sim o Yaoshor’ul formado por nós, os salvos) será o sétimo povo, aquele que tornará a terra perfeita, como era na criação [errou o Criador ao nos criar na Terra, e agora tem que nos levar para o céu??? Não: Os mansos herdarão a terra – Mt 5:5 (Sl 115:16; Pv 2:21-22)]! Ver também o jogo numérico feito na elaboração de alguns provérbios (Pr 6:16-19; 30:15-33). Como os yaoshorul’itas escreviam seus números com letras alfabéticas (não tinham vogais), assim se podia escrever um nome com um valor numérico escolhido a dedo. Por exemplo, Matt’yaohuh divide a genealogia de Yaohu’shua em três grupos de 14 gerações. Ora, o número 14 é o resultado das somas das letras do nome de Dao’ud (d + w + d): 4 + 6 + 4 = 14. Então Yaohu’shua é três vezes Dao’ud; é o Dao’ud por excelência. No capítulo 17 do Evangelho de Yao’khanan, a palavra “mundo” aparece 18 vezes, isto é: 6 + 6 + 6. Ora, para Yao’khanan, não é a terra ou o mundo físico – como nós entendemos hoje – que era mau. “Mundo” significava: o sistema, ou seja, aqueles que não aceitavam Yaohu’shua (podiam ser os judaicos do Templo, os romanos ou até mesmo os gentios; e hoje, nós, os do “mundo”: Lembre-se, “do mundo, mas não no mundo”!). Perceba a diferença: Reino DOS céus e jamais Reino NOS céus… Somente no livro de Matt’yaohuh temos esta frase (reino dos céus) e jamais ele diz….nos céus! O Pai Nosso diz: Venha a nós o Teu Reino… Se você ainda crê em ir para o céu (paganismo grego trazido aos cristãos pela ICAR, em sua Vulgata), PARE de orar este Pai Nosso e passe a orar assim: Nos LEVE para o Teu Reino!!! OBS: Gentios nas Escrituras, são os descendentes das dez tribos espalhas pelo mundo, isto é, o Reino do Norte, Yaoshor’ul – Is 9:1. Quando você ler nas Escrituras a palavra “Israel”, você deve atentar ao contexto para saber se está falando das 10 tribos (a Casa de Israel – Mt 10:5) ou da nação como um todo (o Reino do Sul/2 tribos + o Reino do Norte/10 tribos/a Casa de Judá). No capítulo 9 do Evangelho de João, o verbo “abrir” aparece 7 vezes, justamente no relato em que Yaohu’shua abre os olhos ao cego; um sinal importante no quarto Evangelho: Abrir seus olhos para a Verdade – Jo 8:32. Outro exemplo: na expressão “filhos de Yaoshor’ul” temos também um exemplo de como os escritores bíblicos gostavam de fazer os jogos de palavras baseadas no valor numérico das letras do alfabeto hebraico. Em Filhos de Yaoshor’ul, a soma dos valores das consoantes é: 2 + 50 + 10 + 10 + 300 + 1 + 30 = 603. Esta é a cifra da multidão do primeiro total do povo, no recenseamento antes de partir em direção ao S’neah: 603.550 (Nm 1:46; 2:32). É o mesmo número dos homens que deixaram o Egito (Ex 12:37). Enfim, os hebraicos davam muito valor aos números, mas quanto a nós, corremos sério risco de entrar por este caminho, a ponto de nos misturar com os místicos – Dt 18:10-12. Os números para os ocultistas (iluminats, maçônicos e bruxos): Três (3) é o primeiro número sagrado, o primeiro número perfeito [Wescott, 41]. Três representa a Trindade Pagã [Wescott, pg 37] Ele é representado geometricamente no triângulo, e espiritualmente como o Terceiro Olho do hinduísmo. Os ocultistas multiplicam e adicionam três aos outros números sagrados para criar novos números. Entretanto, também agrupam três em grupos de dois ou de três, pois acreditam no princípio da “intensificação”, isto é, que grande poder é obtido quando um número ‘sagrado’ é agrupado. No caso do três, uma maior intensificação é obtida quando ele é mostrado como 33 ou 333. Quando Hitler cometeu suicídio, organizou os detalhes do horário de modo a criar um três triplicado (333). Você pode ver como 333 formou a estrutura para essa ocasião da mais alta importância? Logicamente, 333 + 333 = 666. Os ocultistas usam 33 33 33 como um símbolo oculto pelo qual apresentam o número mais ofensivo 666. Quando os detalhes de um evento são assim organizados, de forma a conter certos números ocultistas sagrados ou combinações numéricas, essa é literalmente a assinatura ocultista de um evento. Somente os ocultistas reconhecerão essa assinatura. Finalmente, os três 33 33 33 são organizados para representar 666 quando são mostrados em pares. Matematicamente, 666 pode ser criado quando três pares de três são somados. Assim (3+3) + (3+3) + (3+3). Agora, elimine os parênteses e os sinais de mais, e terá 33 espaço 33 espaço 33, representando o número 666. Seis (6) é o próximo número ‘sagrado’, representando o número da alma do homem [Wescot, pg 66]. Isso mostra o poder onipotente do Criador, pois essa crença é paralela à passagem em Apocalipse 13:18, em que o Criador atribui 666 ao homem; mais precisamente ao homem do pecado final, a Besta. Seis também é considerado como “todo-suficiente”. Isso também está em paralelo com o ensino bíblico, que diz que o grande pecado do homem é o orgulho de si mesmo. Se o algarismo seis individualmente é considerado poderoso, então assim também o agrupamento dele como 66 ou 666. Entretanto, os ocultistas também pegam 666 e multiplicam os três números, obtendo 216. Wescott explica, “De acordo com os pitagóricos, após um período de 216 anos … todas as coisas são regeneradas”, incluindo o homem. A ‘alma’ de cada pessoa seria regenerada, ou renascida precisamente 216 anos após sua morte. Lembre-se desse valor, pois os ocultistas atribuem muitas das mesmas características dos indivíduos às nações e creem – como todo evangélico pentecostal – na ‘imortalidade da alma’ e na reencarnação… Sete (7) é um número ‘sagrado’. Van Buren chama o sete de “um dos mais sagrados de todos os números… o Centro Invisível, o Espírito de tudo” [pg 39]. Acredita-se que o sete literalmente governe todos os aspectos do universo, a partir do próprio corpo do homem, para os corpos do universo, e para as questões espirituais. Como a multiplicação de sete cria um número sagrado ainda mais poderoso, não devemos estar surpresos que 3×7, ou 21, seja considerado um número poderosíssimo. Assim, quando Adam Weishaupt formou os Mestres dos Illuminati, escolheu o dia do evento organizando os números de uma maneira que formasse números poderosos. Ele escolheu Primeiro de Maio, porque maio é o quinto (5) mês, somado com o primeiro dia, é igual a seis. Weishaupt escolheu 1776 porque os quatro algarismos somados dão 21 (1+7+7+6). Além disso, 6+21=27, outro número de poder porque é formado pela multiplicação de 3×9. Essa data foi escolhida com muito cuidado por Weishaupt; ele acreditava que o Plano da NOM [Nova Ordem Mundial] estaria condenado ao fracasso se não fosse executado em um dia numericamente auspicioso. Nove (9) é sagrado porque é o “primeiro cubo de um número ímpar (3)” [Van Buren, pg 40-41]. Nove também contém muitas propriedades matemáticas singulares, mas este não é o objetivo deste estudo e não vamos examiná-las aqui. Espiritualmente, nove é o número da “morte para si mesmo para renascer em Espírito” [pg 41]. Essa é uma falsificação satânica para o novo nascimento; a imersão. Finalmente, o nove triplicado (999) é utilizado para representar 666, pois é simplesmente a inversão de 666. Agora, peque uma embalagem de papelão de algum produto industrializado e observe atentamente o símbolo de reciclagem… Sintomático, não é? Onze (11) é um número ‘sagrado’, embora represente “… tudo o que é pecaminoso, prejudicial e imperfeito” [Wescott, pg 100]. O onze é formado da soma de 5 + 6 = 11. Quando onze é multiplicado pelo número perfeito 3, produz 33, um número de tremenda importância no ocultismo. Em 1933, Adolf Hitler e o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt chegaram ao poder. Ambos estavam comprometidos com o estabelecimento da Nova Ordem Mundial, e suas ações tiveram um grande impacto na humanidade. Foi também em 1933 que ocorreu a publicação do Primeiro Manifesto Humanista. Você vê como satan manipulou a história mundial para produzir 3 eventos da Nova Ordem Mundial em 1933? Assim, um 333 poderoso serviu como estrutura para eventos mundiais naquele ano. Treze (13) é considerado sagrado porque é formado pela adição do seis (o número da alma do homem) com sete (um dos números perfeitos) à 6 + 7 = 13. Entretanto, 13 é o número que o Criador atribuiu a satanás. Sabemos que os dias sagrados na primavera pagã são 30 de abril e primeiro de maio. Agora, some os números que formam essas datas (3+4=7; 5+1=6); quando você soma seis com sete, obtém treze, o número de satan. Em matemática Quarenta é um número composto , um número refatorável , um número octogonal , e - como a soma dos quatro primeiros números pentagonais :1+5+12+22=40— é um número piramidal pentagonal . Somando alguns subconjuntos de seus divisores (por exemplo, 1, 4, 5, 10 e 20) dá 40; portanto, 40 é um número semiperfeito . Dado 40, a função Mertens retorna 0 . 40 é o menor número n com exatamente nove soluções para a equação função totiente de Euler Quarenta é o número de soluções de problemas n -rainhas para n=7. Quarenta é um dígito representativo em ternário (1111, ou seja ,30+31+32+33, ou, em outras palavras,34−12) e um número de Harshad em decimal Na ciência O número atômico do zircônio . Quarenta negativos é a única temperatura à qual as escalas Fahrenheit e Celsius correspondem; isto é, −40 °F = −40 °C. É referido como "menos quarenta" ou "quarenta abaixo". Nas religiões O número 40 é encontrado em muitas tradições sem nenhuma explicação universal para seu uso. Nas tradições judaicas , cristãs , islâmicas e outras do Oriente Médio , é considerado um número grande e aproximado , semelhante a " umpteen ". Sumério Enki ( /ˈɛŋki/) ou Enkil (sumério: dEN.KI(G)𒂗𒆠) é um deus da mitologia suméria , mais tarde conhecido como Ea na mitologia acadiana e babilônica. Ele era originalmente o deus patrono da cidade de Eridu , mas depois a influência de seu culto se espalhou por toda a Mesopotâmia e para os cananeus , hititas e hurritas . Ele era a divindade do artesanato (gašam); travessura; água, água do mar, água do lago (a, aba, ab), inteligência (gestú, literalmente "orelha") e criação (Nudimmud: nu, semelhança, lama escura, fazer urso). Ele foi associado com a banda sul de constelações chamadas estrelas de Ea, mas também com a constelação AŠ-IKU, o Campo ( Quadrado de Pegasus). Começando por volta do segundo milênio aec, ele às vezes era referido por escrito pelo ideograma numérico de "40", ocasionalmente referido como seu "número sagrado". Um grande número de mitos sobre Enki foi coletado em muitos locais, desde o sul do Iraque até a costa do Levante. Ele figura nas primeiras inscrições cuneiformes existentes em toda a região e foi proeminente desde o terceiro milênio até os tempos helenísticos. O significado exato de seu nome é incerto: a tradução comum é "Senhor da Terra": o sumério en é traduzido como um título equivalente a "senhor"; originalmente era um título dado ao Sumo Sacerdote; ki significa "terra"; mas há teorias de que ki neste nome tem outra origem, possivelmente kig de significado desconhecido, ou kur que significa "monte". O nome Ea é supostamente de origem hurrita, enquanto outros afirmam que é possivelmente de origem semítica e pode ser uma derivação da raiz semítica ocidental *hyy, que significa "vida", neste caso, usada para "nascente", "água corrente". Em sumério, EA significa "a casa da água", e foi sugerido que este era originalmente o nome do santuário do Deus em Eridu. Judaísmo Na Bíblia hebraica , quarenta é freqüentemente usado para períodos de tempo, quarenta dias ou quarenta anos, que separam "duas épocas distintas". A chuva caiu por "quarenta dias e quarenta noites" durante o Dilúvio (Gênesis 7:4). Noé esperou quarenta dias depois que os cumes das montanhas foram vistos após o dilúvio, antes de soltar um corvo (Gênesis 8:5–7). Espiões foram enviados por Moisés para explorar a terra de Canaã (prometida aos filhos de Israel) por “quarenta dias” (Números 13:2, 25). O povo hebreu viveu nas terras fora da terra prometida por "quarenta anos". Este período de anos representa o tempo que leva para uma nova geração surgir (Números 32:13). Diz-se que vários dos primeiros líderes e reis hebreus governaram por "quarenta anos", isto é, uma geração. Exemplos incluem Eli (1 Samuel 4:18), Saul (Atos 13:21), Davi (2 Samuel 5:4) e Salomão (1 Reis 11:42). Golias desafiou os israelitas duas vezes por dia durante quarenta dias antes de Davi derrotá-lo (1 Samuel 17:16). Moisés passou três períodos consecutivos de "quarenta dias e quarenta noites" no Monte Sinai : Ele subiu no sétimo dia de Sivan , depois que Deus deu a Torá ao povo judeu, a fim de aprender a Torá de Deus, e desceu no décimo sétimo dia de Tammuz , quando viu os judeus adorando o Bezerro de Ouro e quebrou as tábuas (Deuteronômio 9:11). Ele subiu no décimo oitavo dia de Tammuz para implorar perdão pelo pecado do povo e desceu sem a expiação de Deus no vigésimo nono dia de Av (Deuteronômio 9:25). Ele subiu no primeiro dia de Elul e desceu no décimo dia de Tishrei , o primeiro Yom Kippur , com a expiação de Deus (Deuteronômio 10:10). Um micvê consiste em 40 se'ah (aproximadamente 200 galões americanos ou 760 litros ) de água O profeta Elias teve que caminhar 40 dias e 40 noites antes de chegar ao monte Horebe (1 Reis 19:8). 40 chicotadas é uma das punições impostas pelo Sinédrio ( Deuteronômio 25:3 ), embora na prática real apenas 39 chicotadas tenham sido administradas. (Números 14:33–34) alude ao mesmo [ esclarecimento necessário ] com vínculos com a profecia no Livro de Daniel. "Por quarenta anos - um ano para cada um dos quarenta dias que você explorou a terra - você sofrerá por seus pecados e saberá o que é ter-Me contra você." Um dos pré-requisitos para um homem estudar Cabalá é que ele tenha quarenta anos. "O registro desses homens foi realizado cruelmente, zelosamente, assiduamente, desde o nascer do sol até o pôr do sol, e não terminou em quarenta dias" (3 Macabeus 4:15). Jonas adverte Nínive que "mais quarenta dias, e Nínive será subvertida". (Jonas 3:4) Cristianismo O cristianismo também usa quarenta para designar períodos de tempo importantes. Moisés permanece no Monte Sinai por 40 dias e 40 noites (Êxodo 24:18). Antes de sua tentação , Jesus jejuou "quarenta dias e quarenta noites" no deserto da Judéia (Mateus 4:2, Marcos 1:13, Lucas 4:2). Quarenta dias foi o período desde a ressurreição de Jesus até a ascensão de Jesus (Atos 1:3). De acordo com Estêvão, a vida de Moisés é dividida em três segmentos de 40 anos, separados por seu crescimento até a idade adulta, fuga do Egito e seu retorno para liderar seu povo (Atos 7:23, 30, 36). Na prática cristã moderna, a Quaresma consiste nos 40 dias anteriores à Páscoa . Em grande parte do cristianismo ocidental, os domingos são excluídos da contagem, há 46 dias no total da Quaresma; no cristianismo oriental, os domingos estão incluídos. Os Quarenta Mártires de Sebaste Kirk Kilisse , "Quarenta Igrejas" (Σαράντα Εκκλησιές) na Trácia Oriental A chuva caiu por "quarenta dias e quarenta noites" durante o Dilúvio (Gênesis 7:4). Islã Muhammad tinha quarenta anos quando recebeu pela primeira vez a revelação entregue pelo arcanjo Gabriel. Masih ad-Dajjal percorre a Terra em quarenta dias, a duração do primeiro dia é de um ano, o segundo dia é de um mês, o terceiro dia é de uma semana e o dia seguinte (até o 40º dia) é de um dia. Deus proibiu os israelitas de entrar na Terra Santa por 40 anos para separá-los de Musa ( Moisés ) e seu irmão. Musa ( Moisés ) passou 40 dias no Monte Sinai onde recebeu os 10 mandamentos. Yazidismo Na fé Yazidi , o Templo Chermera (que significa "40 homens" no dialeto Yazidi) é tão antigo que ninguém se lembra de como veio a ter esse nome, mas acredita-se que deriva do enterro de 40 homens no local do topo da montanha. Costumes funerários Alguns russos, búlgaros e sérvios acreditam que os fantasmas dos mortos permanecem no local de sua morte por quarenta dias. Após os quarenta dias, orações adicionais são realizadas no túmulo (parastos (парастос) ou panihida (панихида)), para escoltar a alma em seu caminho para a corte de Deus. Muitos filipinos cristãos marcam o fim do período inicial de luto no quadragésimo dia após a morte e celebram uma missa . Eles acreditam que a alma permanece no plano terrestre por quarenta dias antes de entrar na vida após a morte, lembrando como Cristo ascendeu ao céu quarenta dias após sua ressurreição . Hinduísmo No hinduísmo , algumas orações religiosas populares consistem em quarenta shlokas ou dohas (dísticos, estrofes). O mais comum é o Hanuman Chalisa ( chaalis é o termo Hindi para 40). No sistema hindu, alguns dos períodos de jejum populares consistem em 40 dias e são chamados de período Um 'Mandala Kalam' Kalam significa um período e Mandala Kalam significa um período de 40 dias. Por exemplo, os devotos (masculino e feminino) de Swami Ayyappa, nome de um deus hindu muito popular em Kerala, Índia (Sabarimala Swami Ayyappan) observaram rigorosamente quarenta dias de jejum e visitas (uma vez que as devotas de uma determinada faixa etária biológica não Para poder realizar as austeridades contínuas de 40 dias, eles não entrariam no templo do deus até setembro de 2018) com suas sagradas submissões ou ofertas no dia 41 ou em um dia conveniente após uma prática mínima de 40 dias de jejum. A oferenda é chamada de "Kaanikka". Budismo Ao discutir a meditação, o Visuddhimagga sugere 40 assuntos de meditação para focar. Sikhismo Anand Sahib , a quinta e última das orações diárias Sikh tem 40 parágrafos, e o 40º parágrafo é frequentemente lido ao concluir qualquer cerimônia Sikh. Chali Mukte (40 libertos) refere-se aos 40 soldados do exército do Guru Gobind Singh . Esses 40 discípulos eram os discípulos mais amados e favoritos do Guru. Nos esportes No beisebol, cada equipe da Liga Principal de Beisebol pode ter 40 jogadores sob contratos da liga principal a qualquer momento (sem incluir jogadores na lista de deficientes físicos de 60 dias). De 1º de setembro até o final da temporada regular, as equipes foram autorizadas a expandir suas listas de dias de jogo para incluir toda a lista de 40 jogadores durante a temporada de 2019, mas a partir de 2020 as equipes só podem ter 28 jogadores em suas listas de dias de jogo durante esse período. Nas corridas de cavalos, o número máximo permitido de corredores no Grand National é de 40. A corrida de 40 jardas é uma métrica importante no olheiro do futebol americano . No tênis , o número 40 representa o terceiro ponto ganho em uma partida. Uma pontuação de 40–40 (três pontos cada) é chamada de "empate", momento em que o jogador deve marcar dois pontos consecutivos para vencer o jogo. Na NASCAR , o número de carros que correram em cada corrida na Cup Series de nível superior desde 2016 e na Xfinity Series de segundo nível desde 2013 Quarenta também é: O Quirguistão é um país da Ásia Central e é derivado da palavra quirguiz que significa "Terra das quarenta tribos". O número 40 é significativo nas tradições do Quirguistão e aparece em muitas áreas da cultura do Quirguistão. Na tradição literária tâmil, 40 (nāṟpatu: நாற்பது) e 400 (nāṉūṟu: நானூறு) têm um significado especial. Muitas obras curtas do período pós-Sangam têm 40 poemas. Algumas obras conhecidas com 40 poemas são naṉṉeṟi, iṉṉā nāṟpatu, kaḷavaḻi nāṟpatu, iṉiyavai nāṟpatu, kār nāṟpatu. na expressão " quarenta piscadelas ", significando um sono curto no nome comercial do óleo penetrante e spray de deslocamento de água WD-40 ; "WD-40" é uma abreviação de "Water Displacement, 40th formula". o calibre da bala em vários cartuchos de armas de fogo, principalmente o .40 S&W . (O 10mm Auto , embora designado como calibre métrico, usa o mesmo calibre e geralmente usa as mesmas balas.) o número de anos de casamento celebrados pelas bodas de rubi o código para ligações internacionais de discagem direta para a Romênia o número de espaços em um tabuleiro de jogo Monopoly padrão o número de ladrões em " Ali Baba e os Quarenta Ladrões " e em Ali Shar e Zumurrud , de As Mil e Uma Noites (ambos os números 40 e 1001 são mais prováveis ​​de significar "muitos" do que de indicar um número específico) o número habitual de horas em uma semana de trabalho regular em alguns países ocidentais o número de semanas para um termo médio de gravidez , contando a partir do último período menstrual da mulher uma garrafa de 40 onças de licor de malte, referenciada na música " 40 onças para a liberdade " de Sublime O Tessarakonteres , ou 40, o maior navio da antiguidade, construído por Ptolomeu IV Quarenta é o único número inteiro cujo nome em inglês tem suas letras em ordem alfabética. Forty Foot , um promontório na ponta sul da Baía de Dublin , na Irlanda, de onde as pessoas nadam no mar da Irlanda durante todo o ano há cerca de 250 anos Após a Guerra Civil, havia planos de oferecer aos escravos libertos 40 acres e uma mula . Para entender um povo, você deve viver entre eles por 40 dias. ~Provérbio árabe Quarentena , a prática de isolamento para evitar a propagação de doenças epidêmicas , deriva de um dialeto veneziano do italiano quaranta giorni , que significa 'quarenta dias', o período em que os navios deveriam ficar isolados antes que passageiros e tripulantes pudessem desembarcar durante a Peste Negra . . Para se qualificar para os benefícios de aposentadoria da Previdência Social (Estados Unidos) , uma pessoa deve ter rendimentos por 40 trimestres (equivalente a 10 anos). Freeholders de quarenta xelins , apelido dado àqueles que se qualificaram para uma franquia , o direito de voto, com base em sua participação em terras e/ou propriedades com valor de aluguel anual de 40s. Introduzido na Inglaterra em 1430, foi aplicado lá e em muitos territórios associados, de várias formas, até 1918. Astronomia e o número 40 O conhecimento da astronomia era muito importante para as sociedades agrícolas. Certas coisas devem ser feitas em intervalos de tempo específicos, ou toda a colheita pode ser perdida. Em Trabalhos e Dias, Hesíodo dá o seguinte conselho: “Quando as Plêiades, filhas de Atlas, estiverem nascendo, comece sua colheita e seu arado quando elas estiverem se pondo. Quarenta noites e dias eles estão ocultos e reaparecem à medida que o ano avança, quando você afia sua foice pela primeira vez. Esta é a lei das planícies, e daqueles que vivem perto do mar, e que habitam terras ricas, os vales e vales longe do mar revolto, - desbravar para semear e desfolhar para arar e ceifar, se você deseja adquira todos os frutos de Deméter no devido tempo, e que cada espécie possa crescer em sua estação. Caso contrário, depois, você pode passar necessidades e ir mendigar nas casas de outros homens, mas sem sucesso; como você já veio a mim”. Além do conselho agrícola, é interessante que o aglomerado das Plêiades fique escondido da vista por 40 dias. As Plêiades ou As Sete Irmãs é um aglomerado de estrelas localizado na constelação de Touro. Touro, o touro, pode ser conectado a Apis, a forma de touro de Osíris. Notas Finais No livro Etimologias de Isidoro de Sevilha, ele diz o seguinte sobre os números: “A contagem dos números não deve ser desprezada, pois em muitas passagens das escrituras sagradas elucida quão grande é o mistério que eles encerram”. Bem, espero ter desmistificado alguns dos aspectos relativos ao número 40. Fiz o possível para pesquisar esse número em vários escritos e tradições. Também fiz o possível para explicar as origens por trás da natureza simbólica desse número. Vemos que muitos aspectos da cultura humana estão interligados. O simbolismo do número 40 está ligado à biologia humana, agricultura e astronomia. Tentei ser holístico em minha abordagem. BONUS: http://www.morasha.com.br/israel-hoje/jerusalem-40-anos-de-unificacao.html E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Adquira de forma avulsa, ou assinatura 6 edições bimestrais do ALMANAQUE ARQUEOHISTÓRIA em https://www.arqueohistoria.com.br/shop Deixa seus comentários lá no Aletheia Ágora !! Obrigado pela leitura e até o próximo POST FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: todayifoundout.com npr.org dicegames.org mlbdailydish.com babycenter.com wd40.com britannica.com gutenberg.net dol.gov https://osnumeros.com/numero-40/ https://cyocaminho.org/666NOM.html Quarta ou sexta-feira: A Morte do Messias! https://overboyaohushua.com/index.php/model-49/ Google nGramas ^ Oxford English Dictionary , 1ª edição, sv ^ "A000567 de Sloane: números octogonais" . A Enciclopédia On-Line de Sequências Inteiras . Fundação OEIS . Recuperado 2016-05-31 . ^ "A002411 de Sloane: números piramidais pentagonais" . A Enciclopédia On-Line de Sequências Inteiras . Fundação OEIS . Recuperado 2016-05-31 . ^ "A005835 de Sloane: números pseudoperfeitos (ou semiperfeitos)" . A Enciclopédia On-Line de Sequências Inteiras . Fundação OEIS . Recuperado 2016-05-31 . ^ "A028442 de Sloane: Números n tais que a função de Mertens é zero" . 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